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A importância do conforto térmico das aves

Veja como a manutenção da temperatura ideal dos animais pode impactar diretamente os níveis de qualidade da produção avícola

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ave de corte
Arquivo/OP Rural

Comemorado no dia 28 de agosto, o dia da Avicultura celebra os esforços dos profissionais de uma área de grande impacto no cenário alimentício brasileiro: os avicultores.

São eles os responsáveis pela criação de aves, com o objetivo de abastecimento do mercado de carne e ovos, que por sinal, são itens que já fazem parte do consumo diário dos brasileiros.

Não é por acaso que o segmento avícola conta com um dos maiores e mais avançados acervos tecnológicos dentro do setor agropecuário. Para atender toda essa demanda dos consumidores é fundamental maximizar a eficiência de todos os processos da cadeia produtiva.

Um desses processos que vem ganhando destaque é a temperatura do ambiente onde ficam as aves. Ao controlar esse fator, é possível garantir a saúde dos animais ao mesmo tempo em que se aumenta a qualidade da carne e a produtividade de ovos.

Para entender como esse elemento é crucial na criação de aves, é fundamental entender um pouco mais sobre o cenário nacional do setor avícola. Confira:

Avicultura no Brasil

A avicultura é uma das atividades mais importantes do setor agrícola brasileiro. Grandes avanços e investimentos têm sido feitos continuamente na área, levando o Brasil a ocupar o topo das colocações como produtor e exportador de carne de frango no mundo.

No entanto, as características climáticas tropicais e subtropicais predominantes do Brasil requerem uma grande quantidade de cuidado. Isso faz com que o sistema de criação seja um desafio contínuo.

O maior obstáculo, no entanto, é devido principalmente a questões econômicas sobre o custo inicial de construção. Aviários brasileiros falham em termos de isolamento térmico, que é bastante fraco em praticamente todos os galpões e estufas.

Como consequência, as aves são frequentemente estressadas pelo frio ou pelo calor, o que impacta diretamente na qualidade dos recursos produzidos.

O conforto térmico dos animais é importante

Todos os animais e pássaros têm uma zona de conforto – às vezes chamada de Zona Termal Neutra. Esta é a faixa de temperatura em que eles estão mais confortáveis e produtivos.

Tecnicamente, é a faixa de temperatura em que os animais e as aves não usam energia adicional para manter a temperatura corporal central.

Um nutricionista animal, por exemplo, definiria as zonas perfeitas de ambiente de conforto como aquelas condições que maximizam o ganho de peso ou a produção de ovos com o mínimo gasto de nutrientes.

Enquanto um veterinário, por outro lado, definiria que o ambiente perfeito ocorre onde a temperatura corporal central permanece normal e estável, porque os desvios causarão perda de imunidade e levarão à incidência de doenças.

A temperatura ideal para as aves

Falando especificamente das aves, é correto afirmar que a temperatura ideal do ambiente depende da idade do frango.

Por ser um animal homeotérmico (que consegue manter uma temperatura constante), quanto maior o seu crescimento, menor a necessidade de calor.

Assim, até as quatro semanas, a faixa de temperatura ideal costuma flutuar entre 35ºC para 24ºC . Em seguida, diminui para 21-22ºC, até as seis semanas de vida. Alguns dos fatores responsáveis por essa alteração incluem:

  • Diminuição da capacidade de dissipação do calor devido ao isolamento térmico
  • proporcionado pelas penas;
  • Aumento da reserva energética;
  • Expansão da produção de calor corporal devido ao metabolismo por causa do
  • crescimento das aves.

Como saber se as aves estão em conforto térmico?

A melhor forma de saber se as aves estão na sua zona de conforto térmico é por meio da observação de seu comportamento.

Em linhas gerais a situação desejada precisa ser a seguinte:

  • As aves estão distribuídas igualmente pelo espaço da estufa/galpão;
  • Números semelhantes de aves fazendo atividades, como bebendo água e comendo;
  • Não há alteração extrema no barulho local (nem muito alto, nem muito baixo).
  • Observe a situação por pelo menos 5 minutos, para só então tomar as devidas atitudes,
  • caso seja necessário.

Os avicultores têm que lidar com vários ambientes

O avicultor, entretanto, tem que lidar com uma série de elementos ambientais, todos os quais podem ter um grande impacto na produção de carne ou ovos.

Esses elementos incluem temperatura ambiente, umidade relativa, movimento do ar, densidade da população, qualidade do ar e da água, etc.

Fica claro que todos esses fatores estão inter-relacionados, mas cabe ao avicultor tentar controlar aquilo que for possível. Tudo para buscar uma produção de qualidade e garantir um ambiente saudável para os animais.

É justamente por isso que os profissionais do setor avícola precisam entender sobre os elementos ambientais em que seus animais e pássaros terão melhor desempenho.

E para manter os animais o mais próximo possível de sua zona de conforto térmico, é necessário que sejam adotados uma série de cuidados, incluindo a utilização de tecnologias como ventiladores, aspersores, coolers, exaustores, entre outras.

O maior aliado do avicultor

Para manter todas essas tecnologias operando sem problemas, o avicultor pode contar com um grande aliado: o Gerador de Energia.

Embora ele não seja a solução definitiva, afinal, ainda será necessário o trabalho manual, o gerador pode trazer paz e segurança para as atividades avícolas, uma vez que não será necessário se preocupar com falta de energia elétrica.

Isso evita problemas relacionados à falhas de equipamentos, que podem culminar em grandes prejuízos financeiros, seja para o próprio avicultor quanto para a própria indústria como um todo.

E se engana quem pensa que ter um gerador é um investimento caro. Perto das possíveis perdas causadas pela falta de energia, o custo de manutenção de equipamento desses é bem baixo.

Além disso, saiba que não é necessário comprar um gerador. Você pode contar com a opção de aluguel de gerador. Dessa forma é possível aproveitar todos os benefícios sem ter de se preocupar com o funcionamento dos equipamentos.

Isso ajudará a criar um sistema que atenda às suas necessidades e garanta uma operação segura no local de trabalho.

Fonte: Assessoria

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STF suspende julgamento da Moratória da Soja e mantém paralisação nacional de processos

Com pedido de vista de Dias Toffoli, segue válida a liminar de Flávio Dino que congelou ações na Justiça e no Cade, enquanto especialistas destacam impacto do caso na segurança jurídica do agro.

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Moratória da Soja é um acordo privado para evitar a compra de soja de áreas de desmatamento na Amazônia - Foto: Divulgação/Ibama

O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento que analisava a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino que determinou a suspensão nacional de todos os processos que discutem a validade da Moratória da Soja na Justiça e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até o momento, há quatro votos para confirmar a paralisação das ações. A análise ocorre no plenário virtual desde a última sexta-feira (14) e estava prevista para terminar na próxima terça-feira (25). O pedido de vista foi do ministro Dias Toffoli, e até que o processo volte à pauta a medida segue válida.

O advogado Frederico Favacho afirma que é positiva a decisão de Flávio Dino, por reconhecer que a Moratória da Soja é legal. “Esse é o ponto mais importante de toda a controvérsia”, entende.

A Moratória da Soja é um acordo voluntário entre tradings que comercializam grãos, no qual se comprometem a não comprar soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008. O STF julga uma ação ajuízada pelo PcdoB, PSOL, PV e Rede. As legendas pedem a suspensão de lei do estado de Mato Grosso que proíbe a concessão de benefícios fiscais para empresa que assinaram o acordo.

Em dezembro do ano passado, Flávio Dino atendeu ao pedido dos partidos e suspendeu a lei de forma liminar. Em abril deste ano, ele reconsiderou a decisão, estabelecendo que a norma passaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.

Em 05 de novembro, Flavio Dino determinou a suspensão nacional de todos os processos, inclusive os que investigam possível formação de cartel no Cade. Afirmou não considerar adequado, em respeito ao princípio da segurança jurídica, permitir que o debate sobre a Moratória da Soja prossiga nas instâncias ordinárias jurisdicionais ou administrativas, diante da possibilidade de serem proferidas decisões conflitantes e em desacordo com o entendimento a ser fixado pelo STF. “No mesmo voto, Flávio Dino também reconhece o direito de os entes federativos estabelecerem as regras para concessão dos benefícios fiscais, o que, na prática, implicaria em os Estados poderem retirar os benefícios das empresas signatárias, o que continua sendo discutível na esfera infraconstitucional em relação a forma, razoabilidade e outros quesitos”, diz Favacho, complementando: “De toda forma, isso vem num momento importante, quando o mundo todo está de olhos voltados para as boas práticas ambientais do agronegócio brasileiro”.

Fonte: Assessoria do Santos Neto Advogados
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Notícias Com mais de 200 casos no anoA Agência de

Paraná reforça ações contra a raiva após avanço de casos em animais de produção

Órgãos estaduais discutem ações conjuntas, reforçam controle de morcegos hematófagos e recomendam vacinação em todo o território paranaense.

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Fotos: Adapar

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) promoveu uma ação de combate e prevenção contra a raiva durante a 21ª Expovale nesta semana em Ivaiporã, município do Vale do Ivaí. A primeira oficina sobre o impacto da raiva no contexto da Saúde Única foi uma atividade respaldada pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, que é executado pela agência no Estado. Na ocasião, foram abordados assuntos como o monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos e investigação de casos suspeitos.

Considerada uma das doenças de maior importância em Saúde Pública, a raiva permanece como uma das zoonoses mais letais, com grandes impactos econômicos, sociais e sanitários. Quando abordada à ótica da Saúde Única, que engloba a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente, o controle depende de uma atuação integrada entre diversos setores públicos.

O chefe do Departamento de Saúde Animal, da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alerta sobre a ameaça da zoonose e chama atenção sobre os números da doença no Estado. “O vírus da raiva é transmitido por um tipo de morcego hematófago e pode ser letal para os animas e para os humanos”, explica. “Os casos comprovados da doença em herbívoros no Paraná durante o último ano chegaram a 258. Em 2025, foram investigados mais de 400, destes, 218 casos confirmados até agora”.

A doença circula tanto em territórios urbanos, onde cães e gatos são os principais transmissores, quanto no em ambientes rurais, territórios em que os morcegos hematófagos são os principais reservatórios e responsáveis pela transmissão aos animais de produção. Diante desse cenário, foi realizada a oficina, unindo o órgão de defesa agropecuária do Estado do Paraná e a 22ª Regional de Saúde.

Durante a oficina, a Adapar falou sobre o grupo de animais de produção que é mais afetado pela doença, composto por bovinos, equinos, pequenos ruminantes e suínos e trouxe para discussão ações cruciais para o controle e prevenção da raiva, atuando diretamente no ciclo rural.

Prevenção

A autarquia realiza o cadastramento e o monitoramento dos abrigos de morcegos hematófagos – controle da espécie Desmodus rotundus –, investiga casos suspeitos em herbívoros com coleta de material e executa ações em focos de raiva. Além disso, são desenvolvidas atividades de educação sanitária, como a identificação dos morcegos hematófagos, o reconhecimento dos sinais clínicos da doença nos animais e como realizar a notificação.

Também foi apresentado o recente foco de raiva registrado em um bovino no município de Pitanga, na região Central do Estado, e as medidas adotadas pela agência.

Vacinação

A vacina contra a raiva tem baixo custo, pode ser aplicada pelo próprio produtor e deve ser dada anualmente. A vacinação preventiva é a melhor forma de combate direto. Uma vez que o animal apresenta sinais clínicos não há tratamento. Atualmente, a vacinação é obrigatória em 30 municípios do Oeste, conforme a portaria nº 368/2025 da Adapar.

A escolha dos municípios levou em conta a quantidade de focos registrados nos últimos anos, a proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, a ocorrência de áreas compartilhadas de transmissão e o elevado número de pessoas que precisaram de tratamento após contato com animais suspeitos. A obrigatoriedade abrange apenas 30 municípios, mas a vacinação é aconselhada em todo o território paranaense.

Ambiente urbano

Ao discutir sobre a raiva no contexto urbano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), órgão responsável pela vigilância epidemiológica em humanos, cumpriu o papel de elucidar dúvidas e falar sobre as ações de monitoramento de casos suspeitos em humanos e em animais domésticos. Além disso, também foram informadas as formas corretas de tratamento pós-exposição e a importância das campanhas educativas e de sensibilização da população.

Na prática, são as equipes das secretarias municipais e estaduais que acolhem a população quando há mordeduras ou possível exposição, garantindo que o tratamento seja iniciado a tempo de salvar vidas. Mesmo sendo uma doença de fácil prevenção a raiva continua avançando por falta de cuidado da população. A atuação conjunta entre saúde humana, defesa agropecuária e meio ambiente, somada à vacinação animal e à informação da sociedade é uma forma eficaz de combater a enfermidade.

Expovale

A Expovale é uma exposição agropecuária e industrial da cidade, considerada a maior feira da região do Vale do Ivaí. O foco da exposição é na realização de negócios, promoção da inovação e fortalecimento produtivo. A edição de 2025 foi realizada entre 14 e 19 de novembro. Além de shows, o evento comemorou os 64 anos do município.

Fonte: AEN-PR
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Código georreferenciado traz mudanças na forma de identificar propriedades rurais

Ferramenta aumenta precisão logística, facilita fiscalização e organiza dados territoriais em todo o país.

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Foto: Wenderson Araujo

A Câmara dos Deputados deu mais um passo na modernização da gestão territorial do campo. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou, na terça-feira (18), o parecer do relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 2.898/2021, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).

A proposta altera a Lei 6.538/1978, que dispõe sobre os serviços postais, para assegurar a designação de um código de georreferenciamento às propriedades rurais e agroindustriais em todo o país.

O objetivo do texto é facilitar a identificação e localização dessas áreas, ampliar a precisão logística, garantir maior segurança jurídica e permitir avanços na integração de dados territoriais.

O projeto já havia sido aprovado anteriormente na Comissão de Agricultura (CAPADR) e na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI). Na CCJC, cabia apenas o exame de admissibilidade, etapa necessária para atestar constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da matéria.

Ao apresentar seu voto, Delegado Paulo Bilynskyj, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou que o texto é enxuto e juridicamente sólido. “Trata-se de um projeto simples, claro e bem articulado. Não há qualquer ofensa a direitos ou garantias constitucionais, tampouco afronta à legislação vigente. Do ponto de vista jurídico e técnico, o PL é absolutamente adequado”, afirmou o relator.

Ele reforçou ainda que a proposta segue os parâmetros da Lei Complementar 95/1998, que orienta a elaboração legislativa. “A alteração é objetiva e não cria redundâncias ou conflitos. Mantém-se fiel à estrutura normativa e contribui para o aperfeiçoamento da legislação”, completou.

Modernização do campo

O deputado Evair Vieira de Melo, coordenador de Direito de Propriedade da FPA, celebrou o avanço da proposta, destacando que a iniciativa atende a uma demanda crescente da agricultura brasileira por precisão, rastreabilidade e segurança territorial. “O georreferenciamento é hoje uma ferramenta indispensável. Ele fortalece a gestão das propriedades rurais, melhora o acesso a serviços e políticas públicas e coloca o Brasil na rota da agricultura de precisão”, elencou o autor do projeto.

Segundo Evair, a medida também contribui para o ordenamento territorial e para a eficiência dos serviços postais e logísticos no meio rural. “Cada propriedade poderá ter um código definido, o que facilita desde entregas até ações de fiscalização, crédito e assistência técnica. É um avanço simples, mas de enorme impacto para o produtor rural”, completou.

Fonte: Assessoria FPA
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