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44ª Expointer vai ter raça de bovinos estreante em feiras no país

É a primeira vez que a raça Murray Grey participa de uma exposição no Brasil. A raça Ultrablack estreia com animais de argola

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Murray Grey - Fotos: Gustavo Rafael

A novidade deste ano no Pavilhão dos Bovinos de Corte na Expointer vai ser os nove exemplares da raça Murray Grey, que participa pela primeira vez da Expointer.

Para o criador e Presidente da Associação Brasileira de Murray Grey e Greyman (ABMGG), Luiz Carlos Ardenghy Sobrinho, da Cabanha Guarita, de Palmeira das Missões, a expectativa para participação na feira é muito grande. “Para nós, a Expointer já está acontecendo. E como a feira é um grande palco de negócios, esperamos vender embriões, sêmen, fechar novas parcerias, concretizar negócios e ir abrindo portas”, destaca.

Luiz Carlos trouxe a raça para o Brasil a partir de um primeiro contato que teve numa feira de Palermo na Argentina em 2013. “Me encantei com a raça e achei que poderia ser uma grande ferramenta para a pecuária brasileira. Na Argentina, ela foi utilizada como melhoradora da carne”, conta ele. Segundo o criador, é a primeira vez que a raça Murray Grey participa de uma exposição no Brasil.

Atualmente, existem criadores de Murray Grey nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Pará, além do Rio Grande do Sul. Ela é uma raça de origem australiana, de porte exuberante e pelagem clara.

Ultrablack – Eduardo Rocha da Assoc. Bras. Angus / Foto: Eduardo Rocha

Já a raça Ultrablack está estreando na Expointer com cinco animais de argola. Em 2019, os animais que participaram da feira eram rústicos. Ela é uma raça sintética, obtida por meio de cruzamentos, originária dos Estados Unidos. Sua composição está baseada em 81,25% de genética Angus e 18,75% zebuíno. “Na prática, a Ultrablack®️ constitui uma alternativa para manutenção do grau de sangue Angus, que tem se configurado como ideal para o Brasil, conciliando qualidade de carne, rusticidade e heterose”, afirma Katiulci Santos, Gerente Administrativa e Financeira da Associação Brasileira de Angus.

“A Expointer é a maior vitrine do agronegócio, e para as raças Angus e Ultrablack não é diferente. Este evento é importante para nós porque é o momento em que os produtores podem mostrar, através de seus animais, todo o potencial destas genéticas”, destaca Katiulci.

“A estreia de uma nova raça e o retorno de outras às pistas de Esteio reforça o sentimento de retomada que está no cerne desta Expointer. E demonstra que os produtores e expositores também estão confiantes com o cenário da pecuária gaúcha. É mais uma amostra das qualidades e possibilidades da nossa pecuária”, destaca o Comissário da Feira, médico veterinário Paulo Coelho de Souza.

Na Expointer, estão inscritos 441 bovinos de corte de argola de 17 raças.

Cleópatra – fêmea Gir Dupla Aptidão, que estará presente na Expointer / FOTO William Ponath

O destaque entre os zebuínos, presentes na feira com 73 animais de argola de seis raças, é o retorno do Gir Dupla Aptidão (carne e leite), que estava ausente desde 2017 da feira.

O criador William Eduardo Ponath, da Cabanha das Hortências, de Gramado, que está trazendo cinco animais para a feira, se apaixonou cedo pela raça. “Tudo começou em 2010, quando eu tinha 14 anos e comprei duas terneiras da raça Gir. De lá para cá, vim aumentando o número de animais e selecionando os melhores. E um dia importante foi o dia 20 de fevereiro de 2020, quando registrei os primeiros animais na ABCZ’, conta William. Hoje, conta com um plantel de 24 animais.

É a primeira vez que William vai participar da Expointer como expositor. “Vou participar da feira para divulgar melhor essa raça e trazê-la de volta para o lugar de onde ela nunca deveria ter saído”, destaca.

“O Gir dupla aptidão sempre teve participação na Expointer, apesar de ter se ausentado em alguns anos. Nós teremos a participação de um criador de Gramado, novo aqui do Rio Grande do Sul, que vai trazer cinco fêmeas muito bem preparadas. O público vai gostar de ver esta versatilidade do Gir”, destaca Nathã Carvalho, conselheiro técnico da Associação dos Criadores Gaúchos de Zebu (ACGZ) e Diretor de Feiras e Exposições da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac).

De acordo com Nathã, a maior presença na feira é da raça direcionada à produção de leite. O Gir Leiteiro tem uma participação mais expressiva desde 2010. Neste ano, são 63 animais inscritos na Expointer.

Já o criador da raça bovina de corte Maine Anjou, que estaria voltando ao Parque de Exposições depois de seis anos, com dois exemplares, teve dificuldades e não vai mais participar da feira, apesar de ter realizado a inscrição.

A Expointer tem 2.825 animais de argola inscritos, de 89 raças, entre ovinos, bovinos de corte, bovinos mistos, zebuínos, bubalinos, bovinos de leite, equinos, caprinos e pequenos animais.

Fonte: Ascom SEAPDR

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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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Notícias Em Pontes e Lacerda

Novilhas do projeto de transferência de embriões do Governo de MT produzem até 200% litros de leite a mais do que média do Estado

Ação é realizada por meio da Seaf e começou em 2022 no município, com apoio da Empaer e da Prefeitura.

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Fotos: Rafaela Sanchez de Lima

O projeto Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro do Estado – Transferência de Embriões, do Governo de Mato Grosso, começa a apresentar resultados positivos em Pontes e Lacerda. Novilhas girolando meio-sangue, que nasceram pelo projeto, estão produzindo leite até 200% acima da média do Estado na primeira gestação, confirmando a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado.

Realizado com investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o projeto tem a parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Prefeitura de Pontes e Lacerda.

Jonas de Carvalho, empreendedor do campo em Pontes e Lacerda, conta que, na sua propriedade, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Elas pariram recentemente com aproximadamente 22 meses de vida, o que ele classifica como “surpreendente”.

Por dia, revela o produtor, cada novilha do projeto chega a produzir 15 litros, o que supera a produção das suas outras vacas. “Neste ano, participei com quatro prenhezes confirmadas e estou ansioso para que elas nasçam e comecem a produzir. Eu não sabia que esse projeto existia, mas não tinha noção de que poderia ter esses resultados”, destaca.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que a média da produção de leite por animal por dia em Mato Grosso é de 4,66 litros.

A precocidade reprodutiva das novilhas foi uma surpresa para o produtor Ildo Vicente de Souza, que teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Atualmente, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.

“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para o produtor. Os resultados são muito bons”, avalia Ildo.

Também beneficiado pelo projeto de transferência de embriões da Seaf, o produtor Jânio Alencar Leme relata que as novilhas, que nasceram da etapa de 2022, estão produzindo cerca de 12 litros por dia.

“Os resultados da transferência dos embriões são muito bons. Acho muito importante o pequeno produtor ter ações como essas feitas pelo Governo para que possa se desenvolver. Para fazer a transferência de embrião de forma particular é muito caro. Agora, com o apoio financeiro da Seaf, da prefeitura e as orientações da Empaer, podemos ter esse melhoramento genético com raças que são caras”, conta Jânio.

As novilhas são frutos de transferência de embrião do projeto que iniciou, em Pontes e Lacerda, em 2022. Nesta primeira etapa, 31 produtores participaram com nascimento de 94 bezerras girolando meio-sangue. Os embriões são produzidos em laboratório por fertilização in vitro (FIV). São utilizadas vacas doadoras Gir e touros Holandeses de alta produção, e transferidos para vacas comuns do rebanho de cada produtor, as receptoras.

“Temos tido relatos importantes sobre os resultados do projeto de melhoramento genético da Seaf e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos que investir no pequeno empreendedor rural, segurar na mão dele, para que ele possa começar e depois desenvolver a produção com sustentabilidade. Neste projeto, eles também puderam constatar os avanços que a tecnologia e o manejo correto trazem”, destaca a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.

A extensionista e veterinária da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, destaca que é importante considerar que a região passava pelo período de seca e que a alimentação é feita a pasto na maior parte dos casos, o que mostra a boa genética das novilhas e a boa produção se comparadas a média de produção da região.

“O projeto vem surpreendendo todos os que estão envolvidos. Dos animais já nascidos, várias novilhas entraram em puberdade com 11 meses, demonstrando a precocidade delas. E com os ajustes nutricionais necessários elas poderão produzir muito mais leite”, diz Rafaela, que atua na região com a também extensionista, Loana Longo.

Neste ano, o projeto entrou na terceira etapa. Na primeira e na terceira, a Seaf pagou 80% do valor por prenhez e os produtores deram a contrapartida. Na segunda, quem fez o aporte foi a Prefeitura de Pontes e Lacerda, com metade do valor da prenhez e os produtores dando a outra metade como contrapartida. A Empaer deu o suporte técnico em todas as etapas.

Do começo do projeto até este ano, 46 produtores já foram beneficiados no município. Neste período, nasceram 192 fêmeas girolando meio sangue.

Fonte: Assessoria Secretaria do Estado de Agricultura Familiar do Mato Grosso
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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