Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes Suinocultura

A importância do pH dos detergentes na higienização das granjas

Nosso maior objetivo é cuidar dos animais, mas acima de tudo é cuidar do planeta

Publicado em

em

Divulgação/JactoClean

 Artigo escrito por Rildo Belarmino, biólogo e gerente Técnico Neogen Brasil

A higienização possui dois objetivos: Preservar a saúde dos animais e evitar a proliferação de microrganismos patogênicos, evitando assim o risco eminente a possíveis doenças transmitidas por fungos, bactérias e vírus. As medidas higiênicas e de profilaxia ambiental dos locais representam um aspecto essencial na economia e contribuem para a inocuidade dos alimentos, deixando-os assim livres de salmonelas, E. coli, Campylobacter entre outros.  Simultaneamente também previnem ou reduzem a difusão de patógenos. É importante ressaltar que uma superfície que não foi suficientemente limpa não pode ser desinfetada, pois os resíduos presentes protegem os microrganismos da ação dos desinfetantes.

“Um programa básico de limpeza e desinfecção tem um baixo custo, sendo que os custos com tratamentos antimicrobianos normalmente são superiores, sem considerar o prejuízo com queda no desempenho zootécnico”, cita a doutora Anne de Lara, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

  • Dentro de conceito de limpeza temos
  • Limpeza seca: Varredura e retirada de todos os resíduos antes da limpeza úmida.
  • Limpeza Úmida: jateamento de água e utilização dos detergentes.
  • É imprescindível lembrar que uma não substitui a outra.
  • Outro fator importante é rotação dos pH dos detergentes nas limpezas úmidas, sendo 3 semanas com pH alcalinos e uma semana com pH ácido, e assim sucessivamente.
  • O uso de detergente na limpeza úmida é essencial para o sucesso da higienização, reduzindo em até 90% a carga de microrganismos patogênicos.

Desafios da Limpeza são eles:

  • Presença de Biofilme
  • Presença de matéria orgânica
  • Tipos de superfícies
  • Desafios microbiano
  • Surtos de doenças

Biofilme

É uma fina camada geralmente resistente de microrganismos (como bactérias) que se formam e revestem várias superfícies. Estas células aderentes são frequentemente incorporadas dentro de uma matriz de Substância Polimérica Extracelular (EPS). Biofilme é uma substância polimérica extracelular, que também é referido como limo.

Abordando especificamente a questão do rodizio de pH dos detergentes, temos 4 tipos de matéria dentro das granjas que precisam ser removidas, para que a ação dos desinfetantes seja o mais efetiva possível, e também para que estas sujidades não neutralizem a ação dos desinfetantes por diferença de carga eletrostática, uma vez que a matéria orgânica é  aniônica (-) e a maioria dos desinfetantes são catiônicos(+).

Como podemos observar, os detergentes alcalinos têm uma maior ação sobre matéria orgânica (esterco, restos de ração, pelos, penas) e lipídios , e os detergentes ácidos tem uma melhor ação sobre matéria biológica (bactérias, vírus, fungos e principalmente biofilme), atuando através da oxidação, e também sobre matéria mineral (carbonatos de cálcio e magnésio) presentes principalmente em granjas onde temos “água dura”. Quando utilizamos um detergente alcalino, alternando com um detergente ácido, estamos removendo os quatro tipos de matéria que encontramos dentro da granja. Como já foi dito anteriormente, nossa recomendação é realizar 3 limpezas com detergente alcalino e uma limpeza com detergente ácido, sucessivamente, variando conforme o protocolo da granja.

Modo de Ação dos detergentes

  • Solubilizar sujidades/ partículas de sujeira
  • Deslocar matéria orgânica
  • Emulsificar partículas sólidas/sujas
  • Diminuir tensão superficial entre a sujeira e a superfície
  • Combater os fatores de dureza de água
  • Hidrólise da Biopelícula

Conclusão

Uma excelente higienização depende de bons detergentes e de um protocolo de trabalho com etapas bem definidas, realização da rotação dos pH dos detergentes na rotina de higienização das granjas, com utilização de produtos de qualidade e registrado nos órgãos regulatórios para suas finalidades.

Além da preocupação de uma excelente higienização, precisamos nos preocupar com os resíduos dos detergentes pós limpeza, e para isso dependemos de uso de detergentes biodegradáveis.

Nosso maior objetivo é cuidar dos animais, mas acima de tudo é cuidar do planeta. Todos os dias nós protegemos as pessoas e os animais que gostamos.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

Publicado em

em

Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.