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Redução das emissões de nitrogênio com suplementação de aminoácidos na nutrição animal
Estratégias nutricionais com a suplementação de aminoácidos para atender a real necessidade dos animais permite reduzir a proteína bruta das dietas, consequentemente a eliminação de determinados nutrientes para o meio ambiente.

O crescimento da população mundial e aumento da fome impactam o ciclo ambiental natural de diversas maneiras. De acordo com o modelo de fronteiras planetárias proposto por pesquisadores ambientais, a humanidade tem mudado o ciclo do nitrogênio em um grau que poderia desencadear mudanças irreversíveis em grande escala e alterar substancialmente o funcionamento do sistema terrestre. As soluções nutricionais para produção animal podem reduzir a carga sobre o meio ambiente, reduzindo a proteína bruta das dietas e consequentemente a excreção de nitrogênio.
Em 2009, pesquisadores liderados por Johan Rockström, do Centro de Resiliência de Estocolmo, e Will Steffen, da Universidade Nacional Australiana, apontaram os holofotes para o impacto da humanidade nos processos do sistema terrestre, pontos de inflexão e “zonas seguras de operação” dentro das fronteiras ambientais. Desde então, os pesquisadores definiram nove processos-chave como parte do quadro de fronteiras planetárias, incluindo integridade da biosfera, poluição química, mudanças climáticas e uso de água doce. Para cada processo, os pesquisadores definiram um limite, que, se excedido, significa que o funcionamento do “sistema da Terra pode ser substancialmente alterado”, como os pesquisadores expressam.
Interrupção de longo alcance do ciclo de nitrogênio
As mudanças climáticas são frequentemente comunicadas como o desafio ambiental mais urgente de nosso tempo. Portanto, pode ser uma surpresa ver que, de acordo com a estrutura de fronteiras planetárias, o ciclo de nitrogênio – parte da fronteira de fluxos biogeoquímicos – está em território vermelho profundo, muito além da mudança climática.

Figura 1: As fronteiras planetárias. J. Lokrantz/Azote baseado em Steffen W et al. (2015)
O desafio em poucas palavras: Como o nitrogênio é um elemento essencial para o crescimento das plantas, grandes quantidades de nitrogênio são usadas em fertilizantes agrícolas. A necessidade por proteínas de origem animal está crescendo devido a uma combinação de crescimento populacional, aumento da renda per capita e urbanização progressiva, com a OCDE projetando uma expansão de 12% da produção global de carne ao longo da década de 2020-2029. Dessa maneira, o aumento do número de animais requer um número crescente de plantações a serem cultivadas para alimentá-los, o uso adicional de fertilizantes coloca uma carga pesada sobre os fluxos naturais de nitrogênio.
O nitrogênio tomado pelas culturas não é um problema em si. Mas muito disso se perde, explicaram pesquisadores do Centro de Resiliência de Estocolmo: “As atividades humanas agora convertem mais nitrogênio atmosférico em formas reativas do que todos os processos terrestres combinados. Grande parte desse novo nitrogênio reativo é emitido para a atmosfera de várias formas, em vez de aproveitado pelas culturas. Quando chove, polui as vias navegáveis e zonas costeiras ou se acumula na biosfera terrestre”.
Esse excesso de nitrogênio ameaça sistemas marinhos e aquáticos, criando enormes “zonas mortas” onde a maioria dos peixes e mamíferos marinhos não podem mais sobreviver. O Golfo do México, por exemplo, contém uma zona morta que abrange cerca de 5.400 milhas quadradas devido ao escoamento de nitrogênio de fazendas no Centro-Oeste dos EUA. O impacto ambiental não é distribuído uniformemente em todo o mundo, mas particularmente pesado no Centro-Oeste dos EUA, Europa Ocidental e Central, Norte da Índia e grande parte da China.
O Relatório Global de Desenvolvimento Sustentável (RSDA) de 2019 reconhece a importância dos fertilizantes nitrogenados para acabar com a pobreza e a fome, bem como para melhorar a saúde e o bem-estar, mas afirma: “O escoamento e o lixiviação de nitrogênio são responsáveis por flores tóxicas de algas aquáticas, que resultam em níveis de oxigênio esgotados, morte de peixes e perda de biodiversidade. O fertilizante nitrogenado também é responsável por mais de 30% das emissões relacionadas à agricultura, sendo o setor a principal fonte de emissões globais de N2O, ele um dos principais gases de efeito estufa e, portanto, potencial para contribuir para as mudanças climáticas.”

Figura 2: Distribuição geográfica da variável de controle para nitrogênio, destacando grandes zonas agrícolas onde o limite N é transgredido.
Emissões de nitrogênio na produção animal
A produção de carne é uma das principais causas da poluição por nitrogênio nos solos e na água. De acordo com uma avaliação recente, “as cadeias de suprimentos de gado global alteraram significativamente os fluxos de nitrogênio (N) nos últimos anos, ameaçando assim a saúde ambiental e humana”. A avaliação conclui que “o setor de proteína animal global atualmente emite equivalente a um terço das atuais emissões de N induzidas pelo homem, suficientes para atingir à fronteira planetária para N. Desse montante, 68% estão associados à produção de ração”.
De acordo com os pesquisadores, as cadeias de fornecimento de leite, carne e coprodutos ruminantes causam 71% das emissões totais de N da produção de proteína animal, enquanto a produção de ovos e carne de frango e suína contribuem com os 29% restantes. A utilização de nitrogênio difere significativamente entre espécies animais, linhas de reprodução e sistema de criação. A avicultura é relativamente eficiente, com eficiência de uso nitrogênio do ciclo de vida para frangos que variam entre 32 e 67%, para frango caipira, entre 6 e 60% e poedeiras, entre 3 e 60%. Os sistemas para produção de carne vermelha (ruminante) são geralmente menos eficientes em média, enquanto exibem uma faixa maior entre 1 e 72%.
Embora uma mudança das proteínas de origem animal para uma dieta mais rica em frutas, legumes, nozes e leguminosas possa aliviar as cargas de nitrogênio, isso não é de se esperar a médio prazo – muito pelo contrário: De acordo com a FAO, a produção animal anual global pode chegar a 455 milhões de toneladas em 2050, em comparação com 258 milhões de toneladas em 2005/2007 e 336 milhões de toneladas em 2018.
As organizações ambientais e de proteção animal promovem o menor consumo de produtos de origem animal, ou o abandono deles na medida do possível, quanto a adoção de uma abordagem de produção mais voltada para o bem-estar animal. Colocar apenas este último em prática, mantendo a produção alta, no entanto, seria contraproducente em relação às emissões de nitrogênio, uma vez que mais espaço e atividade física para os animais acabam diminuindo a eficiência dos nutrientes.
Todavia, temos oportunidades para mitigar o impacto da produção animal nos ciclos naturais de nitrogênio – por exemplo, ajustando a composição da ração: A suplementação com aminoácidos auxilia no balanceamento da ração com dietas de baixa proteína, promovendo uma nutrição eficiente e precisa, reduzindo assim a eliminação do nitrogênio que será mais bem aproveitado na produção animal.
Redução da proteína bruta, suplementação com aminoácidos
Um desafio na produção animal é balancear as dietas com todos os nutrientes necessários. O químico alemão Justus von Liebig (1803-1873) popularizou a “lei do mínimo”, onde o recurso mais escasso (como um nutriente específico) limita o crescimento da cultura. Na metáfora do “barril” amplamente utilizada, réguas de madeira de diferentes comprimentos ilustram essa ideia: Quanto mais curta a régua, mais deficiente um recurso específico. Assim, a menor régua limita a capacidade de enchimento do barril. O barril de Liebig também pode ser aplicado ao potencial nutricional da alimentação animal, onde as réguas representam os aminoácidos essenciais.
Ingredientes comuns de ração, como trigo, milho e soja são “incompletos”, o que significa que são todos baixos em um ou mais aminoácidos essenciais. Para ofertar aos animais todos os aminoácidos necessários, os produtores podem simplesmente fornecer “mais do mesmo” adicionando fontes proteicas à base de plantas, como a soja. No entanto, essa abordagem não seletiva resulta em superalimentação, pois o ingrediente adicional também contém aminoácidos que já são abundantes.
O reflexo de uma nutrição não precisa e eficiente representa maior custo alimentar, grande dependência de matérias primas, baixa eficiência metabólica, além de contribuir com impacto ambiental com excesso de nutrientes não aproveitados. Além de múltiplas desvantagens como o desmatamento para terras agrícolas adicionais, contribuição de emissões com transportes, maior consumo de água por ingestão de uma dieta com alta proteína.
A suplementação com aminoácidos promove uma dieta precisa, que atende as necessidades nutricionais e reduz as excreções para o meio ambiente. Na metáfora do barril, a régua seria um nutriente, e para atender os requisitos nutricionais do animal para uma ótima performance, esse nutriente específico precisa ser suplementado. Dessa forma, elevamos apenas a régua mais curta para atender à necessidade animal.
A nutrição de precisão oferece exatamente isso! Precisão na formulação. Inclusão de fontes proteicas na formulação sem exceder outros nutrientes, podendo assim, a necessidade ser atendida com a suplementação de aminoácidos. Consequente, reduzimos a entrada de ingredientes proteicos como a soja, oferecendo uma nutrição mais eficiente e sustentável, com menor impacto ambiental.

Figura 3: O barril de Liebig ilustra a utilidade da suplementação de aminoácidos direcionados.
Para vacas leiteiras, a metionina geralmente é o aminoácido mais deficiente – e, portanto, seria o limitante. A suplementação de metionina protegida que contém moléculas de DL-Metionina revestidas e possui liberação lenta no intestino delgado da vaca alonga a menor régua para combinar com o comprimento do segundo aminoácido limitante. Essa suplementação melhora significativamente a produtividade – ou eficiência alimentar – sem os efeitos prejudiciais da alimentação de mais proteína bruta.
De acordo com uma regra geral na indústria de ração animal, a redução de um ponto percentual no teor de proteína da dieta, associado ao ajuste de seu perfil de aminoácidos, leva a uma redução de 10% da excreção de nitrogênio com o impacto ambiental negativo associado. A redução da proteína bruta também impacta o consumo de água: os animais precisam de água para os processos metabólicos para descartar o nitrogênio excedente derivado da proteína excedente como ureia (suínos) ou ácido úrico (aves) com urina. Além disso, a abordagem ajuda a reduzir a quantidade de ingredientes de ração à base de plantas, aumenta a eficiência de conversão de ração e resulta em uma dieta mais saudável e equilibrada.
Dessa forma, a nutrição de precisão permite atender as necessidades de cada espécie e objetivos de produção animal com dietas de baixo custo, eficiência alimentar e sustentável. Estratégias nutricionais com a suplementação de aminoácidos para atender a real necessidade dos animais permite reduzir a proteína bruta das dietas, consequentemente a eliminação de determinados nutrientes para o meio ambiente. Em particular, uma enorme contribuição para o meio ambiente, reduzindo a poluição de nitrogênio no solo e água, emissão de gases efeito estufa, e, portanto, em última instância, a função do sistema terrestre.
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Regeneração de pastagens e sistemas integrados ganham protagonismo na pecuária brasileira
Especialistas destacam que eficiência produtiva, solo saudável e adoção de ILPF são caminhos centrais para uma pecuária sustentável e de baixo carbono.

A regeneração de pastagens degradadas e a adoção de sistemas integrados de produção devem ocupar o centro da estratégia da pecuária brasileira para os próximos anos. Essa visão foi defendida por Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS, durante sua participação no VEJA Fórum de Agronegócio, realizado nesta segunda-feira (24), em São Paulo.
Ao participar do painel “Agricultura Sustentável: como produzir sem desmatar”, o executivo ressaltou que a eficiência produtiva e a sustentabilidade caminham juntas para garantir a perenidade do negócio. Com atuação em 20 países e relacionamento diário com centenas de milhares de produtores, a JBS enxerga a saúde da cadeia de fornecimento como prioridade. “A produção pecuária e agrícola precisa prosperar por muitos anos, não apenas por alguns. Se os produtores não forem bem, toda a cadeia não irá bem”, explicou.
Dias também analisou a mudança de paradigma no setor: se antes o foco estava exclusivamente no volume de produção, hoje a degradação e a queda de produtividade, especialmente em áreas de abertura mais antigas, impulsionaram uma nova mentalidade voltada à longevidade e à qualidade do solo.
Segundo Dias, essa agenda regenerativa é um imperativo de gestão, focada na melhoria contínua do ativo ambiental. “É fundamental garantir que a fazenda seja mantida em condições de produtividade superior a cada ano, demonstrando que a exploração pecuária de longo prazo é totalmente sustentável”, afirmou.
O executivo reforçou a singularidade do modelo brasileiro, capaz de acomodar duas ou três safras na mesma área. Nesse contexto, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) surge como ferramenta vital. A presença animal no sistema não apenas diversifica a renda, mas eleva a biologia do solo e sua capacidade de estocagem de carbono. “Colocar animais numa área aumenta a vida do local, eleva a qualidade da terra e mantém o solo coberto durante todo o ano”, explicou Dias. De acordo com o executivo, a eficiência gerada pela ILPF, somada à redução da idade de abate dos animais, resulta em menor pressão por desmatamento e queda nas emissões entéricas, pavimentando o caminho para uma pecuária brasileira de baixo carbono.
Para acelerar a adoção dessas tecnologias e fortalecer a formalização da cadeia, a JBS estruturou um ecossistema robusto de difusão de conhecimento, assistência técnica e gerencial. O objetivo é empoderar o produtor para a tomada de decisões embasadas. “Construímos um ecossistema que difunde conhecimento e apoio aos produtores”, reforçou Dias.
Essa estratégia, operacionalizada por meio do programa Escritórios Verdes, criado em 2021, e que que oferecem assistência técnica, ambiental e gerencial gratuita, tem gerado impacto mensurável: desde então, já foram mais de 20.000 produtores apoiados, reinseridos na cadeia produtiva legal e sustentável.
O líder de Pecuária Sustentável da JBS concluiu que o potencial do Brasil em ter uma pecuária baixa em carbono é evidente, dada a capacidade de armazenagem do solo tropical e a redução da idade de abate dos animais. “Ao aumentar a produção por área, a JBS enxerga um futuro brilhante para a pecuária brasileira, onde a sustentabilidade se torna o novo padrão de eficiência e inclusão produtiva”, pontuou.
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Mercado do leite volta a cair em novembro e mantém pressão sobre o produtor
Demanda mais fraca e custos elevados sustentam pressão negativa sobre o preço ao produtor.

O preço médio nacional do leite ao produtor fechou novembro de 2025 em R$ 2,44 por litro, conforme o boletim Indicadores Leite e Derivados, elaborado pelo Cileite/Embrapa. O valor representa queda de 3,8% na comparação mensal e recuo de 14,8% em 12 meses, consolidando um ano de forte retração para o setor.
A análise regional mostra que todos os estados acompanhados registraram variações negativas, como em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As barras do gráfico destacam uma tendência comum de queda, com redução próxima a 4%.
Derivados também caem

Foto: Sistema Faep
Os preços dos lácteos seguiram o mesmo movimento. O boletim indica retração de 1,0% no conjunto de “Leite e Derivados” e queda de 0,2% em outro agrupamento de produtos monitorados. Entre os itens acompanhados individualmente, o leite UHT apresentou variação negativa mais intensa, acompanhado por baixas em queijos, manteiga, creme de leite e leite condensado — todos com índices de redução destacados na coluna “Em 12 meses”.
Consumo interno não reage
O relatório também traz a evolução do ticket de compra de lácteos no varejo, mostrando oscilações ao longo de 2023, 2024 e 2025. A curva referente a 2025 revela leve recuperação no segundo semestre, mas ainda distante dos patamares observados em anos anteriores. Segundo o boletim, o consumo interno não tem acompanhado a oferta, o que contribui para a continuidade da pressão sobre os preços ao produtor.
Cenário segue desfavorável ao produtor
Com custos ainda elevados em várias regiões e baixa capacidade de repasse pela indústria, o momento permanece desafiador para a cadeia produtiva. A retração em praticamente todos os indicadores reforça o ambiente de margens apertadas e de incerteza para o início da temporada 2026.
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Mato Grosso institui Passaporte Verde e eleva padrão socioambiental da pecuária
Nova lei, que entra em vigor em 2026, estabelece critérios socioambientais e rastreabilidade completa do rebanho para atender às exigências dos mercados internacionais.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em duas votações, na última quarta-feira (19), o projeto de lei que institui o Programa Passaporte Verde, iniciativa que coloca o Estado na vanguarda da pecuária sustentável no Brasil. A nova legislação entra em vigor em janeiro de 2026 e estabelece critérios socioambientais para todo o monitoramento de rebanho bovino e bubalino mato-grossense, com o objetivo de atender às exigências dos mercados internacionais mais competitivos.
O Passaporte Verde, desenvolvido pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) em parceria com o Governo do Estado e o setor produtivo, propõe o monitoramento socioambiental completo da cadeia da carne, desde o nascimento do animal até o abate. O programa prevê etapas de implantação para incluir propriedades de todos os portes, oferecendo suporte técnico e orientação aos produtores.
Entre os objetivos dessa política de sustentabilidade estão o desenvolvimento sustentável, a inclusão e consciência produtiva, o acesso ao mercado global, qualidade e monitoramento, incentivo de parcerias do setor privado com entidades públicas, a valorização de serviços ambientais, além do estímulo do ambiente de concorrência equitativa na cadeia produtiva.
A iniciativa reforça o compromisso de Mato Grosso com a produção responsável, rastreabilidade, transparência e conservação ambiental, critérios cada vez mais valorizados pelos importadores e consumidores globais. Países da Europa e da Ásia, por exemplo, têm adotado políticas que priorizam produtos com comprovação de origem sustentável e desmatamento zero. “Mato Grosso se consolida como pioneiro em sustentabilidade com o Passaporte Verde. Estamos mostrando ao mundo que é possível produzir mais, com responsabilidade ambiental e inclusão social. Esse programa será uma vitrine da pecuária moderna, transparente e comprometida com o futuro do planeta”, comemorou o presidente do Imac, Caio Penido.



