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5º Simpósio de Pós-Colheita amplia debate sobre segurança e conservação de grãos em silos  

Evento acontece de 20 a 22 de setembro, em Maracaju, no Mato Grosso do Sul.

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Foto: Licia Rubinstein

Em meio ao cenário de armazenamento agrícola em constante evolução, a discussão sobre segurança em unidades armazenadoras se tornou uma prioridade inquestionável para proteger vidas, bens e o ambiente. Os silos desempenham um papel vital na cadeia de suprimentos de alimentos, mas também representam desafios significativos de segurança que precisam ser abordados de forma cuidadosa e proativa. O 5º Simpósio de Pós-Colheita de Grãos do Mato Grosso do Sul, que acontece entre os dias 20 e 22 de setembro, em Maracaju (MS), reservou um painel específico sobre “Segurança no trabalho e operação de unidades armazenadoras de grãos”.

“Esse painel irá tratar de diversos assuntos relacionados à política de segurança no trabalho e nas operações, entre eles, as boas práticas preventivas, que visam proteger os funcionários de riscos, ocupacionais e lesões, bem como melhorar a qualidade de vida e a saúde deles. São medidas que influenciam diretamente no aumento da produtividade, redução de custos e evitam acidentes”, explica o moderador do painel, Aristides Anastácio Neto, gerente da Coamo de Maracaju.

O palestrante convidado para falar sobre o assunto é o coordenador de Segurança do Trabalho da Coamo, Jorge Lapezack, de Campo Mourão (PR). Ele tem mais de 40 anos de experiência em boas práticas e prevenções de acidente.

O especialista vai abordar um dos principais desafios enfrentados na operação de silos que é a formação de poeira combustível – partículas finas de grãos armazenados que, em combinação com o ar e uma fonte de ignição, podem resultar em incêndios e explosões devastadoras. Para esclarecer melhor o processo, Lapezack vai usar uma maquete para demonstrar como acontece este tipo de explosão em unidades armazenadoras. “É um risco que muitos desconhecem ou mesmo não acreditam que tenha um potencial de catástrofe ou realmente de uma tragédia. O painel deve contribuir demonstrando as situações de risco, que talvez ainda não tenham sido identificados pelos participantes do evento nas unidades operacionais que trabalham. A ideia é levar novos conhecimentos aplicáveis no dia a dia”, avalia Neto.

Conservação de grãos 

A busca por um sistema de armazenamento eficiente que evite perdas e mantenha a qualidade dos produtos armazenados é o tema de outro importante painel do V Simpósio de Pós-Colheita do Mato Grosso do Sul. O gerente de operações da Conab do Mato Grosso do Sul, Elvis Rodrigues de Lima, vai mediar o painel “Conservação no armazenamento de grão”.

Segundo Lima, com as exigências mundiais cada vez maiores com respeito a qualidade dos alimentos e suas matérias primas é fundamental que as boas práticas de armazenagem sejam cada vez mais aperfeiçoadas. “Esse painel irá reforçar estes conceitos e fomentar discussões sobre o aperfeiçoamento das técnicas e procedimentos da área”, resume.

O palestrante André Goneli, professor de Engenharia de Pós-Colheita, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), irá ampliar o entendimento e a discussão que se tem sobre os pontos que causam perdas de qualidade dos grãos armazenados, que vão muito além dos aspectos internos do armazém, partem do planejamento da lavoura até o período de armazenamento. “Será discutida a rastreabilidade destes pontos e a melhor forma de atuação visando a redução de perdas”, comenta Lima.

Já o segundo palestrante do painel, o coordenador técnico de grãos da cooperativa catarinense Copérdia, Darlei Alebrandt, irá contribuir com sua vasta experiência no desenvolvimento de projetos inteligentes para adequação e melhoria das unidades armazenadoras já existentes, visando torná-las mais eficientes. Alebrandt vai introduzir conceitos inteligentes e versáteis de técnicas de armazenagem que facilitam a manutenção da qualidade dos grãos.

Entre as tecnologias que serão apresentadas neste painel, está um robô que realiza a chamada cubagem no interior dos silos, que é a medição da quantidade de produto armazenado em uma estrutura.

O tema do 5º Simpósio de pós-colheita do MS deste ano é “Tecnologia e Qualidade na Armazenagem de Grãos”. O evento conta com a promoção da Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos), realização da Coamo Agroindustrial Cooperativa e copromoção das instituições cooperativas Copagril, Copasul, C.Vale, Cooperalfa, Cocamar, Cotriguaçu, Lar, Universidade UFGD, Conab e da Embrapa.

Fonte: Assessoria Abrapos

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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