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22º SBSA reúne mais de 2 mil profissionais em três dias de evento
SBSA ocorreu em Chapecó e teve recorde de público presencialmente. De forma virtual, mais de 640 pessoas acompanharam as palestras e os eventos paralelos. Site teve mais de 5,4 mil acessos
Com recorde de público no evento presencial, encerrou nesta semana o 22º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), um dos maiores encontros do setor avícola latino-americano. Durante três dias, passaram pelo Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), mais de 2 mil profissionais. Virtualmente, mais de 640 pessoas acompanharam o SBSA e os eventos paralelos. Além disso, mais de 5,4 mil usuários acessaram o site do evento nesta semana. Os acessos ocorreram em diversos países, entre eles Brasil, Paraguai, Peru, Argentina, Equador, França, México, Colômbia, Uruguai, Venezuela, Estados Unidos e Itália.
Paralelamente, ocorreu a 13ª Brasil Sul Poultry Fair, que reuniu mais de 70 empresas nacionais e multinacionais de genética, sanidade, nutrição, aditivos e equipamentos para a avicultura. O público também pode conferir, na Granja do Futuro, uma novidade no evento, tecnologias para monitorar, controlar, gerenciar e, assim, tornar mais eficiente cada processo de produção. Os visitantes puderam participar, ainda, dos eventos paralelos promovidos por empresas do setor.
A promoção foi do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), que após dois anos sem realizar o SBSA presencialmente devido à pandemia, inovou ao fazer um evento híbrido. O presidente Lucas Piroca frisou que a mudança de local – tradicionalmente o SBSA ocorria no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes (que está em reforma) – trouxe limitações e ao mesmo tempo oportunidades. “Ocupamos uma estrutura que necessita de melhorias, mas nela pudemos ampliar a feira, ter mais espaço para os participantes, apresentar a Granja do Futuro e dispusemos de melhor área de estacionamento. Finalizamos o evento com a sensação de dever cumprido, mas com a responsabilidade de inovar e aprimorar para que nas próximas edições possamos oferecer uma experiência ainda melhor”.
O SBSA apresentou as últimas tendências do mercado mundial da avicultura. A programação científica foi dividida em quatro módulos: mercado, abatedouro, sanidade e manejo e nutrição. Alguns dos maiores especialistas da avicultura mundial debateram mercado de carnes, logística, comunicação entre o agro e a sociedade, cenário mundial e o agro brasileiro, sistema de inspeção, qualidade de pintos na primeira semana, manejo pré-abate, problemas respiratórios, alternativas a antibióticos, impactos da retirada dos antimicrobianos, adenovírus aviário, vacina e saúde intestinal, aquecimento e qualidade de ar, empenamento em frangos de corte, qualidade de água, bem-estar e saúde intestinal.
O presidente da Comissão Científica, Guilherme Lando Bernardo, ressaltou o papel do Nucleovet em difundir conhecimento para quem atua na cadeia avícola. “Ao eleger os temas e elaborar a programação, levamos em consideração os anseios dos profissionais do setor e sua aplicação prática. Nossa intenção é proporcionar informações com a melhor qualidade possível para que os profissionais multipliquem o que vão aprender e transformem isso em ações”.
Tradicionalmente, em todos os Simpósios que promove, o Nucleovet doa parte do valor das inscrições pagas para entidades. Nesta edição do SBSA, a comissão organizadora definiu por fazer a doação para a APAE de Chapecó e para o Programa Viver. Os presidentes da APAE Leandro Ugolini e do Programa Viver Marlene Somensi receberam, durante a abertura oficial do SBSA, um cheque simbólico das doações.
O 22º SBSA teve apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).
O evento e todas as palestras ainda podem ser acessadas pelo site: www.nucleovet.com.br, durante 30 dias.
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Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China
Ministro da Agricultura destaca potencial de comércio de US$ 450 milhões por ano.
Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping na última quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.
São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.
Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.
O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada.
“O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China”, ressaltou o presidente Lula.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024.
“O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade”, destacou o ministro Carlos Fávaro.
Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.
“Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China”, explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.
Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.
Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023). O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.
No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.
Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.
No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.
Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos.
As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.
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GTFoods prevê crescimento de 10% nas exportações de frango e Conab tem projeções otimistas para 2025
Passando de 25% do total de exportações em 2024 para 35% para o próximo ano, a empresa investe em mercados estratégicos e segue fortalecendo a presença internacional.
A GTFoods, uma das principais indústrias brasileiras no setor avícola, projeta um crescimento expressivo nas exportações de carne de frango para 2025, embasada em previsões otimistas divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal prevê que a produção nacional de carne de frango aumente 1,7% em 2024, atingindo 15,2 milhões de toneladas, e cresça mais 2,1% em 2025, alcançando 15,5 milhões de toneladas. Além disso, as exportações brasileiras de carne de frango devem avançar 1,9% em ambos os anos, totalizando 5,1 milhões de toneladas em 2024 e 5,2 milhões de toneladas em 2025.
Com uma meta de crescimento de exportação de 10%, passando de 25% do total de exportações em 2024 para 35% para o próximo ano, a GTFoods se prepara para reforçar sua presença em mercados estratégicos, como China, Europa, México, Oriente Médio e África do Sul. “Essas projeções refletem o potencial de crescimento e a vantagem competitiva do Brasil no mercado global. Com estoques bem ajustados e um câmbio favorável, estamos prontos para expandir nossas operações e aproveitar essas oportunidades”, afirma Rafael Tortola, CEO da GTFoods.
Para sustentar seu crescimento e fortalecer a competitividade, a GTFoods investe continuamente em certificações e melhorias na qualidade dos processos, com um portfólio de cerca de 30 produtos voltados para exportação.
“Nosso compromisso com a inovação e a segurança alimentar garante o atendimento aos mais altos padrões de qualidade, o que nos torna um parceiro confiável para o mercado global”, destaca Kendi Okumura, gerente de exportação.
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BRF adquire planta de processados na China para expandir atuação na Ásia
Investimento de cerca de R$ 460 milhões marca o início de operações industriais da empresa no mercado chinês, onde já está presente comercialmente.
A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo e detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, anuncia a aquisição de uma moderna fábrica de processados na província de Henan, China. A transação marca um passo significativo para a Companhia que passa a contar com uma operação industrial no mercado chinês, onde já comercializa proteína animal. Construída em 2013, a planta possui duas linhas de processamento de alimentos, com capacidade atual de cerca de 30 mil toneladas por ano e potencial para expansão. Serão investidos cerca de R$ 460 milhões ou 580 RMB, sendo R$ 250 milhões ou 310 RMB na aquisição e o restante em capex para adequações e para expansão de duas linhas de hamburguer. Os investimentos devem gerar cerca de 850 novos empregos e capacidade adicional de cerca de 30 mil toneladas por ano, dobrando a capacidade da fábrica para cerca de 60 mil toneladas por ano. A previsão é que a nova unidade produtiva esteja operando sob a gestão da BRF ainda no primeiro trimestre de 2025.
A aquisição do ativo está alinhada à estratégia de ampliar a presença global da companhia por meio da diversificação do seu footprint e fortalece a competitividade da BRF, com o avanço na oferta de produtos de valor agregado. A unidade produtiva possui uma linha de alimentos processados que permitirá à empresa responder de maneira mais eficaz às demandas regionais. Além disso, o acesso direto ao mercado chinês, um dos maiores mercados consumidores de proteínas do mundo.
O investimento representa uma oportunidade significativa para expandir a base de clientes e impulsionar as vendas da Companhia. A decisão também potencializa o uso da matéria-prima brasileira, valorizando recursos locais e fortalecendo cadeias de valor sustentáveis e de alta qualidade.
A criação de um hub de exportação na nova localização abre oportunidades para atender mercados internacionais de forma mais eficiente, otimizando a logística e facilitando a distribuição para outros países. A plataforma comercial da BRF, incluindo clientes e escritórios comerciais estrategicamente localizados, será um diferencial importante nesse processo. As marcas da BRF, com destaque para a marca global Sadia, e os produtos da empresa estarão presentes em diversos canais, incluindo varejo e food service, incluindo grandes redes de contas globais. A possibilidade de explorar ainda mais o segmento de food service é uma oportunidade significativa, especialmente em um mercado em crescimento como o chinês, que é um dos mais relevantes, junto com o Oriente Médio e o Norte da África.
A fábrica está localizada em Henan, província no Vale do Rio Amarelo, na região central da China, conhecida como o lugar de origem da civilização chinesa. Trata-se da terceira área mais populosas da China, com cerca de 100 milhões de habitantes. A região é um ponto estratégico de acesso a um mercado de grande potencial. A matéria-prima utilizada na fábrica poderá ter origem tanto na própria China, quanto nas operações da BRF e Marfrig, valorizando recursos locais e fortalecendo cadeias de valor sustentáveis. As fábricas da BRF e Marfrig no Brasil, Argentina e Uruguai estão habilitadas para o envio de matéria-prima, garantindo um fornecimento contínuo e de alta qualidade.
Potencial
Henan, uma das províncias mais populosas e a quinta maior economia da China, destaca-se como um eixo estratégico de logística. Com 99,4 milhões de habitantes, a província é essencial para o transporte de mercadorias, conectando as regiões norte e sul do país por meio de uma infraestrutura robusta e bem distribuída. Localizada no centro da China, Henan abriga 266 mil km de rodovias, dos quais 7 mil km são rodovias expressas, além de 6.500 km de ferrovias e 1.400 km de ferrovias de alta velocidade. Seus dois aeroportos internacionais reforçam o papel da província como um importante centro logístico.