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Bovinos / Grãos / Máquinas

A carga pesada do agronegócio

O frete cobrado tem dado grande prejuízo para toda a cadeia agrícola e pecuária brasileira

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Não é de hoje que a logística brasileira joga contra os interesses de quem trabalha e produz. Refém do modal rodoviário, o país se viu paralisado com a greve dos caminhoneiros deflagrada dia 21 de maio deste ano. No que pese as justas reivindicações desta classe de trabalhadores, as sequelas econômicas deste período e seus desdobramentos vão impactar por muito tempo as contas do agronegócio paranaense. Para compreender melhor este delicado momento da economia, o Departamento Técnico e Econômico (Detec) da FAEP elaborou o estudo: “Efeitos pós-greve dos transportadores e a política de tabelamento de fretes”, que analisa profundamente as consequências econômicas, tanto do tabelamento do frete, quanto da paralisação dos caminhões, nas principais cadeias produtivas do agronegócio paranaense: soja, milho, leite, bovinocultura de corte, suinocultura e avicultura. Em todo o Brasil as sequelas são semelhantes às apresentadas no estudo, divulgado na última semana de junho.

Esta última, além da análise da greve dos caminhoneiros, traz dados sobre os prejuízos decorrentes da operação Carne Fraca, da Polícia Federal; do embargo da União Europeia ao frango brasileiro e das recentes tarifas antidumping estabelecidas pela China. Trata-se de um material de peso, que traz dados inéditos para ajudar a entender de que forma esta dinâmica de preços e custos vai impactar o bolso do produtor rural. Foram ouvidas agroindústrias, cooperativas, transportadoras, traders, cerealistas, o Porto de Paranaguá e produtores de diversas áreas. O material na íntegra você pode acessar na página do Sistema Faep/Senar-PR no menu Serviços. Por conta de sua relevância, o jornal O Presente Rural reproduz matéria completa disponibilizada pela Faep.

Após oito dias de paralisação, o governo federal atendeu uma pauta de reivindicações que incluía, além de redução no preço do óleo diesel, a definição de preços mínimos para os fretes rodoviários. Esta medida foi contemplada através da Resolução nº 5.820/2018 da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que definiu o tabelamento de preços por quilômetro rodado. A tabela publicada pela agência reguladora trazia inconsistências grotescas em sua metodologia, gerando diversas críticas dos setores que utilizam frete rodoviário.

Foi editada então uma nova tabela através da Resolução nº 5.821/2018, que foi revogada apenas cinco horas depois, voltando a vigorar o estipulado na resolução inicial, contribuindo para o clima de incerteza e insegurança que passou a ser a tônica dominante no setor brasileiro de transportes.

Grãos

Para dimensionar o impacto desta medida, o estudo da Faep comparou os valores do frete no Paraná antes e depois da paralisação e seus desdobramentos. O Detec simulou três fretamentos para o transporte de grãos, saindo de Cascavel, Maringá e Ponta Grossa, com destino ao Porto de Paranaguá. Estes cálculos consideraram um caminhão bitrem de sete eixos, com capacidade de 38 toneladas, e a obrigatoriedade do pagamento do frete de retorno imputada pela ANTT. Também foi considerado o desconto das tarifas de pedágio para os eixos suspensos dos veículos, também previsto na resolução.

O resultado é um aumento de 105% no custo do frete saindo de Cascavel, 99% saindo de Maringá e 51% quando o frete sai de Ponta Grossa, quando aplicada a tabela da ANTT.

As dificuldades para o escoamento da produção de grãos já são sentidas no campo. Segundo o produtor Edilson Gorte, de Ponta Grossa (Campos Gerais), desde que a greve foi deflagrada, muitas operações foram interrompidas pelas tradings, devido às incertezas quanto ao custo

do frete. “Estávamos trabalhando normalmente quando chegou a greve. De lá pra cá não foi comercializado mais nenhum grão, até chegar a nova tabela do frete, eles não vão comprar nada”, diz. “Como eles [as empresas] vão me pagar 80 reais pela saca de soja se eles não sabem quanto o governo vai estipular de frete?” questiona o produtor.

Importante ressaltar que peso do frete na composição do custo de um produto é cumulativo ao longo de toda cadeia produtiva. De acordo com o estudo do Detec, o frete rodoviário corresponde a 67% do custo de exportação da soja e representa cerca de 10% do preço final da oleaginosa. Com o tabelamento, esse percentual passa para 17% (considerando que o contratante terá que arcar com o frete de retorno), minando a competitividade dos produtos paranaenses.

Não bastasse isso, as incertezas relacionadas à manutenção do preço do frete fazem com que muitos produtores, empresas e cerealistas aguardem alguma mudança para fechar negócios. Com isso, os armazéns continuam ocupados pela soja e milho da primeira safra e agora, com a colheita do milho safrinha, pode faltar espaço para estocar os grãos.

Os reflexos nas exportações já são sentidos. De acordo com o estudo, 1,06 milhão de toneladas de soja deixaram de ser embarcadas pelo Porto de Paranaguá nos primeiros dias de junho deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Leite

Por se tratar de um produto altamente perecível, a cadeia do leite foi bastante prejudicada. Como deixar de ordenhar os animais não é uma opção, estima-se que cerca de 64 milhões de litros tenham sido descartados em todo Paraná. Em oito dias de paralisação, o prejuízo do setor produtivo foi da ordem de R$ 75 milhões. “O prejuízo foi muito grande pela parte do produtor e das industrias, ficamos dez dias sem faturamento”, afirma o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite), Wilson Thiesen.

O tabelamento do frete também é uma preocupação deste setor, que pela própria natureza, percorre grandes distâncias para coletar o produto nas propriedades. “Não concordamos com esta tabela até porque temos o transporte de leite UHT a grande distância, que é um produto que não tem valor agregado significativo. A margem das empresas já é muito estreita e se o frete vir a onerar essa margem, pode se tornar negativa”, avalia.

Avicultura

Na avicultura nacional, acumulam-se aos problemas causados pela greve e o tabelamento de frete os reflexos que ainda são sentidos por causa de operações da Polícia Federal (Carne Fraca e Trapaça) e, mais recentemente, do embargo europeu. Em termos de Brasil, o estudo mostra que nos 13 meses entre abril de 2017 e maio de 2018, em 11 houve redução no volume de carne exportado na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No período de janeiro a maio de 2018, ante período equivalente de 2017, houve uma redução de 12,23% na receita. O estudo pondera que esse cenário preocupa, em especial, o Paraná, pois o Estado é o maior produtor nacional de aves, responsável por quase 35% de todo o frango nacional.

Outro fator que preocupa, conforme o levantamento da Faep, é o fato de a empresa BRF ter anunciado férias coletivas para os funcionários dos complexos industriais de Chapecó e Concórdia, em Santa Catarina; e em Serafina Corrêa e Lajeado, no Rio Grande do Sul. No total, 5.600 funcionários foram impactados com a medida. A mesma empresa divulgou ainda que vai fechar sua unidade em Campo Verde, em Mato Grosso, em operação desde 1989.

Sobre o impacto da greve dos caminhoneiros no setor, a indústria ainda levanta os prejuízos causados pela paralisação nas atividades. A expectativa é que mesmo com o fluxo logístico da cadeia restabelecido desde 30 de maio, apenas no início de julho a normalidade tenha retornado à produção de frangos. Esta situação se reflete nas gôndolas dos supermercados. “Distribuidoras consultadas pelo Detec informaram variações na cotação do frango congelado de R$ 3,50/kg antes a até R$ 5,50/kg após o período de paralisação dos transportes (semanas de 14 a 19 de maio e 4 a 9 de junho)”, aponta o estudo.

De acordo com o Detec, esse cenário tem levado ao surgimento de produtores com dificuldades para honrar seus compromissos com financiamentos. Nesse sentido, a Faep se antecipou ao problema e pediu, em ofício encaminhado ao Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Banco Centro do Brasil e ao BNDES, um aumento no prazo para pagamento dessas dívidas. Outra ferramenta fundamental para esse período de dificuldades, as Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) têm sido de extrema importância, já que constituem o principal canal de diálogo entre os produtores integrados e as agroindústrias.

Sobre a questão do tabelamento do frete, um dos pontos que fez governo e caminhoneiros entrarem em acordo e finalizarem a greve, Guilherme Jonker, vice-presidente da Comissão Técnica de Avicultura da Faep, vê o arranjo com apreensão. “O livre mercado, a lei da oferta e da procura é o que gera o equilíbrio de todas as coisas. E quando se tabela o frete, daqui a pouco tem que tabelar também a soja, o trigo, o milho, todas as coisas. O tabelamento do frete, tecnicamente, não tem nada a ver com a realidade. O que aconteceu é que em vez de diminuírem-se os impostos que a nação cobra sobre o óleo diesel, acabaram impondo um valor fora da realidade e nós é que estamos pagando a conta”, critica.

O setor também é afetado diretamente pelos efeitos da Operação Carne Fraca desde 2017. Mesmo assim, os produtores conseguiram se segurar e manter resultados positivos no ano passado, com a ajuda da redução no preço do milho que tinha sido um fator de dificuldade em 2016. Em 2018, no entanto, a conjuntura indica para aumento na cotação do cereal e estabilidade no preço do suíno, o que pode desestimular a continuidade da produção, como aponta o levantamento da Faep.

Somado a isso, o período de paralisação da greve dos caminhoneiros causou desabastecimento de ração nas granjas. O fato provocou redução no rendimento dos lotes e só não foi maior pelo fato de a suinocultura ter um ciclo longo e com animais mais resistentes. Durante a greve, o varejo chegou a ficar desabastecido pela falta de animais.

Os reflexos são sentidos até agora. No momento, de acordo com o estudo, a situação nas principais cooperativas e integradoras do Paraná é de represamento de animais para abate e acúmulo de leitões para alojamento nas granjas para a normalização.

Sobre o tabelamento dos fretes, a pesquisa aponta que a maior parte da logística é feita de forma terceirizada. Com a indefinição do governo, a prática mais adotada é a manutenção dos valores praticados antes da greve. Mas já há uma sinalização de negociação desses valores assim que houver um posicionamento efetivo das autoridades sobre o tema.

Jacir Dariva, vice-presidente da Comissão Técnica de Suinocultura da Faep, lembra que tudo na suinocultura depende diretamente do transporte e que a dependência logística deixa o setor em uma das situações mais delicadas vividas nos últimos anos. “Hoje os produtores de suínos estão assustados com a questão do transporte dos insumos para as granjas, está subindo muito, pois os distribuidores já estão colocando a diferença do transporte nas entregas de insumos nas granjas. Na verdade, isso vai virar uma reação em cadeia, porque na hora de receber o insumo, o produtor paga a mais, e na hora de vender, recebe menos pelo suíno”, revela.

Dariva diz que, independentemente de ser justa ou não a reivindicação dos caminhoneiros, os suinocultores também amargam prejuízos nos últimos meses e precisam de uma solução para poder manter seus negócios. “Nós não temos mais de onde tirar nada para tentar salvar outros setores. A situação ficou complicada, no início achamos que diesel ia baixar e que ia ficar melhor, diminuir o custo de produção, porque o diesel e o frete impactam diretamente no custo de produção. Mas com esse preço tabelado nas alturas impactou e bastante, nossas contas que já não fechavam antes agora ficaram ainda mais difíceis”, lamenta.

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Primeiro trimestre de 2024 se encerra com estabilidade nos custos

Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.

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O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira se manteve estável de fevereiro para março, considerando-se a “média Brasil” (bacias leiteiras de Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Com isso, o primeiro trimestre de 2024 se encerrou com uma leve retração no custo, de 0,3%. Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.

Dessa forma, os custos com o arraçoamento do rebanho acumulam queda de 1,8%. Sendo este o principal componente dos custos de produção da pecuária leiteira, reforça-se que a compra estratégica dos mesmos pode favorecer o produtor em períodos adversos.

No mercado de medicamentos, o grupo dos antimastíticos foi o que apresentou maiores elevações em seus preços, sobretudo em MG (1,2%) – este movimento pode ter sido impulsionado por chuvas intensas em algumas regiões do estado ao longo do mês.

Por outro lado, produtos para controle parasitário registraram leves recuos, enquanto vacinas e antibióticos ficaram praticamente estáveis. Tendo em vista o preparo para o plantio das culturas de inverno nesta época do ano, foi possível observar valorização de 7,4% das sementes forrageiras na “média Brasil”, com os avanços chegando a ficar acima de 10% no Sul do País.

Tal atividade também impacta diretamente o mercado de fertilizantes, que registou recuperação de 0,3% na “média Brasil”. Por outro lado, o mercado de defensivos agrícolas apresentou queda de 0,4%, a qual foi associada ao prolongamento das chuvas em algumas regiões, o que reduz, por sua vez, a demanda por tais insumos.

De maneira geral, a estabilidade nos preços dos principais insumos utilizados e a elevação do preço do leite pago ao produtor contribuíram para a diluição dos custos da atividade leiteira no período, favorecendo a margem do produtor.

Cálculos do Cepea em parceria com a CNA, tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro, apontam elevações de 4% na receita total e de 30% na margem bruta (o equivalente a 9 centavos por litro de leite), considerando-se a “média Brasil”.

Relação de troca

Em fevereiro, a combinação entre valorização do leite e a queda no preço do milho seguiu favorecendo o poder de compra do pecuarista leiteiro. Assim, o produtor precisou de 28 litros de leite para adquirir uma saca de 60 kg do grão – o resultado vem se aproximando da média dos últimos 12 meses, de 27 litros/saca.

Fonte: Por Victoria Paschoal e Sérgio Lima, do Cepea
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Menor oferta de matéria-prima mantém preços dos derivados em alta

Cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

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Foto: Rubens Neiva

Impulsionados pela menor oferta no campo, os preços do negociados no atacado de São Paulo subiram pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com pesquisas diárias do Cepea, realizadas em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB ), as cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, verificam-se desvalorizações reais de 9,37% para o UHT e de 8,53% para a muçarela (valores deflacionados pelo IPCA de março).

O leite em pó fracionado (400g), também negociado no atacado de São Paulo, teve média de R$ 28,49/kg em março, aumento de 0,99% no comparativo mensal e de 9,6% no anual, em termos reais.

A capacidade do consumidor em absorver altas ainda está fragilizada, e o momento é delicado para a indústria, que tem dificuldades em repassar a valorização da matéria-prima à ponta final.

Agentes de mercado consultados pelo Cepea relatam que as vendas nas gôndolas estão desaquecidas e que, por conta da baixa demanda, pode haver estabilidade de preços no próximo mês.

Abril

As cotações dos derivados lácteos seguiram em alta na primeira quinzena de abril no atacado paulista.

O valor médio do UHT foi de R$ 4,21/litro, aumento de 1,99% frente ao de março, e o da muçarela subiu 0,72%, passando para R$ 28,87/kg.

O leite em pó, por outro lado, registrou queda de 2,04%, fechando a quinzena à média de R$ 27,91/

Colaboradores do Cepea afirmaram que os estoques estão estáveis, sem maiores produções devido às dificuldades de escoamento dos produtos

Fonte: Por Ana Paula Negri e Marina Donatti, do Cepea.
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Preço ao produtor avança, mas dificuldade em repassar altas ao consumidor preocupa

Movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo.

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Foto: JM Alvarenga

O preço do leite captado em fevereiro registrou a quarta alta mensal consecutiva e chegou a R$ 2,2347/litro na “Média Brasil” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Em termos reais, houve alta de 3,8% frente a janeiro, mas queda de 21,6% em relação a fevereiro de 2023 (os valores foram deflacionados pelo IPCA). Pesquisas em andamento do Cepea apontam que o leite cru captado em março deve seguir valorizado, com a Média Brasil podendo registrar avanço em torno de 4%.

Fonte: Cepea/Esalq/USP

O movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 3,35% de janeiro para fevereiro, acumulando baixa de 5,2% no primeiro bimestre deste ano. Nesse contexto, laticínios e cooperativas ainda disputam fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima.

A limitação da produção se explica pela combinação do clima (seca e calor) com a retração das margens dos pecuaristas no último trimestre do ano passado, que reduziram os investimentos dentro da porteira. Porém, a elevação da receita e a estabilidade dos custos neste primeiro trimestre têm contribuído para melhorar o poder de compra do pecuarista frente aos insumos mais importantes da atividade.

A pesquisa do Cepea, em parceria com a CNA, estima que a margem bruta se elevou em 30% na “média Brasil” nesse primeiro trimestre. Apesar da expectativa de alta para o preço do leite captado em março, agentes consultados pelo Cepea relatam preocupações em relação ao mercado, à medida que encontram dificuldades em realizar o repasse da valorização no campo para a venda dos lácteos.

Com a matéria-prima mais cara, os preços dos lácteos no atacado paulista seguiram avançando em março. Porém, as variações observadas na negociação das indústrias com os canais de distribuição são menores do que as registradas no campo.

Ao mesmo tempo, as importações continuam sendo pauta importante para os agentes do mercado. Os dados da Secex mostram que as compras externas de lácteos em março caíram 3,3% em relação a fevereiro – porém, esse volume ainda é 14,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Fonte: Por Natália Grigol, do Cepea.
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