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A força do embrião para a aceleração da genética: 30 anos em três
Como em qualquer ciclo econômico, ganha mais quem consegue investir em um mercado que está em baixa. Assim, é possível potencializar os ganhos quando a alta acontece. E este é o momento que vive hoje a pecuária brasileira. Com preços baixos e abate de matrizes, o pecuarista que aposta na gestão deve aproveitar para investir na aquisição de genética melhoradora. A dica é do CEO da Fazenda Esperança, de Alegrete (RS), Raphael Houayek.
“As pessoas geralmente querem investir em um negócio quando ele já está dando certo e, consequentemente, mais caro”, compara. Por isso, Houayek destaca que o pecuarista está no melhor momento para investir. “O futuro começa agora. Analistas dizem que em 2025 os bons preços estarão de volta. E os terneiros de 2025 serão gerados nessa próxima estação de monta. Ou seja, o momento de investir é agora. É preciso coragem e resiliência para investir.
E o uso da tecnologia de transferência de embriões pode trazer ainda mais vantagens ao pecuarista. “O Rio Grande do Sul entrou um pouco depois do Brasil Central neste mercado, mas quem apostou mais cedo já tem muitos resultados”, afirma o empresário. Ele menciona que com o uso de embriões de alta genética é possível fazer em três anos, o que uma cabanha com reprodução convencional levaria trinta nos para alcançar. Segundo Houayek, a Esperança faz uso de embriões há dez anos e “entendeu a força desta tecnologia e o potencial de mudar a realidade genética e uma propriedade com muita velocidade”.
Consciente da força deste formato de expansão da genética, a Fazenda Esperança está de olho também na exportação de embriões, a exemplo do que faz a Argentina. “Estamos com algumas tratativas e, caso se consolide, será um grande ganho para a raça e o protagonismo da empresa.”
Dia do Embrião vai debater esse mercado
Como estratégia de aceleração e expansão da genética da Fazenda Esperança, são utilizadas diferentes formas de comercialização. Uma delas, que registrou faturamento de R$ 1,5 milhão em 2022, foi o Dia do Embrião. Trata-se de um evento online, com especialistas convidados que aborda todas as questões envolvidas no segmento de embriões. E durante as apresentações também são exibidas as combinações possíveis para pacotes de embriões com garantia de prenhez dos principais reprodutores da Fazenda Esperança. O objetivo é mostrar de que forma a tecnologia pode democratizar o acesso de genética de grandes reprodutores a pecuaristas de qualquer porte.
Este ano, o Dia do Embrião será realizado nesta segunda-feira (17), no canal da Fazenda Esperança Alegrete no YouTube. O evento será um aquecimento para o Leilão de Embriões, marcado para o dia 21 de agosto, às vésperas da Expointer 2023.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.