Conectado com

Notícias

A nova realidade do varejo agropecuário: revenda agropecuária e o pet shop (Parte II)

Publicado em

em

Prezado Leitor, prosseguindo nas reflexões sobre a nova realidade do varejo agropecuário, concluirei a segunda parte do artigo abordando sobre os problemas enfrentados por este segmento e também as suas perspectivas.
Apesar do crescente avanço do varejo agropecuário, evidenciado nos números apresentados, este setor apresenta sérios problemas de gestão, no qual seus proprietários apresentam um elevado espírito empreendedor, mas falha na introdução de ferramentas de gestão.
Observando o universo da grande maioria das Revendas Agropecuárias e Pet Shops no Brasil, constituídos por estabelecimentos de pequeno e médio porte, nota-se algumas características: 
• Concentração das atividades administrativas e operacionais na pessoa do proprietário;
• Reduzido número de funcionários;
• Ausência de um departamento administrativo-financeiro
• Baixo poder de investimento
Esta situação se torna mais difícil pela carência de inserção de ferramentas de gestão adotadas de maneira adequadas nestes estabelecimentos que aliados aos fatores enumerados acima comprometem o gerenciamento da empresa e conseqüentemente a sustentabilidade mercadológica desta.
Segundo o Professor Sionaldo Rôxo, baseados nos estudos do SEBRAE nacional, são quatro os motivos que levam a “quebra” dos pequenos e médios estabelecimentos do varejo no Brasil e nisso se enquadram as Revendas Agropecuárias e Pet Shops:
• Falta de foco no negócio
• Falta de planejamento empresarial
• Desconhecimento dos custos e despesas, conseqüentemente influenciando no controle financeiro do estabelecimento
• Formação inadequada do preço de venda 
Além dos problemas de gestão do seu negócio, estes estabelecimentos enfrentam outros tipos de problemas:
• Dificuldades de acesso ao crédito, 
• Obtenção de registros junto aos órgãos;
• Infra-estrutura de suporte (financeira, contábil, técnica, contábil, etc.) 
• Dificuldades: Para adequação à legislação da vigilância sanitária, elaboração de projetos de marketing, 
• Ausência de condições financeiras e estruturais para contratação de Assistência e consultoria técnica (principalmente administrativo-financeira e marketing), 
• Cumprimento as legislações fiscais e tributárias
• Capacitação gerencial. 
• Dificuldades de competição com grandes grupos empresariais de distribuição de produtos agropecuários
• Ausência de mão-de-obra qualificada tanto a nível operacional quanto a nível gerencial e técnico;
Como se nota, o varejo agropecuário tem grandes desafios para manterem sua sustentabilidade mercadológica:
• Evoluir de um estágio informal e artesanal para um estágio legalizado e profissional;
• Capacitar seu proprietário em ferramentas de gestão do varejo agropecuário
• Melhorar a apresentação e qualidade dos produtos nas prateleiras;
• Maior participação em associações de classe, sindicatos e demais formas associativistas com a finalidade de obtenção de benefícios (fiscais, tributários e sanitários) visando buscar uma melhor competitividade;
• Buscar a competitividade e sustentabilidade mercadológica.
• Desenvolver canais de comunicação com os veterinários e produtores rurais (revendas) e criadores de cães e gatos (pet shops);
• Manter-se atento as tendências e mudanças mercadológicas.
E quais são as tendências deste mercado, lembrando que o mundo institucional vive em constante mudança e o empresário deve ficar atento e se adaptar as tendências mercadológicas:
• Fortalecimento das parcerias dos Pet Shops e Revendas Agropecuárias com fornecedores;
• Estreitamento do relacionamento do estabelecimento com seus clientes;
• Foco em qualidade nas vendas (margem) em detrimento de ganhos de participação no mercado;
• Presença de produtos diferenciados, mas com uma linha de genéricos que complemente o portfólio de produtos;
• Comercialização de pacotes de produtos e serviços:
• Adoção de novos serviços complementares no pet Shop: Banho e tosa Taxi Dog, agência matrimonial de “casamentos” entre cães e cadelas
• Atendimento e consultoria veterinária e agronômica nas revendas agropecuárias
• Grandes conglomerados de lojas iniciarão processo de franquias, podendo comprometer a sobrevivência de pequenos empreendimentos.
• Principal tendência: mudança no formato tradicional da loja com inserção de gôndolas e adoção do modelo “auto-serviço”.
Ao elaborar esta breve reflexão sobre o varejo agropecuário ficou evidenciado que este varejo evoluiu de uma estrutura comercial arcaica para uma concepção mais ampla de um mercado que atende os diversos públicos de produção animal e animais de estimação.
Segundo os especialistas, a tendência deste segmento é de crescimento, principalmente ao se observar os números do agronegócio brasileiro no qual a Revenda Agropecuária é a ponta final de atendimento às necessidades do produtor rural brasileiro.
Quanto ao pet shop, observa-se um crescimento econômico e social do consumidor brasileiro que se inseriu na classe média e com isso tem em sua companhia animais pets, sem contar os públicos tradicionais das classes A e B. Este público demandará cada vez mais serviços e produtos.
Entretanto, não adianta o empresário está inserido em um mercado em crescimento se ele não profissionalizar a sua gestão. Talvez este seja o grande desafio do varejo agropecuário: implementar urgentemente as ferramentas de gestão empresarial em seus processos.
Até uma próxima oportunidade.

Continue Lendo

Notícias

Sindirações apresenta dois novos associados

Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.

Foto: Divulgação/Sindirações

Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.

Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.

“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.

Fonte: Assessoria Sindirações
Continue Lendo

Notícias

Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
Continue Lendo

Notícias

IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

Publicado em

em

Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.