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Suínos Livre de aftosa sem vacinação

15 meses depois de alcançar novo status sanitário, Paraná ainda não colheu benefícios

Presidente da Frimesa, Valter Vanzella, destacou em seu discurso durante o 1º Dia do Suinocultor O Presente Rural/Frimesa sua insatisfação quanto a morosidade dos ministérios brasileiros em elaborar documentos para enviar a possíveis compradores, como o Japão.

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Foto: Shutterstock

Durante seu discurso no Dia do Suinocultor O Presente Rural/Frimesa, o presidente da Frimesa, Valter Vanzella, deu detalhes de como a cooperativa se tornou a quarta maior produtora de carne suína do Brasil, com pouco mais de 5% do mercado nacional, atrás apenas da JBS, BRF e Aurora.

Presidente da Frimesa, Valter Vanzella: “Já faz mais de ano. O que aconteceu? Nada. Qual o país que passou a comprar do Paraná porque estamos livres de aftosa sem vacinação? Nenhum. Por que? Porque a burocracia desse país é uma loucura. É devagar demais” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Vanzella destacou que o crescimento da cooperativa foi construído baseado em cinco pilares: mercado de processados, viabilidade ao produtor, marca consolidada, mix de produtos/qualidade e integração entre as cinco cooperativas que fazem parte da central Frimesa. O presidente ainda deu detalhes sobre a nova planta frigorífica, que deve ser inaugurada em dezembro, em Assis Chateaubriand, no Paraná, e iniciar o abate de 3.250 animais por dia. O abate será gradativamente elevado até chegar ao limite da planta, em 2033, quando a Frimesa deve estar abatendo 15 mil suínos por dia somente naquela unidade industrial.

No entanto, o presidente usou parte de seu discurso para pedir mais celeridade na formalização de acordos comerciais mais vantajosos depois que o paraná conquistou o status de livre de febre aftosa sem vacinação, em maio de 2021. Passados mais de 15 meses, de acordo com Vanzella, as negociações ainda são muito lentas e o Paraná ainda não colheu nenhum fruto dessa conquista.

“Já faz mais de ano. O que aconteceu? Nada. Qual o país que passou a comprar do Paraná porque estamos livres de aftosa sem vacinação? Nenhum. Por que? Porque a burocracia desse país é uma loucura. É devagar demais”, disse, destacando a morosidade dos ministérios brasileiros em elaborar documentos para enviar a possíveis compradores, como o Japão. “Vai acontecer? Vai, um dia vai”, completou com indignação.

Vanzella frisou ainda que o produtor, muitas vezes, acha que o novo status sanitário vai impulsionar rapidamente o mercado de suínos do Paraná, mas “não é bem assim”, frisou, reforçando sobre a morosidade dos trâmites para o comércio internacional com o novo status selando a qualidade da carne paranaense.

O Dia do Suinocultor O Presente Rural/Frimesa reuniu cerca de 200 produtores e outros profissionais do setor, em 21 de julho, em Marechal Cândido Rondon (PR). O evento também foi acompanhado on-line e pode ser acessado on demand no canal do O Presente Rural no YouTube.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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