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5º Fórum Sul Brasileiro concentra 12 horas de palestras e debates sobre a cadeia do biogás e biometano
Faltam cinco dias para o início da programação do evento que ocorre em Foz do Iguaçu, no Paraná, de 18 a 20 de abril.
Com 12 horas de debate em 11 painéis, o 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) ocorre de 18 a 20 de abril, em Foz do Iguaçu (PR). Além das palestras, a programação contempla espaço de negócios, visitas técnicas, e reuniões setoriais e reserva espaço para eventos paralelos. O evento terá a participação de 650 pessoas envolvidas na cadeia produtiva do biogás. As inscrições já estão encerradas.
O primeiro painel, no dia 18 de abril, apresentará dados sobre o avanço do setor de biogás e biometano do Brasil. Os palestrantes e debatedores também falarão sobre as oportunidades e desafios para o mercado regional de biogás. Segundo a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o potencial de produção de biogás no Brasil é de 78,8 bilhões de Nm³. Atualmente, são produzidos 2,3 bilhões de Nm³, conforme Nota Técnica Panorama do Biogás no Brasil, realizada pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).
Maior evento setorial sobre biogás no Sul do Brasil, o 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano é realizado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), de Foz do Iguaçu (PR), pela Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), e pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), de Caxias do Sul (RS). A organização é da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera). “Ao longo desses últimos anos, percebemos que o evento tem contribuído para o desenvolvimento do setor de biogás e biometano na região Sul e, também, no Brasil. O Fórum, assim como o setor, se transforma a cada ano. O alcance que o evento tem, faz com que a cada edição possamos ver novas evoluções no mercado de biogás em todo o país”, observa o coordenador-geral do 5º Fórum, Felipe Marques, diretor de Desenvolvimento Tecnológico do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).
Foco em tendências
O Fórum retorna a Foz do Iguaçu, mais pontualmente ao Hotel Golden Park Internacional, que sediará a maior parte da programação. Em sua trajetória, o Fórum tem estabelecido parcerias e possibilitado amplos debates em torno do biogás e do biometano.
A programação oportuniza um espaço para conexão entre pessoas, instituições e empresas envolvidas na cadeia do biogás, mostrando as tendências do setor para gerar negócios, desenvolvimento e sustentabilidade.
Plenárias, espaço de negócios e visitas técnicas formam o tripé da programação, mantido desde o início do Fórum, em 2018. Mais recentemente, novidades foram incorporadas ao evento, webinares foram pensados em preparação ao Fórum, e eventos paralelos são realizados no mesmo período e espaço do Fórum, reunindo segmentos específicos para networking e trocas de experiência. Além dessas inovações, o evento faz o reconhecimento de destaques do setor no prêmio Melhores do Biogás.
As iniciativas fomentam debates envolvidos diretamente com o biogás, mas também estimulam inovações e trocas entre os diferentes círculos que orbitam em torno da cadeia produtiva do biocombustível.
Relacionamento no setor de biogás
O Fórum proporciona a aproximação de diferentes públicos com interesse na cadeia do biogás. “Temos observado pelas edições anuais que o Fórum tem se consolidado como um dos principais eventos na área em que o ecossistema e a cadeia do biogás e biometano se encontram, criando uma extraordinária oportunidade de networking”, ressalta o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Airton Kunz. “E isso pode ser constatado pela grande interação dos profissionais que atuam na área, compartilhando experiências e gerando oportunidades de negócio”, diz.
Formação de recursos humanos
A professora e pesquisadora da Universidade de Caxias do Sul, Suelen Paesi, destaca a contribuição do Fórum para a formação de novos profissionais na área de biogás e biometano. “O evento oportuniza uma visão privilegiada do mercado, mostrando quais profissionais serão necessários para esse setor, bem como o perfil desses profissionais. O Fórum tem uma conexão muito forte com o mercado, dessa maneira ele consegue transpor ao setor de formação de recursos humanos, mostrando toda a potencialidade desse setor de produção de energias renováveis para futuros espaços profissionais que a sociedade pode ocupar”, salienta Suelen.
Visitas Técnicas
A região Oeste do Paraná, que recebe essa edição do Fórum, tem uma diversidade de plantas de biogás e biometano. Foram organizados roteiros para as visitas técnicas, no dia 20 de abril. São unidades instaladas em cinco municípios: Foz do Iguaçu, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste e em Toledo.
Roteiro 1: Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ouro Verde da Sanepar e Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano da Itaipu Binacional (em Foz do Iguaçu).
Roteiro 2: Planta de biogás da Unidade Frigorífica da Frimesa (Medianeira) e Planta de Biogás da Granja São Pedro – Colombari (São Miguel do Iguaçu).
Roteiro 3: Central de Bioenergia (Toledo) e EnerDinBo (Ouro Verde do Oeste).
Roteiro 4: Usina de Biogás ME-LE – Bioköhler (Toledo) e Central de Bioenergia (Toledo).
Roteiro 5: Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano da Itaipu Binacional e Laboratório de Biogás do CIBiogás (Foz do Iguaçu).
Eventos paralelos
O 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano abre espaço para eventos paralelos. Serão realizados seis encontros, de 17 a 19 de abril:
Segunda-feira (17)
– Workshop de Tecnologias na Prática Programa de Tropicalização de Tecnologias | Projetos GEF Biogás Brasil
– Encontro da Rede Mulheres do Biogás
Terça-feira (18)
– Workshop de Extensionistas Rurais (para convidados)
– Matchmaking Compagas (para convidados)
– Reunião do Biogás de Resíduos da Produção da Proteína Animal
Quarta-feira (19)
– Reunião da Rede BiogasFort Interlaboratorial em Digestão Anaeróbia
– Assembleia da SBERA – Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (para convidados)
O que é biogás?
O biogás é uma fonte de energia que pode ser gerada a partir do processamento de resíduos orgânicos de origem vegetal ou animal, esses que produzem uma mistura de gases, em sua maior parte composta por metano. Esse processo é conhecido como “digestão anaeróbia” uma vez que não necessita de oxigênio para a formação do biogás. O biogás é uma fonte de energia renovável despachável, capaz de gerar energia elétrica, térmica e produzir biometano. Durante o processo, também há produção de digestato, com alto valor agronômico.
Panorama do biogás
O último levantamento realizado pelo CIBiogás (Nota Técnica Panorama do Biogás no Brasil), com dados que integram o BiogásMap, refere-se ao ano de 2021. A entidade prepara um novo levantamento que deverá ser divulgado no primeiro semestre de 2023.
Segundo a Nota Técnica Panorama do Biogás no Brasil, em 2021 houve um aumento de 16% no número de plantas em operação e 10% no volume de biogás produzido, em comparação ao ano anterior (2020). O BiogásMap mostra 811 plantas de biogás no Brasil, sendo 755 em operação, cadastradas no ano de 2021. Os estados que mais cresceram no número de plantas foram Santa Catarina e Goiás. Os 5 estados que contaram com o maior número de plantas de biogás, em operação, em 2021 foram: Minas Gerais, Paraná, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso.
Quem pode produzir biogás
Os substratos utilizados para produção de biogás no Brasil estão divididos em três categorias quanto sua fonte:
Agropecuária – Envolve atividades de criação animal (aves, bovinos, caprinos, suínos, entre outros).
Indústria (agroindústrias) – Contempla abatedouros e frigoríficos, usinas de açúcar e etanol, fecularias e amidonarias, cervejarias, indústrias de óleo vegetal, gelatina, entre outras.
Saneamento – Contempla os aterros sanitários (RSU), as usinas de tratamento de resíduos orgânicos e as estações de tratamento de esgoto (ETE).
Em 2021, o setor agropecuário foi responsável por 80% das plantas de biogás em operação no país. Enquanto o setor industrial e o setor de saneamento contribuíram em 11% e 9%, respectivamente, no número de plantas. Quanto ao volume de biogás, o setor de saneamento foi responsável por 74% do volume total produzido, seguido pelos setores industrial (16%) e agropecuário (10%). Os dados do BiogásMap estão disponíveis em cibiogas.org, na aba Ferramentas.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.