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6º Fórum Sul Brasileiro terá abertura com a presidente da Associação Mundial de Biogás

Evento começa na próxima terça (16) e vai até quinta-feira (18), em Chapecó (SC). Palestras, debates, espaço destinado a negócios e networking, premiações e visita a plantas de biogás na região compõem a programação nos três dias. As inscrições já estão encerradas.

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Presidente da Associação Mundial de Biogás, Charlotte Morton Obe, abre programação técnica do evento - Foto: Divulgação/WBA

Com mais de 700 inscritos, o 6º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano será realizado na próxima semana, entre terça (16) e quinta-feira (18), em Chapecó (SC). A abertura oficial do evento será na terça-feira, às 09 horas, com a presença da presidente da Associação Mundial de Biogás (WBA), Charlotte Morton. A advogada desempenhou um papel fundamental na criação da WBA em 2016, para promover o presidente da Associação Mundial de Biogás em todo o mundo. Em 2022, Charlotte recebeu o título de Oficial da Ordem do Império Britânico (OBE) devido ao seu trabalho na indústria de biogás.

Foto: Leandro Leite

Com uma programação que vai debater o panorama atual do biogás e suas perspectivas, o 6º Fórum vai reunir profissionais, empreendedores e pesquisadores envolvidos no ecossistema do biogás. Assuntos como descarbonização, inovações, desafios, modelos de negócios, mercado de trabalho e outros temas estão na pauta do evento.  Serão mais de 15 horas de atividades no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes. As inscrições para o 6º Fórum já estão encerradas.

Foco em tendências

Nesta sexta edição, o Fórum terá ambientes para conexões e troca de experiências, parcerias e negócios direcionados ao aproveitamento do biogás para aplicações energéticas (energia elétrica, térmica e biometano). Estão programados dois dias com dez painéis em diferentes eixos temáticos, sendo o primeiro “Descarbonização das cadeias de proteína animal”, na abertura do evento, dia 16 de abril, às 9h30min.

“Nada mais significativo para a região, e para o estado de Santa Catarina, do que falarmos sobre este tema e as conexões que têm com as cadeias do biogás”, afirma o coordenador do 6º Fórum, Airton Kunz, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, uma das instituições realizadoras do evento. A temática da descarbonização também estará presente no segundo dia do evento, quando será apresentado o Hub de Descarbonização, pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc), e cujo primeiro programa deve ser dedicado ao setor de proteína animal.

Cerca de 60 profissionais que trabalham e pesquisam na área estarão compartilhando conhecimento. Cases de sucesso na produção de biogás fazem parte da programação. Serão 12 empresas e organizações apresentando cases nos dias 16 e 17 de abril.

O Fórum proporciona a aproximação de diferentes públicos com interesse na geração de biogás. Além dos painéis, acontecerá a premiação Melhores do Biogás, Momento Startups de Biogás – de Olho no Futuro do Setor, Espaços de Negócios e Visitas Técnicas (leia abaixo). Também abre espaço para eventos paralelos, no dia 15, véspera do começo oficial: Seminário “Tecnologias para destinação de animais mortos não-abatidos”, a cargo da Embrapa/Epagri; Reunião de Extensionistas (Emater RS, Epagri e IDR/PR) e Encontro de Mulheres do Biogás.

A programação completa está disponível aqui.

Prêmio Melhores do Biogás

No primeiro dia do Fórum, o setor vai conhecer profissionais, organizações e plantas/unidades destaque, com a entrega da premiação Melhores do Biogás. É um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo de 2023, no País.

Momento para startups

Quatro startups vão apresentar seus negócios no Momento Startups de Biogás – de Olho no Futuro do Setor que, nesta edição, conta com a parceria do Pollen, o Parque Científico e Tecnológico de Chapecó, da Unochapecó.

Espaço de Negócios

No Espaço de Negócios, durante os intervalos dos painéis do Fórum, nos dois dias de programação, mais de 50 marcas de empresas e organizações irão apresentar projetos, tecnologias, equipamentos, serviços e produtos desenvolvidos.

Três roteiros de visitas técnicas

O último dia do Fórum, 18 de abril, é reservado à realização de visitas a plantas de biogás. No Grupo Cetric, em Chapecó, os visitantes vão conhecer o aterro industrial com planta de geração de biogás para produção de energia elétrica e biometano, usado em veículos da frota própria.

Na Embrapa, em Concórdia, serão apresentados a estrutura de pesquisa e laboratórios e a planta demonstrativa de produção de biometano.

Ainda em Concórdia, os participantes vão conhecer a Granja Benelli, que mantém uma unidade de geração de energia elétrica a partir de biogás de dejetos de suínos em terminação.

O terceiro roteiro será na Granja São Roque, em Videira, e na Leitaria Tirolesa, em Treze Tílias: na primeira, o foco são tecnologias empregadas para uso de biodigestores na produção de biogás e geração de energia elétrica e reuso da água, enquanto na segunda, a produção de biogás e energia a partir da bovinocultura leiteira.

Realização

O 6º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano é realizado por instituições representativas do setor nos três estados do Sul do Brasil: Embrapa Suínos e Aves (SC), Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogásPR), e Universidade de Caxias do Sul (UCS-RS). É organizado pela Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera).

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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