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Suínos / Peixes

2014: Cenário indica ano de preços estáveis e produção ajustada à demanda

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O Preço Gaúcho do suíno encerra 2013 apontando estabilidade no mercado. O suinocultor, que em janeiro recebeu, em média, R$ 3,32 pelo quilo do suíno, finalizou dezembro ganhando, em média, R$ 3,76, ou seja, R$ 13,55% a mais que no primeiro mês do ano.
            O aumento do consumo, a volta de compradores internacionais e a redução da oferta de suínos no mercado ajudam a valorizar o produto.
            Os seis primeiros meses do ano estiveram marcados pela alta no custo de produção frente aos preços baixos pagos pelo quilo do suíno e pelo embargo da Ucrânia, que durou cerca de dois meses, gerando perdas ao suinocultor. Cerca de 50% dos embarques da produção gaúcha era destinado ao país. Com o embargo da Ucrânia, em maio de 2013 os valores do suíno vivo no Estado foram os menores desde julho de 2012, ficando a média mensal em R$ 2,31 o integrado e R$ 2,53 o independente. Na época, o custo de produção estimado era de R$ 2,60. Em julho veio a retomada da exportação de carne suína para a Ucrânia e o país voltou a figurar entre os maiores compradores da carne suína gaúcha. Em outubro, o mercado ucraniano obteve 25,03% da exportação gaúcha, o maior comprador no mês.
            O cenário reverteu e o segundo semestre de 2013 veio com a recuperação de preços, superiores ao custo de produção e que hoje deixam certa margem de lucro ao produtor. O momento é, sem dúvida, positivo para o suinocultor, tornando-se necessário para que ele se recupere das dificuldades enfrentadas não apenas no primeiro semestre de 2013, mas durante os últimos quatro anos.   
            Outro fator que favorece os suinocultores é o volume da produção de suínos frente a demanda, que no segundo semestre mostrou-se bastante ajustada, tanto no mercado interno quanto externo, e isso torna-se favorável ao produtor. Cinco por cento a mais na produção significa 30% a menos no preço. A cadeia produtiva da suinocultura, do produtor a indústria, deve observar tal cenário e trabalhar para que haja o ajuste entre a produção e a demanda e, assim, todos terão ganhos suficientes para manter seu negócio e ter lucro.

 

            Atualmente, no Rio Grande do Sul, o custo de produção varia entre R$ 2,80 e R$ 2,90 e o preço pago pelo quilo do suíno vivo está na faixa de R$ 2,95* na integração e R$ 3,77* no mercado independente (ambas cotações referem-se a média do preço na primeira semana de janeiro de 2014).
            O cenário de uma produção ajustada com a demanda deve continuar este ano e, com isso, 2014 deve ser de preços estáveis e remuneratórios. O suinocultor, no entanto, precisa manter cautela, pois o custo de produção, seguindo a tendência dos últimos meses, não deve ceder. Não adianta produzirmos mais que a demanda de mercado, pois, com certeza, iremos perder dinheiro. O produtor deve ter cuidado com novos investimentos e com a ampliação da produção. A decisão compete a cada um.  
Futuro
            A suinocultura no Rio Grande do Sul conta com 9 mil produtores economicamente ativos, que abastecem os pequenos, médios e grandes frigoríficos do Estado, com abate diário de suínos. No período de janeiro a novembro de 2013, segundo o Ministério da Agricultura, através do Serviço de Inspeção Federal (SIF), foram abatidos 6.673.040 suínos, ou seja, uma média de 28 mil abates ao dia. Já a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio informou 135.241 suínos abatidos no período de janeiro e novembro de 2013, segundo relatório Cispoa – (Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal). A exportação gaúcha, no período de janeiro a novembro de 2013, correspondeu a 31,56% da exportação brasileira, representando 152 mil toneladas.
           Observamos, no entanto, que o número de produtores vem diminuindo no Estado. Atualmente de maneira menos intensa, porém, a tendência é de que se reduza ainda mais com o passar dos anos. Isso ocorre em consequência do desestímulo em se investir na suinocultura, em especial devido a pouca rentabilidade econômica da atividade. 
            A suinocultura se profissionaliza, se estabiliza cada vez mais e, dentro desse contexto, o que vai dizer se a suinocultura cresce ou não é a viabilidade econômica que a atividade oferece, existindo a necessidade de que seja rentável ao suinocultor.
Artigo assinado pelo presidente da ACSURS, Valdecir Luis Folador.

Fonte: Ass. de Imprensa ACSURS

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Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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