Suínos Editorial
A defesa da sanidade como pilar do progresso
Como guardiões da sanidade dos seus rebanhos, os produtores precisam estar constantemente vigilantes e informados sobre as melhores práticas de manejo e controle sanitário.

A suinocultura brasileira enfrenta desafios constantes que ameaçam sua produtividade e sustentabilidade. Entre esses desafios, a sanidade dos plantéis se destaca como uma preocupação crítica. Enfermidades suínas não apenas acarretam prejuízos econômicos significativos, mas também desperdiçam o trabalho árduo realizado ao longo de toda a cadeia produtiva até o frigorífico. Neste contexto, a biosseguridade é uma medida imprescindível para proteger a saúde animal e garantir a eficiência da produção.
Os impactos das doenças suínas são devastadores. Elas comprometem a saúde dos animais, reduzem a eficiência produtiva e podem levar a perdas substanciais em termos de mortalidade e custo de tratamento. Além disso, a presença de enfermidades afeta diretamente a qualidade da carne, gerando repercussões negativas para toda a cadeia de valor. Para mitigar esses riscos, a implementação rigorosa de práticas de biosseguridade nas propriedades rurais é vital.
A biosseguridade, tema amplamente debatido no Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, envolve um conjunto de medidas preventivas destinadas a proteger os rebanhos de agentes patogênicos. Cada etapa é crucial para impedir a entrada e a disseminação de doenças, preservando assim a integridade dos plantéis o status sanitário brasileiro.
O papel do produtor rural nesse cenário não pode ser subestimado. Como guardiões da sanidade dos seus rebanhos, os produtores precisam estar constantemente vigilantes e informados sobre as melhores práticas de manejo e controle sanitário. Isso exige um compromisso contínuo com a educação e a atualização técnica. Participar de eventos, cursos e treinamentos específicos sobre biosseguridade e sanidade animal é fundamental para que os produtores estejam sempre à frente das ameaças sanitárias.
Além disso, a colaboração entre produtores, veterinários e órgãos de defesa sanitária é essencial. A troca de informações e experiências, aliada à implementação de programas de monitoramento e controle, fortalece a capacidade de resposta rápida e eficaz a surtos de doenças. A união de esforços cria uma barreira robusta contra as enfermidades, protegendo não apenas os rebanhos individuais, mas também a sanidade do setor como um todo.
Ao adotar medidas de biosseguridade e investir em educação e colaboração, os produtores podem proteger seus rebanhos e garantir a longevidade e o sucesso da suinocultura brasileira. A saúde animal não é apenas uma questão de eficiência produtiva, mas de responsabilidade e compromisso com o futuro do agronegócio nacional.
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Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



