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Suínos / Peixes SBSS

14º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura encerra com recorde de público

Promovido pelo Nucleovet, evento teve mais de 2.300 congressistas e participantes dos eventos paralelos, além de mais de 28 mil visualizações no site durante a transmissão online ao vivo.

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SBSS é promovido anualmente pelo Nucleovet.- Fotos: Ass. do Nucleovet

SBSS trouxe renomados profissionais para debater gestão de pessoas, biosseguridade, gestão de informação, sanidade, nutrição e reprodução na suinocultura.

Referência em toda a América Latina, o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), encerrou sua 14ª edição na quinta-feira (18). Palco de relevantes debates no setor, o evento contou com uma programação de três dias e reuniu no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), mais de 2.300 congressistas e participantes da 13ª Brasil Sul Pig Fair e dos eventos paralelos. O SBSS teve transmissão online em tempo real pelo site do Nucleovet, somando 28.365 visualizações, e foi acessado em mais de 40 países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Portugal, Argentina, Colômbia, México, Peru, Países Baixos, Finlândia, Chile, Irlanda, Áustria e Suécia.

Presidente do Nucleovet, Lucas Piroca

O presidente do Nucleovet, Lucas Piroca, afirmou que o evento foi um sucesso e atingiu os objetivos almejados. “Tivemos palestras fantásticas e excelentes feedbacks do público em relação a toda programação do Simpósio. O SBSS hoje é o maior evento da suinocultura da América Latina e temos orgulho, enquanto Nucleovet, de poder mediar esse encontro entre grandes nomes do setor, importantes empresas e o público que vem até aqui adquirir conhecimento. Que no próximo ano possamos reunir ainda mais pessoas nesse mesmo propósito, pois são elas que fazem a diferença e tornam tudo isso possível”, salientou.

 

PROGRAMAÇÃO

Presidente da Comissão Científica, Paulo Bennemann.

Na programação, o SBSS trouxe renomados profissionais para debater gestão de pessoas, biosseguridade, gestão de informação, sanidade, nutrição e reprodução na suinocultura. Dentro desses painéis, os especialistas abordaram estratégias de capacitação de equipes, desafios sanitários, programas de limpeza e desinfecção, tomada de decisão baseada em dados, peste suína africana, doenças respiratórias, resistência bacteriana, saúde intestinal, imunonutrição e perdas reprodutivas.

Na avaliação do presidente da Comissão Científica do SBSS, Paulo Bennemann, a 14ª edição surpreendeu tanto em número de pessoas quanto no nível de participação do público. “Trouxemos uma programação de qualidade, com palestrantes conceituados, sempre mantendo a preocupação em proporcionar o debate de temas atuais que tenham aplicabilidade prática e possam ser levados diretamente para o campo. Esse é o grande diferencial do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura em relação aos outros eventos”, ressaltou.

Brasil Sul Pig Fair

Paralelamente ao SBSS foi realizada a 13ª Brasil Sul Pig Fair, que reuniu mais de 50 expositores de aditivos, biosseguridade, diagnóstico, equipamentos, genética, nutrição, vacinas, tecnologia, entre outros. A feira proporcionou um espaço presencial e virtual, onde as empresas apresentaram novidades, seus produtos e serviços, permitindo a construção de networking e o aprimoramento técnico dos congressistas.

Novidades

Granja do Futuro foi uma novidade do 14º SBSS.

Outro espaço de destaque foi a Granja do Futuro, onde as empresas MSD, Boehringer Ingelheim, STA, PEC Smart, Inobram, American Nutrients, BioAromas, Roboagro, ALD e Crystal Springs montaram uma granja modelo, apresentando ao público equipamentos tecnológicos e inovadores para a produção de suínos. A Rafitec Propex foi a responsável pela montagem da estrutura de lona.

Nesta edição, o evento ainda trouxe um momento de confraternização e apresentações musicais no coquetel de abertura, com o Oinc Music Brasil Sul. O SBSS e seus parceiros também divulgaram a campanha do selo Coma Mais Carne Suína, para incentivar o consumo dessa proteína.

 

Doação

A cada Simpósio que promove, o Nucleovet doa parte do valor das inscrições pagas para entidades locais. Nesta edição do SBSS, as entidades contempladas foram o Hospital Regional do Oeste (HRO) e a Associação de Voluntários do HRO (AVHRO). Na solenidade de abertura, o presidente do Nucleovet entregou um cheque simbólico à presidente da AVHRO, Édia Lago, e à voluntária Odila Moretto Folle, que representaram as duas instituições beneficiadas.

Apoio

O 14º SBSS teve apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV/SC), da Embrapa Suínos e Aves, da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Programação em vídeo disponível

A programação desses três dias de evento ficará disponível no site do Nucleovet: www.nucleovet.com.br por 30 dias. A palestra de abertura, por motivos contratuais, ficará acessível por sete dias.

 

Fonte: Ascom Nucleovet

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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