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A fórmula de sucesso da C.Vale: produtores, diversificação e visão global

Sob a liderança de Alfredo Lang, a cooperativa não apenas atravessa os desafios impostos pelo clima e pela economia, mas transforma adversidades em oportunidades.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A C.Vale é uma das maiores potências do agronegócio brasileiro. Sob a liderança de Alfredo Lang, a cooperativa não apenas atravessa os desafios impostos pelo clima e pela economia, mas transforma adversidades em oportunidades. Em entrevista ao programa Voz do Cooperativismo, do jornal O Presente Rural, o presidente da C.Vale compartilha os segredos que sustentam o sucesso da cooperativa, desde a diversificação de atividades até o investimento constante em tecnologia e olho atento aos mercados externos.

Presidente da C.Vale, Alfredo Lang: “O aumento de produção melhora a qualidade de vida dos associados e fortalece a cooperativa, que passa a ter mais musculatura” – Fotos: Divulgação/Arquivo OPR 

Lang destaca que o verdadeiro alicerce da C.Vale é a dedicação dos produtores, que se empenham em produzir com qualidade e eficiência. É essa postura que não só melhora a vida dos associados, mas também fortalece a cooperativa, permitindo uma atuação mais robusta nos mercados interno e externo. A diversificação de atividades, um dos pilares estratégicos da C.Vale, aparece como uma resposta inteligente às incertezas climáticas e à volatilidade do mercado.

Nesta conversa franca, Alfredo Lang aborda os desafios climáticos que marcaram 2024, o papel essencial da tecnologia no campo e as perspectivas de crescimento para 2025. Com sua visão estratégica, Lang reforça a importância de atender às demandas do mercado global.

O Presente Rural – A C.Vale se consolidou no agro. Qual o segredo do sucesso?

Alfredo Lang – Ter produtores empenhados em fazer as coisas como devem ser feitas para gerar produtividade. O aumento de produção melhora a qualidade de vida dos associados e fortalece a cooperativa, que passa a ter mais musculatura.

O Presente Rural – Analisando os fatores climáticos e econômicos que o Brasil vem passando, quais os desafios que a C.Vale tem enfrentado e como que ela faz para superar esses desafios?

Alfredo Lang – Com o clima não dá, a gente está sujeito a mudanças, tanto de secas, quanto de frio, excesso de chuva. Nesse ano (2024), falando de frio, a região mais vulnerável nossa era o Grande Sul, mas no geral o clima foi regular para nós, não dos melhores, mas o pessoal conseguiu produzir e conseguiu colher. E quando o produto passa a ter valor, seja no mercado externo, mas especialmente no mercado interno, isso também vem repercutir nas atividades da própria cooperativa em termos de rentabilidade. Por fim, a outra questão para ter estabilidade que a gente busca é a diversificação de atividades.

Presidente da C.Vale, Alfredo Lang: “Diversificando atividades a gente melhora a nossa estabilidade de rentabilidade”

O Presente Rural – A tecnologia chegou no campo. De que forma é que a C.Vale vem trabalhando com isso junto com seus cooperados, como vocês estão agregando a tecnologia no campo?

Alfredo Lang – Eu digo sempre o seguinte: se a gente quiser produzir para o mundo, que é o nosso foco, você tem que estar ajustado às novas tecnologias, e a evolução das tecnologias anda, né? Isso é constante. Se vão surgindo formas de aumentar a produtividade, sempre que for possível tem que ser feito, desde que seja viável.

O Presente Rural – Quais os segmentos hoje que a C.Vale atua que se destacam?

Alfredo Lang – A gente trabalha com uma área de grãos; soja, milho e trigo. E trabalhamos na área de mandioca, na produção de amidos modificados quimicamente, além da área de carnes. Suíno e leite através da Frimesa, que a nossa central, além de grãos para produção de ração para produzir frango, peixe e suíno. Diversificando atividades a gente melhora a nossa estabilidade de rentabilidade.

É grande essa gama de atividades, mas nem sempre está bom para você exportar carne. As vezes é mais negócio você a vender no mercado interno e às vezes é o contrário. Então, a diversidade de atividades que a cooperativa tem permite a ela não viver o céu e o inferno. Isso vale para o produtor também. Os ovos são colocados em cestas diferentes.

O Presente Rural – Qual foi o desempenho da C.Vale em 2024?

Alfredo Lang – Estamos fechando o balanço (janeiro), mas todas atividades foram mais ou menos. O frango foi bem, assim como milho e soja. Têm os altos e baixos do mercado porque hoje tudo é cotado em dólar.

O Presente Rural – Como a CVale vem se posicionando no mercado externo?

Presidente da C.Vale, Alfredo Lang: ” Nós atuamos em várias regiões do país, isso permite que se em uma região der problema, tem as outras regiões que compensam”

Alfredo Lang – No caso de carnes, produzir o que o cliente lá fora quer. É o que nós fazemos. Eu sempre digo, se ele quiser que cada frango, ao ser abatido, o funcionário cante a música que ele quiser, nós fizemos desse forma e eles pagam por isso.

Mas eu volto a insistir na diversificação das atividades, porque ela não te coloca em uma situação crítica. Eu bato muito em cima dessa questão porque a gente não consegue controlar o clima, seca, chuva, etc. Mas, se a gente tem o produto, a gente consegue controlar o mercado. Quando você verifica o mercado internacional, observa que hoje o peixe está num preço bom, em outro país a soja está melhor e assim por diante, a gente usa essa linha de raciocínio.

O Presente Rural – Quais as perspectivas da C.Vale para o ano de 2025 em relação aos grãos?

Alfredo Lang – Por enquanto a safra está indo bem. Temos uma perda já em função da falta de chuva, mas não é uma coisa comprometedora para nós. Nós atuamos em várias regiões do país, isso permite que se em uma região der problema, tem as outras regiões que compensam.

O Presente Rural – Qual o foco maior dos investimentos hoje da C.Vale?

Alfredo Lang – Agora nós estamos mais pé no chão, observando, acompanhando. Mas de qualquer forma, eu volto a dizer, nós atuamos em várias atividades e o que nós fizemos é acelerar mais uma ou desacelerar para investir no outro setor. Você vai produzir carne, mas é o melhor momento para isso? Tem algum país melhor? A gente trabalha desse jeito, para buscar as oportunidades.

O Presente Rural – O Dia de Campo C.Vale consegue reunir várias empresas, produtores, a sociedade do agronegócio como um todo. Qual a importância?

Alfredo Lang – O Dia de Campo para nós é um momento muito importante, onde nós conseguimos mostrar para o nosso associado, para os nossos visitantes, o que a C.Vale está fazendo, quais são as cultivares e híbridos que são mais recomendados. Isso tem contribuído muito. A gente percebe que as cooperativas, de uma maneira geral, estão fazendo seus dias de campo exatamente para poder melhor orientar o produtor e com isso melhorar a rentabilidade do produtor e também da própria cooperativa.

A diversificação de atividades passa a ser sempre a melhor alternativa do que você concentrar em cima de uma atividade só. Se ele tem uma atividade em que ele transforma esse milho e essa soja em proteína animal, ou seja, frango, peixe, suíno, tudo começa a mudar porque você não depende de fator climático.

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Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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