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Suínos

10 passos para garantir aplicação segura e eficaz da medicação em suínos

A principal causa do aparecimento da resistência na cadeia produtiva é o uso de forma indiscriminada dos antimicrobianos.

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A identificação e tratamento de doenças em suínos é um dos maiores desafios enfrentados pelos produtores. A resistência aos antimicrobianos, em particular, tem se mostrado uma barreira para a eficácia dos tratamentos.

Médica-veterinária e presidente da Abraves-PR, Luciana Diniz da Silveira: “O tempo de tratamento e o diagnóstico preciso são fundamentais para o sucesso da produção em larga escala” – Foto: Sandro Mesquita/OP Rural

A importância da gestão correta e criteriosa dos antimicrobianos e do aprimoramento contínuo dos sistemas de registro e monitoramento na suinocultura foram tratados pela médica-veterinária e presidente da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos – Regional Paraná (Abraves-PR), Luciana Diniz da Silveira, durante o Congresso de Suinocultores e Avicultores O Presente Rural, realizado em meados de junho em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.

Conforme a profissional, a principal causa do aparecimento da resistência na cadeia produtiva é o uso de forma indiscriminada dos antimicrobianos. “Medicação não efetiva é a resistência a antimicrobianos. E a pressão seletiva das bactérias resistentes dentro do sistema de produção surge da combinação do uso excessivo, incorreto ou subdosagem de medicamentos”, explicou.

A médica-veterinária chamou atenção dos produtores sobre a importância de fazer uma gestão eficaz da granja, com anotações periódicas sobre os animais. “Precisamos melhorar as nossas anotações. Hoje temos sistemas como S2 e S4, que fazem todo o gerenciamento animal. Quando o técnico vai até a propriedade e pede para visualizar o S4 sobre a mortalidade, já é um norte para ele no que está sinalizando quanto à doença, seja ela respiratória, entérica ou por encefalite. Então, precisamos cada vez mais melhorar os nossos processos em termos de anotações, para que o técnico possa trabalhar com precisão nos diagnósticos”, enfatizou Luciana.

A escolha do antimicrobianos

A escolha dos antimicrobianos (ATM) é um processo que deve ser feito com cautela, respeitando alguns pontos importantes, entre os quais considerar a sensibilidade do agente ao princípio ativo, utilizando o antibiograma para identificar a sensibilidade do agente patogênico; seguir rigorosamente a dosagem recomendada na bula do medicamento, assegurando que o tratamento tenha a duração correta; respeitar os intervalos recomendados entre as doses, sejam de 12, 24 ou 48 horas, é essencial para a eficácia do tratamento; evitar subdosagem ou superdosagem, uma vez que administrar a dose exata ajuda a prevenir resistência e toxicidade; e  observar o período de carência nos terminadores, que é o tempo necessário antes do abate dos animais tratados, afim de evitar resíduos medicamentosos na carne.

A presidente da Abraves-PR afirma que a ampla variedade de medicamentos disponíveis, combinada com o crescente problema da resistência aos antibióticos, torna cada vez mais difícil para os técnicos definir o tratamento mais adequado.

Vias de administração de medicação

Existem várias vias de administração de medicamentos em suínos, cada uma com suas particularidades e vantagens. A administração oral pode ser feita através do alimento, da água (usando dosadores ou bebedouros) ou diretamente na boca do animal. A via injetável inclui injeções intramusculares (IM), subcutâneas (SC) e intradérmicas (ID). Já a via tópica é aplicada diretamente sobre a pele, seja por spray, nebulização ou pomada.

Luciana ressalta que a medicação injetável é segura, eficiente e proporciona rápida absorção e resultados, sendo ideal para tratamentos individuais e casos específicos. “A medicação injetável é recomendada em situações específicas, como quando há um número reduzido de animais afetados. É ideal para casos em que os animais doentes têm dificuldade de acesso à água ou à ração, como em situações na maternidade. Além disso, é indicada para tratamentos preventivos e quando se precisa garantir a dose exata de medicamento”, salienta.

A administração via água também é tida como segura, mas sua eficiência depende da ingestão de água pelos animais, bem como da instalação e qualidade da água utilizada, sendo adequada para tratamentos em massa.

E a administração via ração é considerada segura e não depende de instalações específicas, sendo eficiente de acordo com a ingestão alimentar dos animais. “Essa é a via mais comum na suinocultura, especialmente para tratamentos em massa”, aponta.

Passos recomendados para a aplicação de medicação em suínos

A presidente da Abraves-PR recomenda seguir 10 passos para garantir a correta aplicação de medicação em suínos, confira:

1º Passo – Inspecionar os animais

Realize inspeções duas vezes ao dia para verificar o arraçoamento e a limpeza das instalações. Utilize um bastão marcador de cera para identificar os animais. Fique atento aos principais sinais clínicos, como falta de apetite, animais que não se levantam para comer, movimentos de pedalagem, tosse com ou sem catarro, batedeira, aumento das articulações e fezes líquidas.

2º Passo – Identificar a medicação

Após a aplicação, marque os animais doentes com um bastão marcador de cera para garantir a padronização e o controle dos tratamentos.

3º Passo – Definir os medicamentos e suas dosagens

Consulte a tabela de uso de medicamentos ou as orientações do técnico para definir a dosagem adequada. Atenção aos detalhes: dosagem, frequência, via de aplicação e período de carência.

4º Passo – Conter os animais e aplicar o medicamento

Realize a contenção dos animais com calma para evitar lesões e estresse. Aplique o medicamento no local recomendado e registre todas as informações na planilha de controle, incluindo o número de animais medicados, data de início e término da aplicação, produto utilizado e período final da carência.

5º Passo – Mistura de medicamentos

Nunca misture diferentes medicamentos na mesma seringa. Cada medicamento deve ser administrado separadamente para evitar interações indesejadas.

6º Passo – Armazenar medicamentos e prazo de validade

Armazene os medicamentos em um armário fechado, em um local fresco e seco na granja. Mantenha apenas os medicamentos necessários para a atividade e verifique sempre o prazo de validade.

7º Passo – Higienizar agulhas e seringas

Após o uso, lave as agulhas e seringas com água e ferva as agulhas limpas por 10 minutos antes de armazená-las. Nunca guarde seringas com agulhas acopladas. Armazene as seringas secas em uma caixa plástica ou vidro com tampa, e coloque as agulhas em um frasco com tampa. Utilize pelo menos dois frascos: um para agulhas limpas e outro para agulhas usadas. Descarte agulhas tortas ou com ponta romba em local adequado.

8º Passo – Comunicar quebra de agulhas

Evite usar agulhas tortas ou com ponta romba. Caso uma agulha quebre, identifique imediatamente o local com um ‘x’ no lombo do animal e um círculo no local onde a agulha ficou alojada. Informe o técnico, identifique o animal com um brinco e providencie o seu abate separado, avisando o motorista.

9º Passo – Medicação via água

A medicação via água deve ser feita conforme a recomendação técnica e só nas propriedades com caixa específica ou dosador. Siga a dose recomendada, e os períodos de início e término do tratamento, bem como o período de carência. Limpe a caixa d’água e o dosador antes e após a medicação.

Luciana destaca os pontos críticos da medicação via água, que incluem solubilidade, uma vez que alguns antibióticos têm baixa solubilidade e são afetados pelo pH da água; integridade e limpeza do sistema de água, observando aspectos como a produção e descolamento do biofilme, sedimentação do produto, entupimento, vazamentos e vazão; estabilidade do princípio ativo também deve ser considerada, uma vez que alguns princípios ativos podem se degradar facilmente em meios ácidos ou básicos; portanto, é essencial respeitar as horas indicadas pelo fabricante. Além disso, a palatabilidade é um aspecto importante, já que suínos têm uma percepção gustativa aguçada e podem não consumir água medicada se ela tiver um gosto amargo, o que pode levar a uma subdosagem. “Para garantir uma hidratação adequada, a vazão ideal dos bebedouros deve ser de dois litros por minuto, com um bebedouro disponível para cada 10 leitões. É fundamental assegurar que a água fornecida seja de boa qualidade”, reforça a médica-veterinária.

10º Passo – Baia enfermaria/UTI

Respeite a lotação da baia enfermaria, utilizando leitoeiro (cortina sobre a baia) para manter os leitões uniformizados conforme o problema sanitário. Se houver mais de uma baia enfermaria, mantenha-as sempre limpas e secas.

Identificação rápida

Luciana destaca a importância da identificação precoce de doenças e enfatiza a necessidade de uma tomada de decisão ágil da cadeia produtiva na detecção de possíveis doenças no rebanho. “O tempo de tratamento e o diagnóstico preciso são fundamentais para o sucesso da produção em larga escala”, afirma.

Ela também observa que as perdas decorrentes do descarte de partes acometidas e condenações de carcaças afetam todos os elos da cadeia e reforça a necessidade de constância e rigor nos procedimentos para minimizar tais perdas.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na suinocultura acesse a versão digital de Suínos clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Depois de quatro meses de alta, preço do suíno vivo estabiliza

Depois de mais de 20% de aumento no preço do suíno vivo, tanto na Bolsa de Belo Horizonte/MG, quanto nas principais praças de comercialização do Brasil, atingiu-se o maior patamar do ano em meados de agosto, se mantendo relativamente estável desde então.

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Desde que as cotações do suíno começaram a subir de forma consistente, em maio deste ano, o setor se perguntava qual seria o teto. Depois de mais de 20% de aumento no preço do suíno vivo, tanto na Bolsa de Belo Horizonte/MG (Tabela 1), quanto nas principais praças de comercialização do Brasil (Gráfico 1), atingiu-se o maior patamar do ano em meados de agosto, se mantendo relativamente estável desde então.

Tabela 1 – Preço da Bolsa de suínos Belo Horizonte (BSEMG) em cada semana do ano de 2024 (R$/kg vivo). Na legenda (cores) é possível verificar o destaque para alguns movimentos relevantes do mercado de suíno vivo. Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados da BSEMG.

 

Gráfico 1 – Indicador suíno vivo Cepea/Esalq (R$/kg) em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos último 60 dias úteis, até dia 13 de setembro (cotação indicada no gráfico) – Fonte: Cepea

A cotação da carcaça suína na Grande São Paulo, ultrapassou a marca dos R$ 13,00 em setembro (Gráfico 2), algo que só ocorreu em novembro de 2020 (Gráfico 3).

Gráfico 2 – Preço médio mensal da carcaça suína especial em São Paulo (R$/kg) nos último 2 anos, até dia 13/09/2024 (cotação indicada no gráfico). Fonte: Cepea

 

Gráfico 3 – Preço médio mensal da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) de 2020 até agosto de 2024. Fonte: Cepea/Esalq/USP

Certamente, uma das explicações para o preço do suíno atingir este teto momentâneo é a competitividade em relação às outras proteínas, com o preço da carcaça suína se aproximando da bovina e se afastando da de frango (Tabela 2). Na referida tabela observa-se que a menor competitividade em preço no ano foi atingida em agosto e nas primeiras semanas de setembro.

Tabela  -. Spread em porcento (R$/kg de carcaça) do boi em relação ao suíno, e do suíno em relação ao frango resfriado em São Paulo em 2021, 2022, 2023 e de janeiro a setembro de 2024 e no dia 13/09/24. Dados de setembro/24 até dia 13/09. – Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados do Cepea.

O IBGE publicou em 05 de setembro os dados completos de abate do segundo trimestre de 2024, reforçando, no acumulado do 1° semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, a estabilidade na produção e disponibilidade interna das carnes de frango e suína e destacando a alta oferta de carne bovina (Tabela 3).

Na referida tabela a projeção de consumo per capita nos primeiros 6 meses do ano representa um aumento de 6,5% no consumo somado das três carnes, sendo quase praticamente todo este incremento se deve somente à carne bovina. Ou seja, o brasileiro está comendo 6 kg a mais de carne bovina no ano, sem diminuir o consumo das demais carnes.

Tabela 3 – Produção brasileira, exportação e disponibilidade interna mensais (em toneladas) das três carnes no primeiro semestre de 2023 e 2024. Volumes de exportação líquidos (descontados volumes importados). Consumo per capita ano projetado p/2024 sobre a mesma população do ano passado. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE e Secex.

Analisando exclusivamente o mercado de carne suína, se por um lado houve estabilização da produção, com crescimento insignificante do abate no 1° semestre em relação ao mesmo período do ano passado e retração em relação ao segundo semestre de 2023 (Tabela 4 e 5), as exportações no acumulado do ano, até agosto/24, continuam superando os volumes do ano passado (Tabela 6), com quase 5% a mais de embarques de carne suína in natura, sendo que, pela primeira vez na história, dois meses consecutivos (julho e agosto/24) ultrapassaram a marca de 100 mil toneladas de carne in natura exportadas.

Tabela 4 – Abate semestral de 2015 e 2024 em cabeças e em toneladas de carcaças de suínos e evolução percentual em relação ao semestre anterior e o mesmo semestre do ano anterior. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

Tabela 5  – Abate do 1°  semestre de 2024 e 2023 por estado, em cabeças e toneladas de carcaças e diferença entre um período e outro. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

 

Tabela 6 – Volumes exportados de carne suína brasileira in natura (em toneladas), mês a mês, em 2021, 2022, 2023 e 2024 e comparativo percentual de 2024 (de janeiro a agosto) com o mesmo período do ano passado. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

O mercado chinês e Hong Kong continuam em retração, enquanto Filipinas, Chile, Singapura, Japão, México e Coreia do Sul mais que compensam esta queda (Tabelas 7 e 8), seguindo o tão esperado processo de pulverização das exportações.

Tabela 7 – Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada entre janeiro e agosto de 2024, comparado com o mesmo período de 2023, com valor em dólar (FOB). Ordem dos países estabelecida sobre volumes de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Tabela 8 – Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada em agosto de 2024, com valor em dólar (FOB). Elaborado por Iuri P. Machado com dados da Secex

A pergunta do momento é: “será que o último trimestre apresentará um novo patamar de preço, acima do que estamos vendo neste 3° trimestre?”

Ainda é cedo para responder a esta pergunta de forma categórica, mas, se analisarmos o histórico dos últimos 9 anos (gráfico 4), sempre o preço médio do suíno no 4° trimestre supera o preço médio do terceiro trimestre.

Gráfico 4 – Preço em R$/kg de carcaça suína especial na Grande São Paulo, média trimestral, de 2015 até 2024, sem correção inflacionária. No gráfico está marcado (em pontilhado vermelho) o crescimento do preço do quarto trimestre em relação ao terceiro, em todos os anos. *média do terceiro trimestre de 2024 até o dia 13*09*2024. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do Cepea.

Resta saber se os demais fatores contribuirão para que esta alta se repita no final de 2024. Exportações de carne suína em bom ritmo e carcaça bovina em alta (melhorando a competitividade da carne suína) são favoráveis à concretização deste novo ciclo de elevação de preço no fim de ano, mas é a relação oferta e procura da carne suína o maior determinante.

Como não se espera crescimento expressivo da produção de suínos nos próximos meses e o mercado consumidor doméstico, com desemprego em baixa e a entrada do 13° salário, deve manter o viés de alta, especialmente nos meses de novembro e dezembro.

Milho sobe após a colheita, mas relação de troca está muito favorável ao suinocultor

O custo dos principais insumos, principalmente o milho (Gráfico 5), cuja segunda safra se encerrou, teve alta nas últimas semanas, mas não na mesma intensidade da alta do preço do suíno.

Da mesma forma, o farelo de soja tem se mantido estável. Este comportamento do mercado resultou em um momento de melhor relação de troca do suíno com o mix de milho e farelo de soja (Gráfico 6).

Gráfico 5 – Preço do milho (R$/SC 60kg) em Campitas(SP), nos últimos 24 meses, até dia 13/09/24. Fonte: Cepea.

 

Gráfico 6 – Relação de troca suíno : mix milho + farelo de soja (R$/kg) em São Paulo, de julho/21 a set/24.
Composição do mix: para cada quilograma de mix são 740g de milho e 260g de farelo de soja por quilograma de mix – *média de setembro/24 até dia 13/09. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do Cepea – preços estado de São Paulo.

Segundo o levantamento mensal de custos da Embrapa, cruzando com dados de preço do suíno do Cepea (Tabela 9), o mês de agosto foi o melhor dos últimos anos em termos de margens financeiras para o produtor nos três estados do Sul.

Tabela 9 – Custos totais (ciclo completo), preço de venda e lucro/prejuízo estimados nos três estados do Sul (R$/kg suíno vivo vendido), em 2023 e de janeiro a agosto de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado com dados: Embrapa (custos) e Cepea (preço).

Ainda é cedo para projetar a safra 2024/25. O plantio do milho 1ª safra (verão) já foi iniciado nos estados ao Sul. Segundo a consultoria MBagro, por enquanto há pouca informação disponível. O plantio da soja, embora já autorizado para início de setembro, avança a partir de meados do mês.

O clima mostra precipitações no Brasil restritas aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, mas com baixos acumulados. No restante do país o tempo seco e com temperaturas acima da média prevalece, mas está dentro do calendário normal. Segundo a mesma consultoria até o momento não há comprometimento da safra verão ou perspectiva de que o plantio da segunda safra fique fora da janela ideal.

De acordo com o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, com o mercado externo e doméstico aquecidos, a suinocultura brasileira consolida margens positivas e se prepara para o período historicamente mais favorável, o último trimestre do ano. “Todas as atenções ficam por conta do plantio da safra 2024/25 que, conforme o clima pode colocar pressão sobre os custos de produção”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCS
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Suínos

Elevação forte dos preços impulsiona resultados da suinocultura

Demanda de exportação segue vigorosa, com o setor caminhando para um novo recorde anual.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mês de agosto e a primeira quinzena de setembro foram de continuidade da escalada do preço do suíno, o que fortaleceu substancialmente o spread da atividade, para uma das maiores marcas históricas. A demanda de exportação segue vigorosa, com o setor caminhando para um novo recorde anual.

Os custos da suinocultura na média de agosto subiram 0,5%, para R$ 5,84/kg vivo, porém os preços foram muito além, 9,4% acima do mês anterior, o que fez com que o spread da suinocultura marcasse os 39%, patamar comparado ao bimestre ago-set/20, ocasião do pico relacionado à peste suína africana na China. E setembro aponta para um spread ainda mais elevado, o que ultrapassa um resultado de R$ 300/cabeça terminada, sendo que, há um ano, era de R$ 75/cab.

Custos, preços e spread da suinocultura (Região Sul e MG). Fonte: Embrapa, Cepea, Estimativas Itaú BBA
*valores no mercado spot

Além do ritmo de produção relativamente pequeno, as exportações têm surpreendido. Do lado da oferta, o aumento da produção de carne no primeiro semestre ficou em 0,3%, com o 1T 24 caindo 0,4% sobre o mesmo trimestre do ano anterior, mas voltando a crescer 1%no 2T 2024/23.

Já os envios ao exterior em agosto, continuaram acima de 100 mil toneladas in natura pelo segundo mês consecutivo, significando aumento de 6% sobre agosto de 2023, enquanto no acumulado dos oito meses a expansão foi de 4,8%. Além disso, os preços de exportação continuaram em elevação, acumulando alta de 7% nos últimos três meses. Com isso, o spread da exportação, também subiu um pouco mais.

O grande destaque entre os destinos externos segue sendo as Filipinas, com 78% de crescimento no acumulado anual, o equivalente a 51 mil toneladas a mais, pouco menos da metade da redução das compras chinesas. O país asiático enfrenta dificuldades com o controle da peste suína africana abrindo oportunidades aos exportadores brasileiros. Além disso, bons crescimentos também são observados para o Japão, Chile, Singapura e México.

Preços do suíno vivo no estado de São Paulo. Fonte: Cepea

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Suínos Campanha Bom de preço, bom de prato!

ABCS entrega mais praticidade, sabor e economia para o dia a dia dos brasileiros

Com cortes temperados e foco no Nordeste, a nova fase da campanha destaca os benefícios da carne suína, mantendo leveza, diversão e informações claras para o consumidor.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A campanha “Carne de Porco: Bom de preço, bom de prato”, lançada em 2021 pela ABCS através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), foi um marco na promoção da carne suína. Com uma abordagem inovadora, ajudou pequenos e médios açougues e varejistas a vender a proteína de forma simples e eficaz, especialmente em um período desafiador para o mercado.

Agora em 2024, a carne suína tem ganhado cada vez mais espaço no paladar e no dia a dia dos brasileiros. Esse crescimento vai além do fator econômico, evidenciando sua versatilidade e seus benefícios nutricionais, que são cada vez mais reconhecidos e valorizados. Nesta nova edição, a campanha evolui com uma nova oferta: cortes de carne suína temperados, prontos para cozinhar, oferecendo ainda mais praticidade para o consumidor!

Essa novidade demonstra o compromisso da cadeia de suínos em colocar as necessidades do consumidor no centro, facilitando o dia a dia das pessoas, proporcionando refeições rápidas e saborosas. A campanha também foca, pela segunda vez, na região Nordeste, mais especificamente nos estados da Bahia e do Ceará, áreas com grande potencial de crescimento no consumo de carne suína.

A nova fase da campanha mantém os elementos que trouxeram sucesso anteriormente, como leveza, diversão e informações claras, mas agora com uma estratégia ampliada. Nosso foco permanece em criar uma conexão entre os consumidores e os benefícios da carne suína, oferecendo novas experiências e sabores.

A estratégia consiste em fomentar as vendas de cortes populares e mais acessíveis, utilizando uma linguagem visual leve e informativa, com  5 posts estáticos, 4 carrosséis, 9 stories e 4 reels. Além de  7 cartazes e 2 precificadores para PDV. O material foi entregue a todas as Associações e Frigoríficos Contribuintes do FNDS no mês de setembro, para que possam trabalhar a campanha em seus respectivos estados e negócios.

Acompanhe as redes sociais da ABCS e dos nossos parceiros para saber mais sobre a execução da campanha, esse é o próximo passo para fortalecer ainda mais a presença da carne suína na mesa dos brasileiros!

Fonte: Assessoria ABCS
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