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A importância dos emulsificantes nas dietas de aves e suínos

Sua principal função é facilitar a mistura de ingredientes com propriedades distintas, como óleo e água, resultando em uma emulsão estável e uma melhor absorção e utilização destes ingredientes no epitélio intestinal dos animais.

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Os emulsificantes são aditivos alimentares que têm ganhado destaque na nutrição animal, especialmente em dietas para aves e suínos. Sua principal função é facilitar a mistura de ingredientes com propriedades distintas, como óleo e água, resultando em uma emulsão estável e uma melhor absorção e utilização destes ingredientes no epitélio intestinal dos animais. Esta propriedade é particularmente valiosa na alimentação de aves e suínos, onde a eficiência na absorção de nutrientes é crucial para o desenvolvimento saudável, um bom GPD (ganho de peso diário), uma conversão alimentar mais eficiente e um bom desempenho dos lotes. Na sua utilização, apresentam ainda algumas vantagens importantes como:

Melhoria na absorção de nutrientes

A utilização de emulsificantes nas rações promove uma melhor homogeneização dos ingredientes nas dietas e uma melhor formação dos quilomícrons no intestino dos animais, o que pode melhorar a digestibilidade das gorduras e outros nutrientes essenciais. Isso é de grande importância, pois as gorduras são uma fonte concentrada de energia e sua absorção eficiente resulta em um melhor desempenho zootécnico.

Otimização da formulação de rações

Com a inclusão de emulsificantes, é possível otimizar as formulações das rações, reduzindo a quantidade de óleos e gorduras necessárias. Isso não apenas diminui os custos de produção, mas também contribui para dietas mais balanceadas e com melhor custo, viabilizando cada vez mais economicamente os lotes de animais em produção.

Ingredientes

Os ingredientes mais encontrados nas composições dos emulsificantes para ração de aves e suínos geralmente são:

• Lecitina de soja

Um componente chave, a lecitina de soja é amplamente utilizada na indústria de alimentos e ração animal, incluindo a nutrição de aves e suínos, por ser um emulsificante natural, sendo considerada uma opção segura, versátil e consagrada. No entanto, sua capacidade hidrofílica e lipofílica (HBL) é baixa. Com isso, os fosfolipídeos modificados (Lisolecitinas) têm ganhado mais atenção nas formulações dos emulsificantes por sua maior capacidade de emulsificação devido seu maior valor HBL. Os princípios dessa modificação envolvem a remoção ou transformação de componentes específicos da lecitina, como a fosfatidiletanolamina.

Sua principal funcionalidade após modificação é a produção e manutenção das emulsões, pois a lisolecitina reduz a tensão superficial, o que resulta na formação de gotículas menores e emulsões mais estáveis, desempenhando um papel crucial na produção de rações mais eficientes para aves e suínos, contribuindo para a saúde intestinal, absorção de nutrientes e estabilidade das emulsões. Principalmente quando utilizada em combinação com outros emulsificantes para aprimorar suas propriedades.

• Ácidos graxos

Podem ser saturados ou insaturados, ajudam na formação de emulsões estáveis e são componentes essenciais na composição de emulsificantes para ração de aves e suínos, por desempenhar funções extremamente importantes na fisiologia digestiva dos animais. Por ser uma fonte concentrada de energia para o crescimento, reprodução e manutenção das funções produtivas, aumenta a eficiência da digestão e absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis, melhorando significativamente a saúde intestinal, reduzindo a viscosidade do conteúdo intestinal, promovendo uma melhor disposição dos nutrientes. Dessa forma, mostra-se como uma importante estratégia para otimização de um emulsificante.

• Glicerídeos

Nas formas de monoglicerídeos e diglicerídeos, são derivados de ácidos graxos e ajudam na digestibilidade de gorduras, reduzindo a tensão superficial entre os ingredientes da ração, facilitando a formação das emulsões, melhorando a eficiência de absorção dos nutrientes da ração, contribuindo para um melhor desempenho e eficiência dos lotes.

No quadro 1 podemos observar evidente diferença nos resultados de conversão alimentar, mortalidade e peso final entre dois grupos de frango de corte de mesma idade. Nesse experimento, foram utilizados 10 lotes de frango de corte, que foram divididos em dois grupos de 123.500 aves, e em um dos grupos foi adicionado 300 gramas de um emulsificante a base de lisolecitinas, ácidos graxos e glicerídeos, por tonelada de ração.

Sem dúvidas a utilização de emulsificantes em dietas de aves e suínos desempenha um papel importantíssimo na nutrição desses animais, contribuindo para uma melhor eficiência nutricional, reduzindo significativamente os custos com alimentação dos animais e ajudando de forma sustentável a lucratividade do produtor e o meio ambiente. De forma que a indústria de proteína animal avança anualmente, certamente o uso desse aditivo se torne ainda mais difundido, atendendo às necessidades específicas de diferentes espécies e estágios de crescimento da indústria de proteína animal.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: felipebastos@naturalbrfeed.com.br

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de avicultura acesse a versão digital de avicultura de corte e postura, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Felipe José Feitoza Bastos, médico-veterinário, mestre em Ciência Veterinária e doutor em Biociência Animal

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

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Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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