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A importância da qualidade do ar na produção de suínos

É muito importante que o produtor esteja atualizado em métodos e soluções em tecnologia e automação para minimizar os possíveis problemas na qualidade da produção

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Artigo escrito pela equipe técnica da Inobram

Na época atual, existem diversos fatores contraproducentes para os produtores de qualquer ramo do agronegócio. Um deles, e que é fortemente visto, é o desafio em manter os filhos na propriedade rural, continuando a produção e os cuidados com a propriedade, evitando o aglomero nas cidades e, também, o desemprego e a falta de qualidade de vida.  Sendo benéfico para a granja, ter uma nova geração em que sejam alinhados os métodos de criação a soluções modernas de tecnologia e automação.

Para os produtores de suínos e, também de outros animais, existem também diversas particularidades de seu ofício, acarretando mais trabalhos e mais cuidados na criação e produção.

A cada dia que passa, presenciamos mais e mais granjas de suínos passando por reformas e se modernizado, buscando novas tecnologias que facilitem o trabalho diário, buscando soluções em climatização, alimentação e pesagem, além de adequar e automatizar instalações antigas e novas. Tudo para fazer da granja, um ambiente favorável para o bem-estar dos animais, obtendo melhor desempenho da produção e acima de tudo, mais qualidade de vida para as pessoas que nela trabalham.

Atualmente, o termo “bem-estar” está amplamente difundido, não só visando as melhores condições humanitárias de criação, mas também o aumento da produtividade do rebanho, ou seja, animais em adequadas condições de ambiente, são animais que possuem ambiente e instalações com ótimas condições de temperatura e umidade, além de um adequado convívio social.

Isso tudo traz grandes benefícios para a atividade, pois com o incremento de novas soluções em tecnologia e com a modernização, pode-se colocar mais animais na granja, melhorar os índices de conversão alimentar, apurar com mais precisão o ganho de peso, a idade do abate, entre tantos outros fatores importantes para uma boa produtividade.

Dentre os diversos fatores importantes para o bom funcionamento da granja, existem alguns que são primordiais. Com a modernização e a climatização, as granjas ficam mais suscetíveis ao acúmulo de gases dentro de suas instalações e muitas vezes, o produtor acredita que é possível fazer o manejo da forma tradicional, ou seja, “como sempre foi feito” até então, tempo em que as granjas eram totalmente abertas, com manejos manuais de cortina e renovação do ar feita em momentos em que era fornecida a ração aos animais, feita a limpeza ou práticas na maternidade. Isso não é mais possível atualmente.

Para a produção de suínos, um fator que deve-se ficar atento é quanto à qualidade do ar, pois este está diretamente relacionado ao metabolismo dos animais, sendo que eles liberam calor, umidade e dióxido de carbono provenientes de sua respiração, gases oriundos da sua digestão e também poeira, além de outros gazes provenientes dos dejetos, entre outros, sendo assim, a exposição constante a altos níveis de concentração de gases tóxicos (amônia, ácido sulfídrico e dióxido de carbono) podem reduzir bastante o desempenho zootécnico dos animais. Assim, um bom sistema de ventilação e troca de ar, torna-se indispensável, possibilitando manter a concentração de partículas suspensas no ar em níveis adequados.

Os gases mais presentes nas instalações para suínos são amônia, sulfeto de hidrogênio (ou ácido sulfídrico) e dióxido de carbono. No inverno, quando a ventilação é reduzida para manter o calor, a concentração desses gases aumenta dentro das instalações.

Dentre os gases que mais prejudicam o desempenho na atividade, o principal é o dióxido de carbono, ou mais conhecido como CO2. Estudos realizados com CO2 evidenciam que em concentrações altas, esses gases afetam a saúde dos suínos. Assim, a alta concentração de gás CO2 está diretamente relacionada ao mau desempenho da produção, pois com saúde debilitada, o animal não consegue expressar seu potencial de desenvolvimento, resultando até mesmo em carne de má qualidade. Portanto, é evidente que o controle adequado do nível do CO2, ajuda no desenvolvimento do animal e consequentemente torna a produção mais rentável.

A produção de CO2 por animais está diretamente relacionada com sua produção de calor, sendo essa função do seu peso corporal e do seu ambiente térmico. Estudos realizados com o dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO) evidenciam que esses gases afetam a saúde dos suínos.

Para evitar que o CO2 afete e prejudique o desempenho dos animais, já que o suíno é um dos animais mais suscetíveis a doenças respiratórias, é necessário executar as práticas de manejo conforme as orientações sugeridas pelo departamento técnico que atende a granja e principalmente, estar atento para novas tecnologias ofertadas para fazer a troca de ar e uniformizar a ventilação dentro da granja.

A solução ideal para granjas com ventilação positiva, hoje, é a que permite, além de ligar ventiladores, abrir cortinas e controles por temperatura e umidade, controlar os níveis de CO2. Pois como já comentado, é um dos grandes “vilões” da atividade.

Já para as granjas de ventilação negativa, além dos mesmos princípios adotados, os diferenciais estão no tipo de ventilação, que podem ser por exaustores, placas evaporativas ou inlets.

Portanto, é muito importante que o produtor esteja atualizado em métodos e soluções em tecnologia e automação para minimizar os possíveis problemas na qualidade da produção, seguir à risca as recomendações sugeridas, fazer o manejo corretamente e a manutenção preventiva de seus equipamentos. Com todas estas ferramentas e cuidados, o produtor tem a certeza de um excelente desempenho na produção e uma vida mais tranquila para sua família.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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