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7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano debate resiliência climática

Edição deste ano volta ao Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves, de 08 a 10 de abril. Programação apresenta temas que tratam das contribuições do setor para a redução de emissões de gases de efeito estufa, geração de energia limpa, inovação tecnológica e negócios.

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Fotos: Divulgação/UQ Eventos

O 7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) vai reunir, em Bento Gonçalves (RS), de 08 a 10 de abril, mais de 700 pessoas entre especialistas, produtores de biogás, pesquisadores e representantes dos setores público e privado. Um dos principais eventos voltados à cadeia do biogás retorna ao Rio Grande do Sul, estado que se recupera da cheia histórica de 2024. Na programação, o Fórum reforça temas sobre contribuições do setor para a redução de emissão de gases de efeito estufa e geração de energia limpa, utilizando resíduos orgânicos urbanos, industriais e da agropecuária.

“Biogás e resiliência climática” é o tema do primeiro painel, no dia 8 de abril. Outros temas que enfatizam a importância da cadeia do biogás para o meio ambiente, também estão na programação e tratam de ativos ambientais e certificados verdes, agenda global de biogás e culturas energéticas.  

Foto: Divulgação/FSBBB

 “Temos a oportunidade de mostrar que o biogás é uma grande possibilidade para a produção de energia limpa no Brasil. Plantas de biogás permitem um processo de destinação dos resíduos e também a redução do impacto ambiental”, ressalta a coordenadora do 7º Fórum, pesquisadora Suelen Paesi, da Universidade de Caxias do Sul.

Ela observa que o evento em Bento Gonçalves apresentará contribuições do biogás aos temas que também estarão no foco da COP30, que vai acontecer no Brasil, em Belém (PA), em novembro. O biogás é um processo no qual as bactérias decompõem a matéria orgânica e gera um composto de alta energia chamada metano, que pode ser convertido em energia elétrica, térmica e veicular.

“A captura do metano para a transformação em energia verde é importante para a redução dos gases de efeito estufa e isso é uma forma de diminuir as emissões de carbono, diminuir o aquecimento global e os efeitos das mudanças climáticas,” explica a coordenadora do 7º Fórum.

O 7º FSBBB reunirá representantes do setor produtivo, empresas, órgãos públicos, instituições de ensino e de cooperação internacional para discutir o potencial do biogás e do biometano na transição energética, descarbonização da indústria e desenvolvimento regional sustentável.

Programação

O FSBBB terá dez painéis, nos dias 8 e 9 de abril (terça e quarta-feira).  A cerimônia de abertura será às 9h. O painel 1, na manhã do dia 8, será sobre “Biogás e Resiliência Climática”, às 9h30.

Além do Brasil, nove países estarão representados no evento, expondo equipamentos e projetos no Espaço de Negócios, com mais de 50 marcas mostrando oportunidades no mercado global de energias renováveis, na busca pelo desenvolvimento do setor do biogás como uma solução ambiental e como negócios e investimentos.

A programação incluirá ainda a premiação Melhores do Biogás Brasil, que destaca iniciativas bem-sucedidas no setor; o Momento Startups do Biogás, para que empresas apresentem seus projetos de inovação. O último dia, 10 de abril, é reservado às visitas técnicas, para os participantes conhecerem, na prática, o funcionamento de plantas produtoras de biogás e biometano, em três roteiros que contemplam iniciativas na área industrial e na pecuária – resíduos sólidos urbanos, de agropecuária e agroindústria.

Eventos pré-fórum

Na véspera do Fórum, no dia 7 de abril, haverá uma agenda de eventos voltados a produtores rurais, extensionistas, pesquisadores, agentes públicos e uma Sessão de Negócios.

A programação completa pode ser acessada aqui.

Realização

O Fórum tem como instituições realizadoras a Universidade de Caxias do Sul (UCS), de Caxias do Sul (RS), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC) e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), de Foz do Iguaçu (PR). A organização é da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindústria (SBERA).

Panorama do biogás

Dados mais recentes sobre o setor, que compõem o Panorama do Biogás no Brasil 2023, apresentado no ano passado pelo CIBiogás, indicam que o País tem uma capacidade instalada em operação de 4,15 bilhões de Nm³. Contudo, ainda com grande potencial para se desenvolver como alternativa energética, estimado em 84,6 bilhões de Nm³, sendo 10,8 bi de Nm³ a curto prazo.

Ainda conforme o Panorama do Biogás Brasil, 1.365 plantas de biogás estão cadastradas no País, sendo o Paraná o estado mais representativo, seguido de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. O levantamento de dados que compõe o documento ocorreu entre setembro de 2023 e abril de 2024 e incluiu os 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal.

Número de plantas de biogás no Sul do Brasil: 605 plantas – PR – 404 | SC – 122 | RS – 79

Fonte: Assessoria FSBBB

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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