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80 anos da Secretaria da Agricultura do Paraná: mostra traz a evolução e a força do agro

Instalada no Arquivo Púbico do Paraná, exposição reúne fotografias, livros, panfletos, cartazes e documentos que traduzem a força da agropecuária paranaense e sua evolução ao longo dos anos. Exposição foi aberta nesta última terça-feira (29) e fica aberta à visitação até 12 de novembro.

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Fotos: Geraldo Bubniak/AEN

O Governo do Estado abriu nesta última terça-feira (29) a exposição “Campo em Desenvolvimento: 80 anos da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná”. São registros fotográficos, livros, panfletos, cartazes, documentos, objetos e equipamentos que remetem à história da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), traduzem a força da agropecuária paranaense e sua evolução ao longo dos anos.

Instalada no Arquivo Púbico do Paraná, no bairro Cabral, em Curitiba, a exposição tem entre os destaques o decreto original de criação da Seab, equipamentos, cartazes de eventos agropecuários realizados há mais de 40 anos e mapas agrícolas. Também há informações sobre plantio direto, técnica em que o Paraná foi pioneiro na década de 1970, ferramenta fundamental para a conservação dos solos.

A exposição foi organizada pela Seab em parceria com o Arquivo Público do Paraná, ligado à Secretaria da Administração e da Previdência (Seap), e está aberta à visitação até 12 de novembro. O objetivo da iniciativa é valorizar o trabalho dos servidores ao longo dessas oito décadas, assim como mostrar para a comunidade em geral, estudantes, técnicos e pesquisadores a importância da Secretaria da Agricultura no direcionamento de políticas públicas que melhoram a qualidade de vida no campo.

São mais de 100 itens, oriundos do acervo do próprio Arquivo Público, da Seab, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e de servidores destes órgãos, que cederam itens de seu acervo pessoal.

A exposição também reúne dados recentes da agropecuária paranaense, com culturas em que o Estado se destaca nacionalmente, e apresenta os programas estaduais que atendem à população rural.

“Nestes 80 anos o Paraná saiu de um Estado de agricultura rudimentar para o principal celeiro do Brasil. Comemorar os 80 anos da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é agradecer a todos aqueles que transformaram nossa agricultura na principal atividade econômica do Paraná”, disse o secretário Natalino Avance de Souza.

Cláudio Stabile, secretário estadual da Administração e da Previdência, lembrou o Dia do Servidor Público, comemorado em 28 de outubro, e agradeceu aos funcionários que trabalharam para montar a exposição. “Isso mostra o amor ao povo paranaense, com esta bela festa, com o Arquivo Público lotado. Esse é mais um dia importante que mostra a grandeza do Arquivo Público do Paraná”, afirmou.

A diretora do Arquivo Público do Paraná, Kassia Cavalari, enfatizou que a exposição evidencia o progresso do agro ao longo oito décadas e também mostra o impacto duradouro das políticas públicas no cotidiano dos paranaenses. “A exposição destaca a trajetória da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que sempre desempenhou um papel essencial na construção da história agrícola do Paraná e no desenvolvimento rural, industrial e econômico do Estado. Este é um momento de grande relevância”, disse.

Parceiros

A exposição tem patrocínio do Sistema Faep/Senar, da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado do Paraná (Sindaruc) e da Águia Florestal, que produziu os painéis e mesas expositoras com madeira de florestas plantadas.

“É grande a responsabilidade dos que aqui passaram e que levaram a transformação para todo o Estado. Quando exaltamos o passado se torna mais fácil encontrar o futuro”, destacou o presidente do Sindaruc e vice-presidente da Fecomércio, Paulo Salesbran.

Representando o Sistema Faep, o presidente interino, Ágide Eduardo Meneguette, falou sobre a importância de preservar a memória do agro paranaense. “Obrigado aos servidores que guardam esta história e mostram para a sociedade a importância da agropecuária. Que seja sempre guardada e preservada”.

O diretor executivo da Apre, Ailson Loper, também destacou o crescimento do agro paranaense, inclusive no setor florestal. De acordo com ele, de cada 4 toneladas de madeira do Brasil, uma tonelada sai do Paraná. “Somos o setor que desenha projetos coesos, concisos para o crescimento da silvicultura paranaense e estamos felizes por fazer parte disto. A parceria com a Seab é muito importante”.

Além da Seap, a exposição Campo em Desenvolvimento também tem apoio do Mercado das Pulgas, que cedeu itens decorativos para a exposição; da Adapar e do IDR-Paraná. O Instituto Água e Terra (IAT) e o Horto Municipal do Guabirotuba cederam mudas frutíferas e flores que foram distribuídas aos visitantes, e a Associação Paranaense dos Produtores e Industriais de Erva-Mate (Apimate) também doou itens para a decoração do local.

Homenagem

Em um dos momentos mais especiais do evento, ex-secretários de Agricultura do Paraná foram homenageados pelos serviços prestados ao setor. O mais longevo secretário da história (2011-2018 e 2019 a 2024), Norberto Ortigara, atual secretário da Fazenda, falou sobre a força da agricultura paranaense hoje.

“Nos dedicamos de corpo e alma para ter a visão estratégica de fincar bandeiras onde quer que haja um consumidor no mundo, de forma cada vez mais qualificada. A agricultura a partir de agora tem de ser sustentável, não tem mais espaço para empirismo, para fazer de qualquer jeito. Temos de fazer nossa parte. A Seab é a casa do agricultor, tem a função política de coordenar em harmonia com as entidades. É tempo de comemoração”, disse.

Já Eugênio Stefanelo (1981-1983), o mais antigo secretário presente no evento, descreveu algumas das principais ações desenvolvidas no agro paranaense, desde os ciclos da erva-mate, madeira e café, até a mecanização, diversificação e tecnificação pós-geada de 1975. “O agro é vocação do Paraná e do Brasil. Vamos tocar para frente custe o que custar. O combate é bom e vamos vencer”, afirmou.

Também foram homenageados no evento Claus Germer (1983-1985); Reinhold Stephanes (1979-1981), representado pelo neto, Eduardo Nassar Stephanes; Brazilio Araújo Neto (1986-1987); Antônio Leonel Poloni (1998-2002); Deni Lineu Schwartz (2002), representado pela filha, Varínia Vitória; Orlando Pessuti (2003-2006); Newton Pohl Ribas (2006) e Valter Bianchini (2007-2010), representado por Reni Denardi.

História

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná completou 80 anos em de setembro. Nessa data, em 1944, o interventor federal Manoel Ribas assinou o Decreto-Lei 251 criando a Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, dando à agricultura o protagonismo em um órgão estatal.

Até então ela figurava como departamento da Secretaria de Estado dos Negócios de Obras Públicas, Viação e Agricultura. O primeiro secretário foi o engenheiro agrônomo Manoel Carneiro Albuquerque Filho. Ele trabalhava no Ministério da Agricultura, no Rio de Janeiro, e transferiu-se ao Paraná a convite do presidente Getúlio Vargas para assumir a função de secretário até o final de 1945. Outros 44 secretários seguiram-se a ele.

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento tem atualmente 367 servidores efetivos distribuídos entre a sede, em Curitiba, e 23 Núcleos Regionais espalhados pelo Estado. Além deles, há 62 técnicos administrativos terceirizados e outros 51 colaboradores. A estrutura também tem o apoio de sete estagiários e 30 residentes técnicos.

Três instituições estão vinculadas à Seab. A Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa) foi criada em 1972 e imediatamente passou a integrar a estrutura da secretaria participando de planos e programas, visando ao abastecimento e à segurança alimentar. A Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) foi criada em 2011 assumindo as funções de defesa sanitária animal e vegetal após a extinção do Departamento de Fiscalização (Defis).

A terceira vinculada passou a fazer parte da estrutura em 2019. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) foi resultado da incorporação do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), unindo pesquisa, assistência técnica e extensão rural em uma mesma unidade.

Com apoio técnico e esforço de milhares de pessoas, o Paraná chega em 2024 com um Valor Bruto de Produção Agropecuária de quase R$ 200 bilhões, liderança em alguns segmentos (feijão, cevada, frangos e peixes) e protagonismo internacional em outros (soja, trigo, milho, suínos e leite). O agronegócio também representa cerca de 70% da pauta de exportações, fruto de um trabalho de grandes e pequenas agroindústrias e do cooperativismo.

Presenças

Também participaram do evento o diretor-presidente do IDR-Paraná, Richard Golba; a diretora de Gestão Institucional do IDR-PR, Solange Coelho; o diretor-administrativo da Adapar, Adalberto Valiatti; o diretor administrativo e financeiro da Ceasa Paraná, João Luiz Buso; o diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss; o diretor florestal da Águia Florestal, Álvaro Sheffer Junior; o superintendente da Ocepar, Nelson Costa; o proprietário do Mercado das Pulgas, Jefferson Silva; o diretor do setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Volnei Pauletti, o secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi; o deputado estadual Professor Lemos, além de servidores e ex-servidores do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri).

Fonte: AEN-PR

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Carrefour boicota carne do Mercosul: decisão é vista como protecionismo

Suspensão das compras de carne pelo Carrefour francês reforça críticas ao protecionismo europeu contra o agronegócio brasileiro.

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Presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto: Divulgação/ACCS

A decisão do Carrefour de parar de vender carne proveniente dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, gerou fortes reações. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou a medida como “lamentável” e reafirmou que o Brasil segue os mais altos padrões de qualidade e sustentabilidade na produção agropecuária. O anúncio foi motivado por pressões do sindicato agrícola francês FNSEA e alegações relacionadas ao impacto ambiental.

“O Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. Atendemos a padrões que garantem a rastreabilidade e qualidade das nossas exportações para 160 países, incluindo a União Europeia há mais de 40 anos”, destacou o Mapa, que acusou a medida de ser infundada e prejudicial à reputação do agronegócio nacional.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, também criticou duramente a decisão. “Essa atitude é claramente protecionista. Não há motivos razoáveis para essas restrições. O Brasil é o maior exportador de alimentos do mundo e seguimos rigorosos padrões ambientais e sanitários”, afirmou. Ele sugeriu que os brasileiros adotem uma resposta proporcional ao boicote. “Se eles boicotam nossos produtos, devemos reconsiderar a compra de produtos dessa rede.”

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) reforçou que o Brasil desempenha um papel essencial na segurança alimentar global. A Apex classificou como “lamentável” a postura da rede francesa, que poderia prejudicar as relações comerciais e a imagem do Brasil no cenário internacional.

O impacto da decisão também acende debates sobre a relação entre medidas ambientais e práticas protecionistas, muitas vezes vistas como barreiras não tarifárias. Especialistas alertam que atitudes como esta podem prejudicar os esforços globais de segurança alimentar em um momento crítico de demanda crescente.

O que está em jogo?

Enquanto o Carrefour cede à pressão interna, o Brasil continua sua luta por reconhecimento no mercado global, reafirmando a qualidade e sustentabilidade de seus produtos. Para muitos, a decisão francesa representa mais uma batalha na complexa relação entre o Mercosul e a União Europeia.

Fonte: Assessoria ACCS
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‘Conta do Boi’ aponta caminhos para produzir mais e melhor na pecuária

Tema central da Feicorte foi debatido no âmbito da cria e recria durante o segundo dia da feira, em Presidente Prudente.

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Fotos: Arart

O tema “conta do boi” norteou os debates do segundo dia da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, evento que reúne diversos elos da cadeia da pecuária brasileira, e vai até sexta-feira, 23/11, em Presidente Prudente (SP).

O tema central da feira visa oferecer subsídios e informações que auxiliem o pecuarista a produzir mais e melhor, analisando o sistema de produção em sua propriedade e apontando os fatores que podem ser aperfeiçoados para potencializar os resultados de cada fase.

“Toda a estrutura da ‘conta do boi’ está baseada nos três ciclos principais: cria, recria e engorda, que foram divididos em três painéis, além de um quarto dedicado ao mercado. Hoje, iniciamos os debates destacando as duas primeiras fases, com informações que auxiliem o pecuarista”, explicou o diretor de Mercado Corte da Semex Brasil, Daniel Carvalho, moderador do Fórum Feicorte.

De acordo com o moderador, o painel destacou elementos importantes que mostram que exercer a atividade sem planejamento, profissionalismo, uso de tecnologia e boa execução tende a ser tratado de forma ‘improvisada’, algo que não é mais aceito na pecuária. “Quanto mais profissionais formos na gestão dos recursos, no consumo eficiente, na administração dos insumos e no aproveitamento das informações compartilhadas em eventos como este, mais assertivos seremos em aumentar a produtividade. A mensagem principal é clara: podemos produzir mais. Mas a questão crucial é: como? Para isso, é essencial reconhecer que o mercado está mais oportuno do que nunca nos últimos três anos”, salienta Carvalho.

O médico-veterinário, pecuarista e editor do informativo de mercado pecuário “Notícias do Front”, Rodrigo Albuquerque abordou, em sua apresentação, temas essenciais para a pecuária, como a recuperação do mercado em 2024 e estratégias para aumentar a lucratividade no sistema de cria. Ele destacou as cinco etapas da virada de ciclo pecuário: “Tudo começa com a recuperação do preço nominal do bezerro, seguida pela redução no abate de fêmeas, valorização do boi, recuperação do preço real e, por fim, o aumento dos preços em todas as categorias até o limite da demanda”.

O consultor técnico Rogério Fonseca discutiu a eficiência no sistema de cria, enfatizando a gestão da lotação e o manejo estratégico: “A retirada precoce dos animais da seca permite melhores condições corporais para vacas e novilhas, aumentando a eficiência reprodutiva”.

Fechando o painel, o médico-veterinário e proprietário da empresa Firmasa Tecnologia para Pecuária, Luciano Penteado destacou o papel da gestão integrada: “É fundamental equilibrar a gestão financeira e produtiva. Quem ignora uma dessas áreas corre o risco de sofrer com perdas significativas”.

A cobertura completa do painel está disponível, clicando aqui.

A conta da recria

Professor Rodrigo Goulart, da USP

O segundo painel do Fórum Feicorte debateu a conta do boi, discutindo os desafios e soluções para a recria. O médico-veterinário Rodolfo Saraiva abordou os impactos da saúde animal na rentabilidade da pecuária, destacando como problemas sanitários, como clostridioses e verminoses, podem afetar a produtividade. Ele sugeriu medidas preventivas, como a vacinação e o controle de parasitas, e ressaltou ganhos de até 20 quilos por animal com manejo adequado.

Em seguida, o professor Rodrigo Goulart, da USP, falou sobre a importância da recria no ciclo produtivo, enfatizando a necessidade de estimular o crescimento muscular e evitar a deposição de gordura. Goulart também destacou a variabilidade dos bezerros adquiridos em leilões e a importância do planejamento financeiro para garantir um bom custo-benefício.

O diretor da Agropecuária Maragogipe, Lucas Marques destacou que o sucesso na recria de bovinos está diretamente ligado à união de três pilares: método, conhecimento do negócio e gestão de pessoas. Para ele, esses elementos precisam estar alinhados para gerar resultados consistentes. “É possível ter a melhor genética, o manejo mais avançado e os melhores insumos, mas, sem integrar esses pilares, o resultado não vem”, afirmou. Marques reforçou que estratégias bem definidas e equipes capacitadas são indispensáveis para fechar a conta na pecuária moderna.

“A Feicorte é reconhecida por oferecer conteúdo e informações que contribuem para a evolução da pecuária, incentivando a troca de experiências e conectando o campo, o mercado e as instituições de pesquisa. Os painéis da ‘conta do boi’ têm como objetivo ir além, detalhando cada etapa do processo produtivo, sempre com foco no desenvolvimento sustentável e no fortalecimento da pecuária brasileira”, destaca a CEO da Verum e organizadora da Feicorte, Carla Tuccilio.

A cobertura completa pode ser conferida aqui.

Pecuária solidária arrecada R$ 600 mil para Núcleo Ttere

O Leilão Pecuária Solidária, realizado na noite da última terça-feira (19/11), durante a Feicorte, arrecadou mais de R$ 600 mil destinados ao Núcleo Ttere de Trabalho – Realização, uma entidade assistencial que promove a inclusão social de pessoas com deficiência na região.

Entre os itens leiloados estavam bovinos, equinos, sêmen, insumos agropecuários, equipamentos, joias, tapetes, além de outros itens doados. A iniciativa reforçou a responsabilidade social do setor agropecuário, dando visibilidade a causas sociais.

“O engajamento dos pecuaristas de Presidente Prudente foi excepcional e estamos extremamente felizes com o resultado. O Leilão Pecuária Solidária arrecadou R$ 600 mil, valor que será destinado a uma entidade de confiança, o Núcleo Ttere, que realiza um trabalho maravilhoso e de grande impacto social. Agradecemos imensamente a todos do setor que apoiaram essa causa e à organização da Feicorte, que está sendo um verdadeiro sucesso. O evento começou com uma grande proporção e tem recebido muitos elogios. Ajudar quem precisa é algo que não tem preço. Muito obrigado a todos que contribuíram!”, declarou o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.

Carne como protagonista

Ampliar a percepção da sociedade sobre a qualidade e a origem da carne brasileira. Esse é o objetivo da Beef Hour, um espaço na Feicorte que reúne projetos, marcas de sucesso e profissionais que contribuem para a construção de uma carne de confiança, abrangendo toda a cadeia produtiva até o consumidor final.

São três painéis, um por dia, com grupos de especialistas diferentes, focados na discussão da carne bovina de qualidade, privilegiando o debate e a interação com o público.

Na agenda de hoje, participaram dos bate-papos o proprietário do restaurante Vermelho Grill, Eduardo Fornari; o zootecnista e pesquisador, Gustavo Rezende; o proprietário da Celeiro Carnes Especiais, Marco Túlio Soares e o agrônomo e consultor Roberto Barcellos.

Fonte: Assessoria Feicorte
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Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China

Ministro da Agricultura destaca potencial de comércio de US$ 450 milhões por ano.

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Fotos: Divulgação/Mapa

Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping na última quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.

São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.

Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.

O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada.

“O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China”, ressaltou o presidente Lula.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024.

“O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

“Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China”, explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.

Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse. 

Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023).  O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.

No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.

Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.

No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.

Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos.

As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.

Fonte: Assessoria Mapa
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