Bovinos / Grãos / Máquinas
11º SBSBL traz temas relevantes e atuais na produção de leite
Evento vai debater saúde, produção, fertilidade, gestão, sucessão familiar e produção de volumosos no período de 08 a 10 de novembro, exclusivamente no formato presencial, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

O Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) realiza o 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) e a 6ª Brasil Sul Milk Fair no período de 08 a 10 de novembro deste ano. O evento acontecerá exclusivamente no formato presencial, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), e reunirá especialistas que debaterão tendências, inovações e o futuro do setor.
O SBSBL será palco do compartilhamento de conhecimento e tecnologias importantes para a produção. A programação científica desta edição apresentará palestrantes altamente qualificados e abrirá espaço para amplo debate. Entre os temas que serão abordados, estão saúde, produção, fertilidade, produção de volumosos, gestão e sucessão familiar. O presidente da comissão científica, Airton Vanderlinde, frisa que os conteúdos acompanham a evolução do setor e as novas perspectivas do mercado. “O sucesso do evento tem sido baseado em uma abordagem pragmática de assuntos do dia a dia e que possam agregar conhecimento técnico e aplicação prática”, realça.
A qualidade do evento é destacada pelo presidente do Nucleovet, Lucas Piroca. “Evoluímos a cada edição. Após promover a edição 100% online no ano passado devido a pandemia de covid-19, neste ano retomamos e evento presencial, garantindo conteúdo técnico e científico com também muito networking”.
A 6ª Brasil Sul Milk Fair reunirá dezenas de empresas de produtos e serviços, como aditivos, equipamentos, genética, nutrição, vacinas, sanidade, tecnologia, entre outros. A feira permitirá a construção de networking e o aprimoramento técnico dos congressistas.
Pré-evento
A programação do SBSBL inicia no dia 08 de novembro, com um pré-evento: o 1° Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte. A abertura será às 09 horas, seguida de quatro palestras: “Cenário de mercado e perspectivas futuras da carne bovina”, “A pecuária de corte catarinense e sua realidade produtiva”, “Como melhorar a eficiência reprodutiva nos sistemas de cria” e “Beef on Dairy: IA de corte em vacas leiteiras – uma nova perspectiva de renda para a pecuária”.
Programação
A programação científica do 11º SBSBL iniciará às 14 horas do dia 08 de novembro, com painel sobre gestão e sucessão familiar. A cerimônia de abertura oficial ocorrerá às 17h45, seguida da palestra magna sobre “A inter-relação entre o mercado de nutrição e as cadeias produtivas de proteína animal”, com Ariovaldo Zani. No segundo dia, as palestras iniciarão às 08 horas com painel sobre produção eficiente de volumosos, além de outros temas de alta relevância técnica. No terceiro e último dia do Simpósio, haverá um painel sobre saúde e fertilidade de vacas.
Inscrições
As inscrições estão no segundo lote, que segue até o dia 31 de outubro, com os valores: R$ 440 para profissionais e R$ 360 para estudantes. O último lote estará disponível a partir do dia 1º de novembro: R$ 500 para profissionais e R$ 440 para estudantes. Para o pré-evento – 1º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte – os valores são de R$ 150 até o dia 31 de outubro e R$ 200 a partir de 1º de novembro. Quem fizer inscrição no Simpósio têm acesso gratuito ao Fórum.
Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSBL serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias e órgãos públicos, além de grupos de universidades, têm condições diferenciadas. O acesso para a 6ª Brasil Sul Milk Fair é gratuito.
As inscrições podem ser feitas no site www.nucleovet.com.br.
Apoio
O 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).
Programação do 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite
08 de novembro
Pré-evento: 1º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
09h às 09h10: Abertura do 1º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
09h10 às 09h55: Cenário de mercado e perspectivas futuras da carne bovina
Palestrante: Ivan Borba Formigoni
09h55 às 10h40: A pecuária de corte catarinense e sua realidade produtiva
Palestrante: Diego Cucco
10h40 às 11h: Coffee break
11h às 11h45: Como melhorar a eficiência reprodutiva nos sistemas de cria
Palestrante: Rodrigo Goulart
11h45 às 12h30: Beef on Dairy: IA de corte em vacas leiteiras – uma nova perspectiva de renda para a pecuária
Palestrante: Pedro Veiga
14h às 14h10: Abertura do 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite
14h10 às 17h30: Painel – Gestão e sucessão familiar
14h10 às 15h: Cenário atual das propriedades leiteiras do sul do Brasil: para onde vamos…
Palestrante: Fernando da Silveira
15h às 15h50: Boas práticas de sucesso na gestão da propriedade leiteira: o que as melhores fazendas estão fazendo
Palestrante: Celso Furtado Júnior
15h50 às 16h20: Milk Break
16h20 às 17h10: Como preparar com eficiência a sucessão familiar
Palestrante: Manuela Sallis
17h10 às 17h30: Debate com os painelistas.
17h45 às 18h15: Abertura oficial do 11º SBSBL
18h15 às 19h30: Palestra de abertura: A inter-relação entre o mercado de nutrição e as cadeias produtivas de proteína animal
Palestrante: Ariovaldo Zani
19h30: Coquetel de abertura e visitação à 6ª Brasil Sul Milk Fair
09 de novembro
08h às 12h30: Painel – Produção eficiente de volumosos
08h às 08h50: Do plantio a colheita: aspectos agronômicos importantes para obtenção de silagem de milho de alta qualidade
Palestrante: Mikael Neumann
08h50 às 09h40: Confecção e uso da silagem de milho: estratégias para reduzir perdas, melhorar o aproveitamento e potencializar o desempenho animal
Palestrante: João Daniel
09h40 às 10h: Debate com painelistas
10h às 10h30: Milk Break
10h30 às 11h20: Pré-secado: importância da fibra e estratégias para redução do custo de produção
Palestrante: Igor Quirrenbach de Carvalho
11h20 às 12h10: O manejo do pastejo para produção animal intensiva em ambientes pastoris
Palestrante: André Sbrissia
12h10 às 12h30: Debate com painelistas
12h30 às 14h00: Almoço
14h às 14h50: Principais doenças negligenciadas na bovinocultura leiteira: fatos e obstáculos
Palestrante: Álvaro Menin
14h50 às 15h40: Manutenção do equipamento de ordenha e seus impactos na saúde da glândula mamária e na qualidade do leite
Palestrante: Rafael Ortega
15h40 às 16h10: Milk Break
16h10 às 17h: Por que investir em alta tecnologia na criação de gado jovem
Palestrante: Airton Vanderlinde
17h às 17h50: Produção sustentável de leite: alternativas e desafios para o balanço zero de carbono
Palestrante: Patrícia Perondi Anchão Oliveira
19h: Happy Hour e visita à 6ª Brasil Sul Milk Fair
10 de novembro
08h às 12h: Painel Transição: maximizando saúde, produção e fertilidade
08h às 08h45: Gerenciando inflamação e lipólise na transição: parte I
Palestrante: Andres Contreras
08h45 às 09h30: O ciclo da alta fertilidade e suas interações: parte I
Palestrante: Richard Pursley
09h30 às 10h15: Gerenciando inflamação e lipólise na transição: parte II
Palestrante: Andres Contreras
10h15 às 10h45: Milk Break
10h45 às 11h30: O ciclo da alta fertilidade e suas interações: parte II
Palestrante: Richard Pursley
11h30 às 12h: Debate com painelistas
12h às 12h30: Encerramento e sorteio de brindes

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Retirada da sobretaxa pelos EUA devolve competitividade à carne brasileira
Decisão tem efeito retroativo, pode gerar restituição de valores e reorganiza o fluxo comercial após meses de retração no agronegócio.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou grande satisfação com a decisão dos Governo dos Estados Unidos de revogar a sobretaxa de 40% imposta sobre a carne bovina brasileira. Para a entidade, a medida representa um reforço da estabilidade do comércio internacional e a manutenção de condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para o Brasil.

Foto: Shutterstock
A sobretaxa de 40% havia sido imposta em agosto como parte de um conjunto de barreiras comerciais aos produtos brasileiros, afetando fortemente o agronegócio, carne bovina, café, frutas e outros itens. A revogação da tarifa foi anunciada pelo presidente Donald Trump por meio de uma ordem executiva, com vigência retroativa a 13 de novembro. A medida também contempla potencial restituição de tarifas já pagas.
De acordo com veículos internacionais, a retirada da sobretaxa faz parte de um esforço para aliviar a pressão sobre os preços de alimentos nos EUA, que haviam subido em função da escassez de oferta e dos custos elevados, e reduzir tensões diplomáticas.
Reação da ABIEC
Na nota divulgada à imprensa na última semana, a ABIEC destacou que a revogação das tarifas demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, resultando num desfecho construtivo e positivo.
A entidade também afirmou que seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.
Comércio exterior
A retirada da sobretaxa tem impacto direto sobre exportadores brasileiros e o agronegócio como um todo. Segundo dados anteriores à

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aplicação do tarifaço, os EUA representavam o segundo maior destino da carne bovina do Brasil, atrás apenas da China.
O recente bloqueio causava retração nas exportações para os EUA e aumentava a pressão para que produtores e frigoríficos redirecionassem vendas para outros mercados internacionais. Com a revogação da sobretaxa, abre uma nova perspectiva de retomada de volume exportado, o que pode fortalecer as receitas do setor e ajudar a recompor a fatia brasileira no mercado americano.
Próximos desafios
Apesar da revogação das tarifaço, a ABIEC e operadores do setor devem seguir atentos a outros desafios do comércio internacional: flutuações de demanda, concorrência com outros países exportadores, exigências sanitárias, regime de cotas dos EUA e eventual volatilidade cambial.
Para a ABIEC, o caso também reforça a importância do protagonismo diplomático e da cooperação institucional, tanto para garantir o acesso a mercados como para garantir previsibilidade para os exportadores brasileiros.
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Abates de bovinos disparam e pressionam preços no mercado interno
Alta oferta limita valorização do boi gordo, apesar de exportações recordes e forte demanda internacional.
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Regeneração de pastagens e sistemas integrados ganham protagonismo na pecuária brasileira
Especialistas destacam que eficiência produtiva, solo saudável e adoção de ILPF são caminhos centrais para uma pecuária sustentável e de baixo carbono.

A regeneração de pastagens degradadas e a adoção de sistemas integrados de produção devem ocupar o centro da estratégia da pecuária brasileira para os próximos anos. Essa visão foi defendida por Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS, durante sua participação no VEJA Fórum de Agronegócio, realizado nesta segunda-feira (24), em São Paulo.
Ao participar do painel “Agricultura Sustentável: como produzir sem desmatar”, o executivo ressaltou que a eficiência produtiva e a sustentabilidade caminham juntas para garantir a perenidade do negócio. Com atuação em 20 países e relacionamento diário com centenas de milhares de produtores, a JBS enxerga a saúde da cadeia de fornecimento como prioridade. “A produção pecuária e agrícola precisa prosperar por muitos anos, não apenas por alguns. Se os produtores não forem bem, toda a cadeia não irá bem”, explicou.
Dias também analisou a mudança de paradigma no setor: se antes o foco estava exclusivamente no volume de produção, hoje a degradação e a queda de produtividade, especialmente em áreas de abertura mais antigas, impulsionaram uma nova mentalidade voltada à longevidade e à qualidade do solo.
Segundo Dias, essa agenda regenerativa é um imperativo de gestão, focada na melhoria contínua do ativo ambiental. “É fundamental garantir que a fazenda seja mantida em condições de produtividade superior a cada ano, demonstrando que a exploração pecuária de longo prazo é totalmente sustentável”, afirmou.
O executivo reforçou a singularidade do modelo brasileiro, capaz de acomodar duas ou três safras na mesma área. Nesse contexto, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) surge como ferramenta vital. A presença animal no sistema não apenas diversifica a renda, mas eleva a biologia do solo e sua capacidade de estocagem de carbono. “Colocar animais numa área aumenta a vida do local, eleva a qualidade da terra e mantém o solo coberto durante todo o ano”, explicou Dias. De acordo com o executivo, a eficiência gerada pela ILPF, somada à redução da idade de abate dos animais, resulta em menor pressão por desmatamento e queda nas emissões entéricas, pavimentando o caminho para uma pecuária brasileira de baixo carbono.
Para acelerar a adoção dessas tecnologias e fortalecer a formalização da cadeia, a JBS estruturou um ecossistema robusto de difusão de conhecimento, assistência técnica e gerencial. O objetivo é empoderar o produtor para a tomada de decisões embasadas. “Construímos um ecossistema que difunde conhecimento e apoio aos produtores”, reforçou Dias.
Essa estratégia, operacionalizada por meio do programa Escritórios Verdes, criado em 2021, e que que oferecem assistência técnica, ambiental e gerencial gratuita, tem gerado impacto mensurável: desde então, já foram mais de 20.000 produtores apoiados, reinseridos na cadeia produtiva legal e sustentável.
O líder de Pecuária Sustentável da JBS concluiu que o potencial do Brasil em ter uma pecuária baixa em carbono é evidente, dada a capacidade de armazenagem do solo tropical e a redução da idade de abate dos animais. “Ao aumentar a produção por área, a JBS enxerga um futuro brilhante para a pecuária brasileira, onde a sustentabilidade se torna o novo padrão de eficiência e inclusão produtiva”, pontuou.





