Suínos
Mato Grosso do Sul é o melhor destino do país para investimento em suinocultura
Afirmação é do superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, Rogério Beretta
O superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, Rogério Beretta, participou do 2º Seminário de Desenvolvimento da Suinocultura, que aconteceu no fim de abril, em Dourados, MS. Lá, deixou claro que o governo está incentivando a produção de suínos e aves das indústrias locais e players de outros estados, mostrando que esses dois segmentos foram os que mais cresceram nos últimos dez anos no setor de carnes. Entre os destaques, estão os programas Granja Plus e Leitão Vida, que ajudam a profissionalizar os profissionais e oferecem isenção de impostos.
“O governo de MS entende como prioritário o fomento à suinocultura. Hoje vemos que Mato Grosso do Sul é o melhor destino do país para investimento em suinocultura”, expôs. De acordo com Beretta, “o Estado, que é uma potência no agronegócio, está agregando valor ao que é produzido no campo por meio do fortalecimento do setor agroindustrial local, o que dá condições para que grandes players de outros estados se instalem em território sul-matogrossense”.
Ele conta os motivos pelos quais entende que é importante investir em suínos – e aves. “Somos o quarto maior produtor de milho. Terceiro lugar no ranking brasileiro de abate, quinto maior produtor de grãos, temos 67% de nossa área destinada à agropecuária. O Estado, conhecido como o melhor produtor de carnes do Brasil, que exporta cerca de US$ 800 milhões por ano, tem na suinocultura e na avicultura os segmentos de maior expansão nos últimos dez anos”, frisou. De acordo com o superintendente, em 2016 MS abateu 127 mil toneladas de suínos e 401 mil toneladas de aves. Ele ainda citou o crescimento da suinocultura nos últimos dez anos. O rebanho aumentou 30%, a produção aumentou 104% e os abates, 116%.
Leitão vida
O programa Leitão Vida é um dos incentivos a produtores e agroindústrias dado em MS. A partir do 12º leitão nascido, há isenção de impostos. Se a leitegada tiver 18 animais, por exemplo, seis estão livres de impostos. No entanto, ele é mais complexo e está sendo reorganizado, 24 anos depois de sua criação, para estar alinhado aos padrões zootécnicos e de sustentabilidade de hoje. “A reorganização do programa é para o bem da suinocultura, principalmente agregando sustentabilidade e bem-estar animal”, destacou Beretta.
O programa que dá incentivos fiscais estaduais e interestaduais classifica os produtores como básico, intermediário e avançado. O básico cumpre 11 critérios obrigatórios referentes a legislações ambiental, tributária, sanitária e trabalhista. O intermediário cumpre todos os critérios obrigatórios e ao menos seis dos sete critérios complementares, que dizem respeito a participação em associações, aplicação de tecnologias sustentáveis, como biodigestor, e aplicação de regras e conceitos de boas práticas na produção.
O avançado cumpre todos os itens obrigatórios, ao menos cinco itens complementares e cinco superiores. Os superiores incluem boas práticas e infraestrutura, como escritório na granja, local específico com biossegurança para animais mortos, entre outros. Os incentivos são por meritocracia. Ou seja, quanto mais profissional e quanto mais produzir, maiores são os incentivos. “As informações da propriedade são enviadas pelo responsável técnico das fazendas para o governo, que audita.
De acordo com o superintendente, o incentivo se faz necessário para ampliar a produção de leitões, pois, segundo ele, hoje o Estado precisa comprar de outros estados para atender a demanda das indústrias. “MS está importando 20% de leitão de outros estados para terminação”, destacou.
Granja Plus
Outro destaque no fomento aos setores de suínos e aves é o programa Granja Plus, lançado oficialmente durante as comemorações dos 25 anos da Asumas. Mato Grosso do Sul tem potencial para a expansão da suinocultura e avicultura no Brasil. A estimativa é de que a produção de aves, por exemplo, cresça 3% e a de suínos avance 10% neste ano. É nesse contexto que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS – Senar/MS disponibiliza ao produtor rural sul-mato-grossense o Granja Plus. A iniciativa, que está em fase de mobilização, promove a melhoria contínua das duas atividades no estado.
Durante o mês de julho, técnicos da instituição fizeram a apresentação do projeto nos municípios de Glória de Dourados, Jateí, Dourados, Itaporã, Caarapó e Sidrolândia. “O estado possui características favoráveis, como logística, envolvimento dos principais players do mercado brasileiro, produção agrícola, que é a base para a ração, bem como políticas públicas e opções de investimentos, fatores que viabilizam as atividades, além de atender à demanda desses setores”, explica a coordenadora da Unidade Técnica do Sistema Famasul, Mariana Urt.
Com a consultoria do programa, que terá duração de 18 meses, os produtores recebem orientação para adequação das propriedades, seguindo exigências legais nas áreas trabalhista, ambiental, segurança no trabalho, construções rurais, gestão da propriedade e capacitação da mão de obra, além de incentivo ao associativismo e cooperativismo e biosseguridade.
Atualmente, as cadeias reúnem 770 produtores associados em suas respectivas entidades de classe, a Associação Sul Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas) e Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul (Avimasul). Para participar do programa, basta o produtor procurar o sindicato rural do seu município.
Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2018 ou online.
Fonte: O Presente Rural

Suínos
Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre
Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.
No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.
Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.
Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.
Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.
Suínos
Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro
Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.
Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.
Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton
De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.
A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.
Impacto social e ambiental
Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.
A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.
O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.
Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.
O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.
Futuro sustentável
Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”
Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”
O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.
Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.
Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
