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4.0 também na avicultura

Conhecido como quarta revolução industrial ou Indústria 4.0, o conceito traz a tecnologia para mais próximo de todos os envolvidos na cadeia e transforma todo o processo de produção

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A competitividade da indústria e necessidade de renovação fez com que a humanidade chegasse hoje no quesito tecnologia e evolução no mais alto grau de desenvolvimento. É possível observar isso no decorrer dos anos a partir das revoluções industriais. Cada uma delas contribuiu para melhorar a sociedade, seja no uso de máquinas a vapor, produção de massa ou o advento da internet e plataformas digitais. Agora, a quarta revolução industrial chega para mais uma vez a humanidade dar um passo à frente. A Indústria 4.0 já é uma realidade no mundo – e no agronegócio.

O conceito, ainda relativamente novo no Brasil, já que passou a ser visto no país somente a partir de 2015, vem com a ideia de base tecnológica composta por sistemas físicos cibernéticos e da Internet das Coisas. “Na indústria 4.0 o objetivo é chagar a processos inteligentes (Smart Industry) que se caracterizam pela capacidade de adaptação, a eficiência dos recursos, e ergonomia, bem como a integração de clientes e parceiros de negócios em processos de negócios e de valor”, explica o especialista em Posicionamento Estratégico de Empresas para Novas Tendências, Paulo Roberto dos Santos. De acordo com ele, especialistas acreditam que a Indústria 4.0, ou quarta revolução industrial, poderia ser realizada dentro de uma década.

O especialista explana que a Indústria 4.0 é um projeto no âmbito da estratégia de alta tecnologia, que foi criado pelo governo alemão, que promove a informatização da manufatura. “Ele foi apresentado pela primeira vez na Alemanha em 2011. Surgiu pela necessidade de o governo alemão preparar uma estratégia industrial que assegurasse a competitividade das empresas alemãs, e por consequência da economia alemã, muito dependente da indústria de transformação”, informa. Porém, ele acrescenta que movimentos semelhantes já estavam em andamento em todo o mundo, e a divulgação da estratégia alemã como Indústria 4.0 foi um sinalizador global do processo de transformação da indústria, a ponto de se considerar que atualmente o mundo está entrando na quarta revolução industrial.

O termo chegou ao Brasil principalmente por influência de muitas empresas multinacionais que já tinham o tema em desenvolvimento em seus países de origem. “A partir da popularização do tema, o governo brasileiro iniciou estudos e ações para impulsionar a adoção das práticas e tecnologias relacionadas”, conta Santos. O especialista afirma que o conceito chega em um momento muito especial para o Brasil, já que o país viveu alguns anos de forte crise, e agora a economia começa a sinalizar recuperação, justamente no momento em que as tecnologias estão maduras, disponíveis e acessíveis. “Isso possibilita que tenhamos um salto em nossa capacidade produtiva, especialmente nas cadeias de suprimentos de alimentos. As empresas que entenderem esses novos paradigmas e se prepararem para o novo ambiente, poderão ter uma oportunidade única de crescimento”, afirma, e acrescenta que a recomendação é de que empresários busquem conhecer o que é este processo de transformação, e envolva toda a equipe, de maneira a criar uma cultura voltada para a inovação e preparada para a Indústria 4.0.

Santos diz que embora o Brasil tenha iniciado as discussões e entendimento sobre Indústria 4.0 um pouco mais tarde que alguns países desenvolvidos, como a Alemanha, por exemplo, o conceito se tornou muito popular no meio empresarial brasileiro muito rápido, o que é positivo. “O Brasil começou a agir de uma forma bastante efetiva e rápida a respeito do 4.0. Posso dizer que embora houve um atraso a outros países, nós estamos na dianteira se comparado com outros locais da América do Sul, por exemplo”, afirma. Para ele, o Brasil está em um momento bastante interessante, em que as empresas já começaram a se preocupar para aderir ao conceito e o governo já começou a realizar ações concretas para fomentar e ajudar as empresas no direcionamento da Indústria 4.0.

Mas, e no agronegócio?

A utilização de tecnologias de ponta no agronegócio já não é mais novidade ao produtor rural brasileiro. E este novo conceito tem sido muito utilizado em todas vertentes do setor. “O 4.0 é um derivado da Indústria 4.0, que representa uma transformação no âmbito global e envolve não apenas tecnologia, mas também a economia, a sociedade, a educação e as relações de consumo, enfim, tudo e todos. Todos os setores econômicos serão muito afetados pelas transformações que estão em curso”, afirma o especialista.

Santos expõe que o conceito 4.0 contempla não apenas processos internos ou indústrias, mas toda a cadeia de valor, ou seja, clientes, fornecedores, logística e parceiros. “A ideia é que toda cadeia de negócios seja envolvida. No Brasil devemos destacar que nossa agricultura está adotando rapidamente os conceitos na agricultura de precisão, muito alinhados com os conceitos 4.0. Desta forma, vamos ter ainda mais eficiência na produção agrícola, fornecedora da cadeia avícola”, conta.

De acordo com o especialista, os produtores por sua vez contarão com processos muito mais estáveis e controlados, podendo visualizar de forma transparente o controle de custos da produção, com a gestão dos recursos, como água, energia e alimentação, e com isso poderá realizar ajustes para ter a máxima eficiência na produção. Outro benefício citado por Santos será na rastreabilidade de todo o processo produtivo, assegurando máxima segurança alimentar.

As mudanças trazidas pela avicultura 4.0 serão abrangentes, afirma o especialista. “Desde o melhor controle do uso dos insumos de produção, como alimentação, energia e água, passando pelo completo controle dos processos industriais, logística de distribuição até a segurança alimentar, com a rastreabilidade completa do processo”, informa. Ele complementa que será possível ter as informações dos processos disponíveis em tempo real e em qualquer lugar, facilitando a tomada de decisão e evitando erros ou desperdícios. “Estima-se reduções no consumo de energia de 10 a 25%, redução nos custos de manutenção de 10 a 40% e aumento na produtividade de 10 a 25%”, sustenta Santos. A redução nos custos de produção é um grande atrativo no conceito, de acordo com o especialista. “No Brasil temos um desperdício grande, e todas as tecnologias de monitoramento vão permitir que o desperdício seja bastante reduzido”, diz.

O especialista adianta que os conceitos da Indústria 4.0 são relativamente fáceis de serem implementados. “Nós não estamos falando de tecnologia sofisticada, coisas alcançáveis somente para grandes empresas. Estamos falando de algo muito mais acessível e prático, que inclusive consegue ajudar o dono de uma granja a evitar a perda de animais por controle de temperatura, por exemplo”, afirma. “Imagina ter disponível no celular um aviso de que algo saiu do controle na granja. O proprietário consegue agir imediatamente. E isso é algo que se aplica independente do tamanho da empresa”, assegura.

Ele acrescenta que os pequenos e médios produtores que queiram começar a se beneficiar destas tecnologias do conceito 4.0 conseguem implementar mais facilmente estes conceitos e com baixo investimento. “Não é algo caro, ao contrário, o que chamamos de custo total de operação se torna menor do que o convencional. Ou seja, aplicando este conceito, o retorno ao investimento é muito rápido, porque o processo fica mais eficiente, e o produtor economiza dinheiro”, afirma.

Novidades

Não somente mudanças, mas também novidades vem com o conceito 4.0, assegura. “As principais novidades estão relacionadas na forma de integração dos processos, que chamamos de integração horizontal da cadeia de valor, e integração vertical dos processos produtivos”, conta. Santos explica que na integração horizontal haverá mais proximidade do cliente com o produtor e, em casos mais extremos, o cliente conseguirá determinar caraterísticas do produto a ser consumido. “É a integração das várias etapas do processo de negócios, que se inicia no cliente, transita por todo o processo produtivo e retorna ao cliente pelo processo logístico”, conta.

Já na integração vertical há a conexão dos processos de produção com os sistemas de gestão, trazendo a máxima transparência para as atividades produtivas, e por consequência um nível de controle nunca visto. “Há que se considerar que as tecnologias da indústria 4.0, chamadas de habilitadoras, serão as ferramentas para que tudo isso possa acontecer, e no nosso entendimento, serão demandadas conforme a necessidade de cada empresa, não havendo modelos ou tecnologias pré-estabelecidas”, confidencia.

Adotando a avicultura 4.0

O especialista em Posicionamento Estratégico de Empresas para Novas Tendências explica que para uma empresa se preparar para adotar a avicultura 4.0 é recomendado que ela inicie o processo adquirindo o entendimento sobre o que é Avicultura 4.0, quais são os possíveis impactos, quais serão as ameaças e quais serão as oportunidades decorrentes da transformação. “Uma vez que a empresa tenha o entendimento sobre este novo cenário da Avicultura 4.0, ela deve iniciar um planejamento estratégico, para escolher seu posicionamento neste novo cenário”, conta. Ele continua explicando que, a partir do posicionamento escolhido, a empresa poderá realizar aplicações pontuais dos conceitos, ou seja, projetos piloto, de onde a empresa vai adquirir uma visão mais clara de como as práticas da Indústria 4.0 afetam o negócio e seus processos.

Santos continua afirmando que com este conceito a empresa poderá planejar os próximos passos e dimensionar os recursos necessários para a implementação dos conceitos em toda a cadeia de valor. “Outro passo muito importante, após o dimensionamento dos recursos, é o entendimento de quais dados são produzidos nos processos, e de que maneira o uso destes dados poderá gerar valor para o negócio, otimizando processos e o uso dos recursos”, informa. Ele acrescenta que depois que se tenha uma visão clara de como os dados podem agregar valor ao negócio, a empresa deve pensar em sua digitalização, ou seja, onde a adoção de técnicas digitais será mais benéfica ao negócio, e assim se tornar uma empresa digitalizada. “A continuidade natural deste processo é a criação de um ecossistema, desde os clientes aos fornecedores e parceiros de negócio, de maneira que todos os processos internos e externos estejam integrados”, menciona.

Computadores e as pessoas

Outro ponto citado por Santos e que vem preocupando algumas pessoas desde que as tecnologias estão presentes nos processos de produção é em relação ao que vai acontecer com a mão de obra. O especialista é categórico ao afirmar que haverá a transformação dos empregos. “Aquilo que são operações muito mecânicas tendem a ser substituídas por máquinas. Até mesmo operações como abate e preparação das aves, por exemplo”, diz. Porém, a diferença é que vai haver uma demanda muito maior por pessoas mais qualificadas, que possam manusear estes equipamentos mais sofisticados. “De um lado você vai reduzir a demanda da mão de obra barata, mas por outro vai ser necessário cada vez mais pessoas qualificadas para fazer a parte da gestão dos processos”, explica.

Santos afirma que o gerenciamento vai ser cada vez mais sofisticado e demandar cada vez mais de pessoas mais qualificadas. “E isso é o que vemos hoje no campo, por exemplo. Um operador de uma colheitadeira é uma pessoa que precisa ter conhecimento para operar aquela tecnologia, como o GPS e assim por diante”, informa. Segundo ele, isso é um processo que vai acontecer também na avicultura. “Você vai ter atividades que simplesmente vão deixar de ser necessárias, porque a máquina vai fazer, porém vai demandar mais funcionários qualificados que possam fazer a gestão dos custos, dos equipamentos, do planejamento de novos processos, e assim por diante”, reforça.

De acordo com o especialista, os computadores e máquinas serão sempre muito bons para dar respostas, mas sempre serão necessárias as pessoas para fazer as perguntas. “Ainda vamos precisar muito das pessoas para fazer as perguntas, porque o que vai diferenciar o sucesso de uma empresa vai ser qual é a capacidade dela de desenvolver novos processos e de inovar”, resume. Santos explica que com o conceito 4.0 cada vez mais presente, as empresas sairão da condição de competir por ter um processo mais barato, e passarão para uma condição onde haverá processos mais dinâmicos, cada vez mais rápidos e que se transformam continuamente.

Mais informações você encontra na edição de Aves de março/abril de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026

Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

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O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.

Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.

Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.

Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.

Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro Itaú BBA
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