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7ª edição do Interconf reuniu mais de 1.400 participantes

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A Conferência Internacional de Confinadores (Interconf 2014) foi encerrada ontem com Dia de Campo no Confinamento São Lucas, em Santa Helena de Goiás, em que profissionais de diferentes áreas da cadeia da produção de carne bovina debateram sobre o mercado do boi gordo e perspectivas de preços, sistemas de produção intensivos, produção de silagem de qualidade e planejamento sanitário.
No total, participaram da Interconf 2014 mais de 1.400 pecuaristas, técnicos, consultores e empresários rurais de várias regiões do Brasil e de outros países, que acompanharam discussões importantes, como do cenário político e a influência para o agronegócio. “A cadeia da carne bovina já decidiu em quem votar no primeiro turno”, ressalta Eduardo Moura, presidente da Associação Nacional de Confinadores, posicionando-se a favor do candidato Aécio Neves. “A questão mais relevante, no entanto, é saber em qual opção votar no segundo turno, caso o candidato do PSDB não avance. Estamos entre o modelo atual e um projeto desconhecido. Isso causa enorme preocupação no setor produtivo, que tem tido grande importância para a economia brasileira”, completa.
Outra discussão atual e de grande impacto na cadeia teve destaque nesta edição da Interconf: os resíduos na carne e a segurança alimentar. Esse tema ganhou especial relevância nos últimos três meses com a proibição do uso de avermectinas no controle de parasitas de bovinos, decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a partir da detecção de níveis de resíduos acima dos permitidos em lotes de carne processada (corned Beef) importada do Brasil pelos Estados Unidos.
 
O professor João Palermo Neto, da Universidade de São Paulo, que conduziu a discussão, é enfático ao afirmar que sua expectativa “é de que os Estados Unidos alterem os limites máximos de resíduos nas carnes processadas, reabrindo a discussão sobre esse tema”. “Para começar, não entendo porque o MAPA tomou uma decisão tão dura contra as avermectinas sem considerar todas as questões técnicas pertinentes. Trata-se de uma tecnologia utilizada há mais de 20 anos”, completou Palermo.
 
Além de especialistas nacionais, renomados profissionais internacionais compartilharam suas experiências e opiniões sobre temas que impactam a atividade. É o caso do professor da Iowa University (EUA) Dan Loy, que apresentou estratégias de como planejar o investimento no confinamento, tendo como desafio a variação climática e a administração dos custos de produção, e Peter Barnard, gerente geral de trade e serviços econômicos da Meat & Livestock Australia (MLA), que propôs a discussão sobre políticas governamentais inadequadas de demanda, focando o perfil de consumo e de mercado no cenário internacional, especialmente em países como China e Índia, e a discussão sobre tendências mundiais, como o aumento da demanda e redução da oferta de carnes e consumo de alimentos orgânicos. 
 
“A demanda por carne está aumentando e deve se manter neste ritmo crescente. Em contrapartida, está cada vez mais difícil expandir a atividade agrícola, tanto pela falta de terra como pela disponibilidade de água, que também está restrita”, destacou Peter Barnard.
 
Outros temas, como cenário macroeconômico do Brasil, perfil de consumo da carne bovina, barreiras impostas à carne brasileira, exigências sanitárias e fitossanitárias do mercado internacional, oportunidades para a pecuária no mercado internacional, tecnologias que intensificam a pecuária de corte, além de exemplos bem-sucedidos de confinamento também foram amplamente discutidos nos painéis da Interconf.
 
“A qualificada programação e o elevado nível dos palestrantes atraiu número recorde de participantes nesta edição. E a expectativa foi confirmada com discussões importantes, que vão além do confinamento e envolvem todas as vertentes da atividade pecuária. A Interconf propõe unir a cadeia, para que, assim, possamos fortalecer ainda mais o setor”, ressalta o presidente da Assocon. 

Fonte: Texto Assessoria

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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