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“A Influenza aviária chegou ao continente e veio para ficar”, alerta gerente da Adapar

Desde o primeiro caso detectado, nunca houve tantos registros da doença no mundo como estamos vivenciando agora. Se uma propriedade falha nas medidas de biosseguridade coloca em risco toda a avicultura brasileira.

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Fotos: Shutterstock

A Influenza aviária tem se mostrado uma das maiores ameaças à avicultura comercial global nos últimos anos. Altamente contagioso, esse vírus é transmitido pelas aves migratórias para os frangos de corte, poedeiras, matrizeiros, reprodutoras, aves domésticas e animais marinhos, causando graves perdas econômicas e representando um risco potencial à saúde pública. Em 2024, o cenário mundial segue preocupante: surtos recorrentes têm sido reportados em diversos continentes, incluindo a América Latina, deixando os produtores brasileiros em alerta constante.

Quinto maior produtor de ovos, líder de exportação de carne de frango e segundo maior produtor mundial, o Brasil tem dado exemplo ao garantir a proteção e a segurança dos plantéis avícolas contra a gripe aviária. Medidas rigorosas de biossegurança e vigilância contínua são estratégias usadas para mitigar os impactos desta doença, que, até o momento, afetou apenas aves de fundo de quintal, animais marinhos e aves silvestres em território nacional. Desde a primeira notificação já se passaram mais de 380 dias, tendo neste período registrado 166 casos, sendo três em aves de subsistência.

Durante o Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, o médico-veterinário, mestre em Ciências Animais e gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, trouxe um panorama do atual cenário da Influenza aviária, seus impactos na avicultura comercial e medidas de controle e prevenção para garantir a segurança e a sustentabilidade do setor.

A grande densidade de produção de aves, especialmente no Oeste do Paraná, aliada à proximidade com fronteiras internacionais, aumenta de forma significativa o risco sanitário no Brasil para diversas doenças. Este é um ponto de constante atenção para o setor avícola. “Atualmente, estamos enfrentando o maior surto de Influenza Aviária de todos os tempos. Desde o primeiro caso detectado, nunca houve tantos registros da doença no mundo como estamos vivenciando agora. A América do Sul, até 2022 era reconhecida por não ter nenhum caso da doença, no entanto, a realidade mudou, e agora sabemos que a Influenza Aviária chegou ao continente e veio para ficar”, lamentou Dias.

Agente transmissor móvel, as aves silvestres migratórias vêm da América do Norte e da Europa para se alimentar e se reproduzir na América do Sul durante o inverno. Como não possuem controle, tornam a situação ainda mais complexa.

Diante deste cenário, o desafio é enorme: como controlar a doença com aves migratórias que atravessam continentes? A resposta está em uma vigilância constante e na implementação de todas as medidas preventivas possíveis para evitar a entrada do vírus nas granjas comerciais. “O monitoramento contínuo e a adoção de protocolos rigorosos de biossegurança são essenciais para proteger o setor avícola brasileiro de uma ameaça que parece ter vindo para ficar e cada vez mais nos assombra”, aponta o médico-veterinário, acrescentando: “O vírus da Influenza aviária é conhecido por sua capacidade de sofrer mutações frequentes, se alterando ao longo do tempo à medida que infecta diferentes hospedeiros. Além disso, possui a característica de ser capaz de infectar uma ampla gama de espécies, incluindo outros mamíferos e, eventualmente, seres humanos”.

Sinais clínicos e transmissão da doença

Médico-veterinário, mestre em Ciências Animais e gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias: “Não estamos livres da ocorrência da doença na avicultura comercial, mas quanto antes conseguirmos localizá-la, maiores serão as chances de controlar a sua disseminação”

Entre os principais sinais clínicos da Influenza aviária, o médico-veterinário cita tremores na cabeça e corpo, dificuldade respiratória, coriza nasal, espirros, letargia, depressão, decúbito, penas arrepiadas, asas caídas, torção de cabeça e pescoço, perda de equilíbrio, edema facial, olhos fechados, e andar em círculos ou para trás. “Um sintoma recorrente em aves diagnosticadas com Influenza aviária é a perda de coordenação motora, o que afeta seu equilíbrio natural para caminhar e voar”, expõe, enfatizando que qualquer pessoa que aviste uma ave com estes sinais deve notificar o Serviço Oficial Veterinário.

A espécie trinta-réis-real, considerada ameaçada de extinção, tem sido a principal transmissora da gripe aviária no Brasil. “A transmissão da Influenza aviária ocorre principalmente pelo contato direto entre aves através de secreções nasais, oculares e fezes de aves infectadas. Também pode ocorrer por contato indireto com água, alimentos, fômites, pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuário e insetos”, detalha Dias.

O período de incubação do vírus varia de algumas horas a 14 dias, dependendo da dose infectante, via de exposição, espécie afetada e capacidade de detecção dos sinais. “Uma das principais características dessa doença é a alta mortalidade, podendo matar rapidamente um lote inteiro”, enfatiza o profissional. “Não temos outra opção senão proteger nosso ativo, investindo cada vez mais na biosseguridade das granjas”, ressalta.

Em caso de um surto, Dias diz que existem fundos de indenização como Fundepec, Funasavi e indenização federal para ajudar os produtores a retomar a produção. Porém, os recursos para indenização dos produtores são limitados, e a doença é muito cara e difícil de controlar”, alerta.

Prejuízos

Nos Estados Unidos, a luta contra a doença tem sido persistente. Entre 1924 e 1925, os custos para erradicar o vírus no país norte-americano foram de US$ 14,2 milhões. Com o novo surto em 2014/2015, foram investidos US$ 850 milhões, e em 2022/2023, o investimento subiu para US$ 1,7 bilhão devido à gravidade da doença. “Nossa avicultura é muito parecida com a dos Estados Unidos em termos de escala; produzimos tanto quanto eles. No entanto, o Brasil dispõe de recursos limitados para responder e indenizar os produtores em caso de perda de controle de uma possível entrada da doença no plantel comercial”, salienta o profissional.

Surtos na América do Sul

O primeiro caso de Influenza aviária na América do Sul foi identificado em outubro de 2022, na Colômbia, próximo à fronteira com o Panamá. Em seguida, o Peru registrou um surto, também envolvendo aves silvestres.

No início de 2023, foram reportados 71 casos na região, distribuídos entre Colômbia, Chile, Peru, Equador, Venezuela e Bolívia. Até março de 2023 havia 251 focos confirmados na América do Sul, com 42 na Colômbia, 55 no Chile (incluindo 2 em mamíferos marinhos), 58 no Peru (com 14 em aves comerciais), 16 no Equador (sendo 8 em aves comerciais), além de casos na Venezuela, Bolívia, Uruguai e Argentina.

Um mês depois, os casos confirmados aumentaram para 311, com 49 na Colômbia, 93 no Chile, 59 no Peru (14 em aves comerciais), 20 no Equador (10 em aves comerciais), além de ocorrências na Venezuela, Bolívia, Uruguai e Argentina.

Já em junho de 2023 foram registrados 452 focos confirmados na América do Sul, com 49 na Colômbia, 125 no Chile, 59 no Peru, 24 no Equador, e casos na Venezuela, Bolívia, Uruguai, Argentina, Brasil e Paraguai.

No Brasil, foram realizadas 3.113 investigações, com 873 amostras coletadas para diagnóstico laboratorial até 08 de julho, sendo confirmados 166 focos da doença, três em galinhas domésticas de subsistência e o restante em aves migratórias. “A maioria dos casos no Brasil ocorreu em aves silvestres da espécie trinta-réis em regiões litorâneas”, menciona Dias.

No Paraná, foram registrados até o momento 13 casos, todos no litoral, nas cidades de Antonina, Guaraqueçaba, Paranaguá, Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba. Não houve registro de casos no interior do estado. “No Paraná, as estratégias de vigilância contra a Influenza aviária são essenciais para proteger a avicultura comercial e mitigar os impactos econômicos potenciais. A vigilância passiva foca na investigação de casos suspeitos de Síndrome Respiratória em Aves e em eventos de mortalidade excepcional em aves silvestres. Já a vigilância ativa é intensificada em áreas de risco, abrangendo desde aves de subsistência até a avicultura industrial em todo o estado, não apenas no litoral”, detalha o gerente de Saúde Animal da Adapar.

Além disso, é realizado um monitoramento rigoroso para estabelecer compartimentos livres de Influenza aviária e Doença de Newcastle (DNC). “Esse trabalho preventivo é fundamental, pois visa detectar a doença antes que se espalhe, através da coleta sistemática de amostras de aves saudáveis, incluindo matrizes, aves de corte, de postura e até aves criadas em fundo de quintal. Esse monitoramento representa uma amostra representativa da produção avícola no Paraná, assegurando a ausência de circulação viral no estado”, explica Dias.

Principais hospedeiras do vírus, as aves silvestres desempenham um papel importante no ciclo da doença, migrando para a América do Norte no início do ano e retornando à América do Sul entre junho e agosto, influenciadas por fatores como temperatura, reprodução e disponibilidade de alimentos. “Esse padrão migratório permite antecipar períodos críticos de maior incidência de Influenza aviária no estado. Contudo, existe a migração de aves de outras regiões para o Brasil durante o ano inteiro”, salienta Dias.

Impacto econômico

O gerente de Saúde Animal da Adapar alerta que a ocorrência de Influenza aviária em aves comerciais resultaria no bloqueio imediato das exportações brasileiras, afetando severamente a economia. No entanto, os casos registrados no país em aves silvestres não comprometem as exportações, permitindo que o Brasil mantenha seu status de área livre da doença.

Contudo, Dias salienta que a entrada do vírus no plantel industrial em outros países levou à perda de mercados importantes. Por exemplo, a Tailândia perdeu o mercado japonês após um surto no início dos anos 2000, abrindo espaço para o Brasil, que ainda mantém essa posição. “A recuperação desses mercados pode levar anos”, expõe.

Simulações de cenários de surto em áreas como em Marechal Cândido Rondon, Paraná, região com muitas granjas comerciais, indicam que a primeira medida seria reportar o foco à Organização Mundial de Saúde Animal, seguido provavelmente pela suspensão das exportações brasileiras. “Isso teria um impacto devastador, afetando aproximadamente 15 certificados de países que exigem áreas livres de Influenza aviária para importações”, frisa Dias.

A consequência direta seria a necessidade de direcionar a produção internamente, impactando o mercado local com uma oferta elevada de carne de frango e, consequentemente, uma queda nos preços. Essa deflação temporária poderia levar a uma retração nos setores de carne suína e bovina, à medida que os consumidores migrassem para a carne de frango mais barata.

Além dos impactos econômicos, haveria custos elevados para o controle do surto, incluindo o descarte de produtos estigmatizados, o sacrifício de aves e o desabastecimento de mercado devido à redução na produção das indústrias. “Esse cenário não apenas afetaria a economia, como também minaria a credibilidade do Brasil como um fornecedor confiável no mercado internacional”, avalia Dias.

Desafios e perspectivas

Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

O especialista aponta que, em caso de a gripe aviária adentrar a avicultura comercial brasileira, o setor teria como principais problemas o controle das aves migratórias e silvestres, que são agentes de disseminação do vírus. Além disso, propriedades de subsistência e de postura também representam áreas de alto risco devido à menor biosseguridade.

Outra questão crítica abordada pelo profissional é a insuficiência dos fundos de indenização disponíveis para cobrir as necessidades da avicultura brasileira em caso de surto. O médico-veterinário ressalta a importância de um plano eficaz para retomada das exportações após surtos, fundamental para a recuperação dos mercados internacionais afetados. “Nossa avicultura é muito grande e os recursos atuais não são suficientes para enfrentar esses desafios”, evidencia.

O mestre em Ciências Animais diz que a capacidade de detectar de forma precoce a doença é fundamental para controlar sua disseminação. “Evitar que a doença entre na avicultura comercial é prioritário para proteger nosso setor”, ressalta.

Além disso, a habilidade de retomar as exportações após um surto, através da regionalização, é essencial para minimizar impactos econômicos e manter a confiança dos mercados internacionais. “Não estamos livres da ocorrência da doença na avicultura comercial, mas quanto antes conseguirmos localizá-la, maiores serão as chances de controlar a sua disseminação. Contudo, evitar a entrada da doença na avicultura comercial é o nosso principal objetivo”, assegura Dias.

Como blindar a avicultura

As medidas de biosseguridade são adotadas há muito tempo nas granjas avícolas, porém ainda existem áreas que necessitam de melhorias para mitigar potenciais riscos.

Entre as falhas destacadas por Dias estão a presença de passarinhos construindo ninhos nas estruturas das granjas, galpões abertos entre lotes, manejo adequado de entulhos, a não presença de açudes dentro da área de isolamento, a proibição da venda ambulante de aves e a criação de aves aquáticas dentro das propriedades destinadas à produção de frangos. “É preciso manter edificações teladas e cercadas, manter um ambiente limpo, evitar visitas não autorizadas de pessoas e entrada de veículos nas granjas, além de garantir água e ração de qualidade para manter a saúde das aves. A desinfecção rigorosa de todos os veículos que acessam a granja, além da integridade das telas e cercas ao redor das propriedades são práticas fundamentais para o manejo sanitário eficaz”, assegura o médico-veterinário.

Dias reafirma que mundo enfrenta atualmente o maior desafio sanitário da cadeia avícola. “Um foco de Influenza aviária na avicultura do Paraná, por exemplo, seria extremamente trágico, com prejuízos incalculáveis e de difícil recuperação. A única forma de proteger e blindar nossa avicultura é através da biosseguridade. No entanto, não basta ter instalações modernas; é essencial adotar procedimentos que garantam a segurança do plantel”, enfatiza. “A circulação viral da doença é real e permanente. Não sabemos até quando vamos conviver com essa ameaça. Se uma propriedade falha nas medidas de biosseguridade coloca em risco toda a avicultura brasileira”, completa.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de avicultura acesse a versão digital de avicultura de corte e postura, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Avicultura

Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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Avicultura

Brasileiros são homenageados no Congresso Latino-Americano de Avicultura 2024 

Presidente do Conselho Consultivo da ABPA, Francisco Turra, foi incluído no Hall da Fama da Avicultura Latino-Americana junto com José Carlos Garrote, presidente do Conselho da São Salvador Alimentos, e Mário Sérgio Assayag Júnior, veterinário especialista em prevenção da Influenza aviária.

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Foto: Divulgação

O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e uma das figuras mais importantes da história da avicultura brasileira, entrou na última sexta-feira (15) para o Hall da Fama da Avicultura Latino-Americana.

A nomeação aconteceu durante o Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM), realizado entre 12 e 15 de novembro, em Punta del Este, no Uruguai. Outros dois nomes foram destacados na cerimônia por indicação da ABPA: José Carlos Garrote, que recebeu homenagem especial como empresário líder no Brasil, e Mário Sérgio Assayag Júnior como técnico destacado.

Garrote é presidente do Conselho da São Salvador Alimentos (SSA), uma das maiores indústrias de alimentação do Brasil, e membro do Conselho de Administração da ABPA. Assayag Júnior é veterinário e membro do grupo técnico de prevenção e monitoramento da Influenza aviária. “A homenagem aos três neste congresso de relevância internacional, mostra a importância e a contribuição da avicultura brasileira para o desenvolvimento mundial do setor”, disse Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Fonte: Assessoria
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