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25ª edição do Show Rural pode chegar a R$ 1,8 bi em negócios

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Os negócios que o Show Rural impulsiona não se limitam aos cinco dias de um dos maiores eventos de difusão de novas tecnologias ao campo do mundo. Eles seguem durante semanas, e até meses. No fechamento da 25ª edição do evento, no fim da tarde de sexta-feira, 8 de fevereiro, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, anunciava que o resultado alcançava a surpreendente cifra de R$ 1,1 bilhão. Mas em contato com a alta direção das empresas expositoras nos dias que se seguiram, as contas foram refeitas e o volume saltou para R$ 1,6 bilhão e ainda poderá atingir R$ 1,8 bilhão.
O montante de recursos movimentado nesta edição é o dobro da alcançada em 2012, quando os negócios somaram os R$ 800 milhões, informou Dilvo na noite de quinta-feira, 21, durante a primeira reunião empresarial da Acic no ano. “Isso demonstra a força do agronegócio brasileiro e a importância do Show Rural como um divulgador de tecnologias, de novidades e também para estimular negócios”. O presidente da Coopavel fez uma retrospectiva do evento, que começou em 1989 com apenas 110 lavradores e 15 expositores. Ninguém à época poderia imaginar números tão contundentes como os de agora, de 202 mil visitantes e 430 empresas participantes.
O Show Rural originalmente almejava alcançar um dia as cerca de dez mil famílias que fazem parte da Coopavel. Aquela seria uma ferramenta para difundir novos conhecimentos que pudessem aumentar a produtividade e a receita dos lavradores cooperados. Mas o crescimento é tão substancial que há empresas que chegam a investir R$ 1 milhão para participar de uma mostra que se estende por apenas cinco dias, porém que recebe a alta cúpula de companhias nacionais e multinacionais da cadeia do agronegócio e comitivas de lavradores de todos os cantos do Brasil e do mundo. Nessa, elas foram 60, inclusive algumas formadas apenas por mulheres agricultoras.
O show de Dilma
Ao contrário de outros grandes eventos, o Show Rural não procura as empresas interessadas em expor. Elas é que têm prazo de 60 dias, após o encerramento, para confirmar se querem ou não reservar espaço para a edição seguinte. Mesmo assim, há lista de espera daquelas que querem ter a oportunidade de apresentar seus produtos, de ampliar a sua carteira de clientes e de fechar negócios. Dilvo informou aos empresários sobre a fórmula de não cobrar pelo estacionamento nem pelo acesso ao Centro Tecnológico, que reside na venda de estandes e de espaços publicitários, alguns, como o do restaurante, altamente valorizados e disputados.
Outro dos segredos do sucesso do Show Rural é a manutenção do seu foco: difusão tecnológica para o aumento da produtividade, conservação e proteção ambiental e lucratividade. O evento é também um grande receptor de autoridades. Nesta edição, uma mulher de jeito simples e sorriso largo virou uma das atrações em um evento repleto de novidades e coisas curiosas. A presidente Dilma Rousseff, acompanhada de ministros, senadores e deputados, fez questão de prestigiar uma realização que mostra o vigor de um dos celeiros do mundo.
Dilma distribuiu simpatia e quebrou o protocolo ao posar ao lado de visitantes do Show Rural. Ela conversou com líderes e pessoas comuns e fez a entrega de 29 retroescavadeiras zero quilômetro a prefeitos do Oeste e Sudoeste do Paraná. Em um discurso inflamado, acompanhado também pelo governador Beto Richa, a presidente fez questão de falar da pujança de um negócio que há muito mantém em equilíbrio e superavitária a balança comercial brasileira. Dilvo, por sua vez, apresentou a Dilma dois números que evidenciam o tamanho do agronegócio no País: hoje, a produção nacional de grãos é de 185 milhões de toneladas e chegará a 280 milhões em 2020.
O avanço da pesquisa é tão expressivo que leva o presidente da Coopavel a afirmar que o mundo não terá problemas com alimentos no futuro. E justifica: enquanto a população cresce a uma taxa média de 1,2% ao ano, as novas tecnologias impulsionam a produção a uma média de 3% de uma safra a outra. Isso sem precisar aumentar o tamanho das áreas atualmente ocupadas com cultivos diversos. Outra das fórmulas do êxito do Show Rural reside no fato de ele se renovar a cada ano. Para isso, o trabalho da próxima edição começa quando uma termina. O processo de um evento que gera empregos e oportunidades a uma imensa gama de negócios em Cascavel e região não para. A próxima edição do espetáculo do agronegócio já tem data para acontecer, de 3 a 7 de fevereiro de 2014.
Fonte: Comunicação Social ACIC

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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Chuva eleva pressão de parasitas e exige reforço sanitário na pecuária

Alta umidade favorece verminoses e doenças como clostridioses e tristeza parasitária, aumentando riscos produtivos e a necessidade de vacinação e controle estratégico.

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Fotos: Shutterstock

O período das chuvas, que normalmente se estende do fim da primavera ao início do outono, representa uma fase de alta umidade e temperaturas elevadas nas principais regiões pecuárias do Brasil. Essas condições, embora benéficas para o crescimento das pastagens, favorecem a multiplicação de parasitas gastrointestinais e vetores de doenças, tornando indispensável a intensificação dos cuidados com vacinação e vermifugação do gado.

De acordo com Rodrigo Costa, que atua na área nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, essa combinação de fatores pode gerar prejuízos significativos. “A umidade favorece a sobrevivência de ovos e larvas de vermes no pasto, além de criar condições ideais para a disseminação de agentes infecciosos, como bactérias e vírus. Estes fatores elevam o risco de contaminações e comprometem o desempenho produtivo dos animais. Se não houver um bom controle sanitário, o produtor pode enfrentar queda na produção de leite e carne e aumento dos custos com tratamentos corretivos”, alerta.

Entre as doenças com maior incidência nessa época do ano estão as clostridioses, como o carbúnculo sintomático (manqueira) e as enterotoxemias, que tendem a se agravar com a ingestão de pastagens muito ricas, favoráveis ao desenvolvimento das bactérias clostridiais e à produção de toxinas.

Também merecem atenção a leptospirose, que se espalha em áreas úmidas através da urina de roedores e afeta a reprodução do rebanho, e as hemoparasitoses, como a anaplasmose (tristeza parasitária bovina) e a babesiose, transmitidas por carrapatos. Além delas, há o risco de verminoses gastrointestinais (principalmente Haemonchus contortus e Trichostrongylus spp.), que causam anemia, diarreia e perda de peso, e o aumento de moscas como a mosca-dos-chifres.

Segundo Costa, o calendário de vacinação é uma das principais ferramentas para preservar a saúde do rebanho e evitar prejuízos econômicos. “Manter o protocolo vacinal em dia é essencial para prevenir surtos de doenças que podem comprometer a rentabilidade da fazenda. Em regiões onde a vacinação é obrigatória, como no caso da febre aftosa, o não cumprimento pode gerar penalidades legais e restrições comerciais”, menciona.

O profissional reforça ainda que o controle parasitário deve ser feito conforme o perfil do rebanho e o histórico da propriedade. Bezerros e animais jovens, por exemplo, são mais vulneráveis e devem ser vermifugados a cada 60 a 90 dias. Já os adultos podem ter intervalos maiores, desde que o nível de infestação esteja sob controle. “O ideal é realizar exames de fezes (OPG – ovos por grama) para identificar o grau de contaminação e definir o vermífugo mais indicado. Também é importante alternar os princípios ativos, evitando o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos medicamentos”, orienta.

Entre os sinais de alerta para possíveis infestações estão diarreia crônica, emagrecimento, mucosas pálidas e pelos arrepiados. Em casos de falhas na imunização, podem surgir doenças em animais já vacinados, situação que pode indicar uso de vacinas malconservadas, vencidas ou aplicadas de forma incorreta. “Ao identificar qualquer anormalidade, o produtor deve buscar o suporte de um veterinário ou técnico para confirmar o diagnóstico por exame clínico e laboratorial, além de revisar os protocolos de vacinação e vermifugação”, ressalta Costa.

A escolha e aplicação corretas dos produtos também são determinantes para a eficácia dos tratamentos. É fundamental optar por vacinas e vermífugos registrados no Ministério da Agricultura, observar o armazenamento adequado (geralmente entre 2 e 8°C) e garantir que a aplicação seja feita com equipamentos limpos e calibrados. “Esses cuidados simples fazem toda a diferença. Aplicações malfeitas ou produtos malconservados podem comprometer a imunidade do rebanho e gerar desperdícios”, salienta.

Costa ainda destaca o papel da assistência técnica no planejamento sanitário das propriedades. “O apoio de profissionais capacitados ajuda o produtor a montar um cronograma eficiente de vacinação e controle parasitário, de acordo com a realidade de cada fazenda. Além disso, o acompanhamento especializado permite avaliar continuamente os resultados, ajustar as estratégias e auxiliar na seleção de produtos de melhor custo-efetividade para garantir a saúde e a produtividade do rebanho”, evidencia.

Fonte: Assessoria Axia Agro
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