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VOZ DO COOP

Avicultura Desafios, mercado e outros cenários

3º Dia do Avicultor reúne agentes da cadeia produtiva e reflete sobre gargalos do setor

Lideranças acreditam que a avicultura deve começar a ficar “no azul” a partir de setembro.

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A 3ª edição do Dia do Avicultor O Presente Rural, em colaboração com a Lar Cooperativa Agroindustrial e com o apoio do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), proporcionou um encontro enriquecedor repleto de insights cruciais sobre o papel fundamental do produtor de aves na cadeia produtiva. Temas de extrema relevância, como o gerenciamento eficiente da água, manejo nos dias iniciais de produção, as estratégias de biosseguridade e as tendências do mercado de commodities, foram minuciosamente explorados.

O evento, que homenageia os verdadeiros protagonistas da avicultura brasileira, reuniu mais de 200 produtores em Marechal Cândido Rondon, PR, na quinta-feira (24). Para além desse encontro presencial, o público em geral teve a oportunidade de acompanhar a transmissão ao vivo por meio de nossas plataformas digitais, ampliando ainda mais o alcance do evento. O Dia do Avicultor é comemorado no próximo dia 28.

Para a comunidade avícola, o evento transcende a mera comemoração ao se configurar como uma oportunidade ímpar para compartilhar saberes, aprimorar práticas avícolas e promover um intercâmbio saudável de experiências. Ao unir os elos dessa cadeia produtiva tão vital, o encontro reforça os laços entre os elos do setor e impulsiona a busca incessante por progresso e qualidade.

Nesse contexto, a 3ª edição do Dia do Avicultor consolida-se como um marco de aprendizado coletivo, impulsionando não apenas o setor avícola, mas também todo o agronegócio brasileiro. O evento, ao proporcionar um ambiente propício à troca de ideias e à disseminação de conhecimentos, reafirma o compromisso em direção a práticas sustentáveis ​​e inovação contínua, alinhadas com as demandas dinâmicas de um mercado em constante evolução.

Na abertura do evento, o fundador da Editora O Presente, o jornalista Arno Kunzler, destacou que o evento é dedicado aos avicultores, não só para receber homenagens pelo seu trabalho, mas também oportunidades para crescer e se desenvolver como administradores de suas propriedades. “O objetivo central do nosso encontro reside em facilitar a troca de conhecimento ao promover uma maior aproximação entre produtores, indústria e comércio”.

Em seguida, o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber, enfatizou os investimentos para melhorar a infraestrutura do município a fim de escoar melhor a produção e destacou as possibilidades de crescimento do setor de proteína animal. “A área para produção agrícola está saturada, não temos mais para onde crescer, mas em proteína animal podemos aumentar a oferta, tanto em frango, como em suínos e peixes. Este é o nosso trabalho, ficar atento as demandas, as possibilidades, para dar condições a cadeia produtiva para produzir cada vez mais e melhor”.

O diretor secretário da Copagril,  Ademir Griep, enalteceu a intercooperação com a Lar. “Possuímos 408 aviários, são 131 propriedades e 207 produtores envolvidos. Essa intercooperação tem alcançado resultados expressivos e traz mais segurança aos avicultores. Agradecemos a cada avicultor que é parceiro da Copagril pela confiança depositada em nossa cooperativa”.

E o presidente do Sindiavipar, Roberto Kaefer, destacou o potencial de crescimento do setor avícola. “Nosso maior cliente do frango é a Ásia, é a China. Mais de 50% da população mundial está no continente asiático, então temos grande potencial para crescer e exportamos cada vez mais nosso produto para essa região. E caso ganharmos o caminho do Pacífico vamos economizar milhões de dólares do nosso setor porque o transporte desse produto será mais curto”.

O diretor executivo do Sindiavipar, Inacio Koetz, abriu o ciclo de palestras falando sobre a importância do avicultor para um desenvolvimento de um mercado sustentável na avicultura paranaense. Em seguida, o médico-veterinário Obiratã Rodrigues trouxe um novo olhar sobre a água e seus impactos na avicultura. E médico-veterinário Lucas Schneider encerrou a programação da manhã com a palestras sobre Manejo inicial em épocas de verão e calor: onde os melhores avicultores acertam?.

O ciclo de palestras do 3º do Dia do Avicultor O Presente Rural teve continuidade no período da tarde, com foco na biosseguridade das granjas e no mercado de commodities. Um panorama da Influenza aviária no Brasil e o papel do produtor para evitar a entrada da doença em planteis comerciais foi tratado pelo professor doutor em Medicina Veterinária Oliveiro Caetano, enquanto Marcos Moreschi trouxe sua visão sobre as tendências do mercado de commodities em 2024, encerrando a programação da edição 2023 do Dia do Avicultor.

Todas as palestras estão disponíveis no canal do YouTube e do Facebook do Jornal O Presente Rural.

Fonte: O Presente Rural

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Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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