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2019 é melhor que ano anterior, mas alto custo de insumo limita bons resultados

Segundo pesquisas do Cepea, setor avícola brasileiro teve um 2019 melhor que 2018

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Jonas Oliveira

Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o setor avícola brasileiro teve um ano melhor que 2018, quando, vale lembrar, enfrentou custos altos, exportações limitadas e consequente baixos preços do animal e da carne.

Em 2019, as exportações até estiveram firmes, mas ainda ficaram aquém do esperado por agentes. Por isso, pesquisadores do Cepea destacam que foi a demanda interna que acabou sustentando os preços ao longo do ano, especialmente nos últimos meses, período em que os elevados valores da carne bovina aqueceram a demanda por outras proteínas, como a avícola.

Levantamentos do Cepea mostram que o preço médio de 2019 do frango inteiro resfriado negociado no atacado da Grande São Paulo foi de R$ 4,59/kg, 23,2% acima do verificado no ano anterior.

Os resultados do setor, no entanto, foram limitados pelas altas cotações dos principais insumos da atividade avícola – milho e farelo de soja –, especialmente no segundo semestre de 2019. Diante disso, em dezembro, o produtor de São Paulo acumulava oito meses consecutivos de redução no poder de compra frente ao farelo e quatro meses em relação ao milho, conforme dados do Cepea.

A saca de 60 kg de milho negociada na região de Campinas (SP) registrou média de R$ 38,80 em 2019, 2,8% superior à de 2018. O farelo de soja, por sua vez, iniciou o ano com cotações em baixa, e, portanto, registrou queda de 3,9% entre 2018 e 2019, com média de R$ 1.225,84/tonelada. Todas as variações estão em termos nominais.

Animal vivo e pintainho

Os demais elos da cadeia avícola, como pintainho e frango vivo, também registraram altas nos preços em 2019. Segundo pesquisas do Cepea, no caso do pintainho, a produção mais ajustada elevou as cotações em todas as regiões – as valorizações estiveram acima de 25%.

De janeiro a dezembro, o valor médio do pintainho na região do Paraná foi de R$ 1,27/kg, em termos nominais. Quanto ao animal vivo negociado em São Paulo, a média do ano foi de R$ 3,19/kg, alta de 17,9% em relação à de 2018, em termos nominais – dados do Cepea.

Internacional

A redução das compras por parte dos principais parceiros comerciais, como Arábia Saudita, Japão e África do Sul, e também de outros importantes demandantes, trouxe preocupação e incertezas aos agentes do setor exportador. Por outro lado, a China, que desde fevereiro/19 figura como principal destino da carne nacional, elevou significativamente as compras no Brasil, tendo em vista os casos de Peste Suína Africana no país. Isso porque a redução da produção chinesa de carne suína elevou a demanda pela proteína de frango.

Mesmo com o volume exportado aquém do esperado, as exportações de carne de frango aumentaram (2%) em 2019, segundo dados da Secex. O maior volume embarcado, a valorização da proteína no mercado internacional e a alta do dólar em 2019 favoreceram a receita obtida com as vendas internacionais.

Entre janeiro e dezembro/18, o preço médio pago pela carne era de US$ 1.584,20/tonelada, passando para US$ 1.659,82/tonelada em 2019. Em moeda nacional, a carne exportada teve média de R$ 6.540,26/tonelada no ano, avanço de 12,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Quanto ao dólar, na mesma comparação, se valorizou 7,9%, passando de R$ 3,65 para R$ 3,94, em média.

Dessa forma, a receita total obtida pelo setor com as vendas do produto foi de US$ 7 bilhões em 2019, aumento de 6,9% em relação ao ano anterior, ainda tendo como base os dados da Secex. Em moeda nacional, a quantia auferida pelo setor exportador foi de R$ 27,4 bilhões, 15% acima no mesmo comparativo.

Fonte: Cepea

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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