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A importância do manejo adequado da ferrugem asiática

Para atingir seu máximo potencial produtivo, a soja necessita se desenvolver, ao longo do ciclo da cultura, livre de qualquer interferência

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João B. Cason*

A soja (glycine max) é hoje a cultura mais importante do agronegócio mundial, com uma produção da ordem de 350 milhões de toneladas. O aumento da área plantada e os ganhos em produtividade têm sido fatores determinantes para o desempenho da cadeia produtiva da soja, bem como para o atendimento da alta demanda global pela oleaginosa e seus subprodutos. (Gráfico 1.)

Para atingir seu máximo potencial produtivo, a soja necessita se desenvolver, ao longo do ciclo da cultura, livre de qualquer interferência. No Brasil, particularmente, a ferrugem asiática ou ferrugem da soja tem sido um dos principais entraves do produtor. A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, permanece desde 2001, quando chegou ao País, entre as mais agressivas ocorrências das lavouras, levando a perdas de 10% a 90% das áreas atingidas. O patógeno causador da ferrugem encontrou no País as condições climáticas ideais para seu desenvolvimento. Recentemente, adquiriu também resistência a ingredientes ativos de fungicidas. O fungo Phakopsora pachyrhizi criou preocupantes estratégias de sobrevivência, a ponto de levar empresas, Governo e pesquisadores a trabalhar fortemente no desenvolvimento de métodos inovadores para controlar a ferrugem. A utilização de fungicidas, por sinal, não constitui a única ferramenta recomendada ao controle eficaz da ferrugem asiática. É importante que o produtor adote ainda outros mecanismos preventivos, como resistência genética, controle cultural, monitoramento da cultura, respeito ao vazio sanitário e plantio no início da época recomendada. Já no tocante aos fungicidas, é fundamental que o produtor opte por um programa de tratamento preventivo e eficiente desde as primeiras aplicações.

 

Programa de fungicidas – Após vários anos de estudos, a equipe de pesquisadores da DuPont Proteção de Cultivos desenvolveu um novo programa de fungicidas para controle da ferrugem da soja e outras doenças da oleaginosa. O tratamento é ancorado num programa de aplicação que contempla o uso intercalado dos diferentes modos de ação dos produtos Aproach® Prima (Picoxystrobina + Ciproconazole) e Vessarya® (Picoxystrobina + Benzovindiflupir). Os gráficos abaixo mostram os resultados obtidos por esse programa, dados que foram compilados em mais de 450 campos experimentais instalados nas principais regiões da soja brasileira. A linha da pesquisa, em resumo, comparou o desempenho do programa de fungicidas da DuPont ao tratamento padrão que vem sendo adotado pelos produtores.

De acordo com os cientistas e pesquisadores envolvidos no trabalho, a alta produtividade dos 450 campos experimentais da DuPont – e a superioridade dos resultados obtidos ante os do tratamento padrão do produtor – está relacionada ao controle eficaz da ferrugem e de outras doenças da soja, incluindo mancha-alvo, oídio e as doenças de final de ciclo.  O sucesso do tratamento, por sua vez, deveu-se à combinação entre as formulações dos fungicidas Aproach® Prima e Vessarya®, que formam a base do programa de fungicidas da DuPont. Aproach® Prima contém a Estrobirulina mais potente do mercado associada a um Triazol. Vessarya® reúne na fórmula uma mistura entre os ingredientes ativos Picoxystrobin e Benzovindiflupir, que dispensam o uso de adjuvantes na pulverização. Benzovindiflupir é considerada hoje a Carboxamida mais potente em linha no Brasil.

A figura abaixo mostra o programa DuPont lado a lado com o programa do agricultor. Note que a média de produtividade do programa de fungicidas da DuPont foi de 67,7 sacas de soja por hectare, contra 59,8 sacas por hectare do programa padrão ou programa do produtor.

  Produtor em Planaltina-DF

Também é importante ressaltar que a utilização combinada dos fungicidas contribui para a sustentabilidade das tecnologias hoje existentes para controle da ferrugem. O produtor deve ficar atento, ainda, às seguintes recomendações de manejo:

  • Realizar aplicação preventiva dos fungicidas, iniciando as aplicações antes da entrada das doenças
  • Respeitar doses e os intervalos de aplicação de bula
  • Aplicar programa de fungicidas contendo vários modos de ação para controle de doenças
  • Fazer no mínimo 2 aplicações de fungicidas multi-sítios por ciclo da cultura da soja
  • Fazer no máximo 2 aplicações de fungicidas a base de Carboxamida por ciclo da soja
  • Respeitar o período do “vazio sanitário”
  • Utilizar outras estratégias de controle, como uso de variedades de soja com tolerância genética, variedades de ciclo curto e adoção de boas tecnologias de aplicação de fungicidas.

O controle da ferrugem asiática não permite erros ou falhas de recomendação, ou seja, o programa escolhido pelo produtor deve ser eficiente durante todo o ciclo da soja.  De acordo com a Embrapa, os custos ocasionados pela incidência da ferrugem na soja brasileira são estimados em 2 bilhões de dólares por ano, abrangendo despesas com aplicações de fungicidas e perdas de produtividade. Esse montante equivale a aproximadamente 7% do valor bruto da produção brasileira de soja.

 

*João B. Cason é engenheiro agrônomo da equipe da DuPont Brasil Proteção de Cultivos.

Fonte: Ass. de Imprensa

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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos

A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

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Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.

A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.

“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.

A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.

Fonte: Assessoria Boehringer Ingelheim
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor

Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal 

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Divulgação Hercules Energia em Movimento

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.

Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.

Manutenção e ventilação: aliados da produtividade

A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.

Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.

Motor Air Over ventilação – Divulgação Hercules

Alta nas temperaturas exige preparação antecipada

De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.

Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

Fonte: Ass. de Imprensa
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