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Suínos / Peixes

“Herdeiro da Suinocultura Pobre”

Ao longo dos anos, a atividade mantém milhares de famílias no campo, gerando riquezas, empregos e renda

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* Cesar da Luz

 

Uma música bem conhecida na região Sul ilustra a crise na suinocultura e faz refletir sobre os novos riscos à atividade. “Herdeiro da Pampa Pobre”, do ‘Engenheiros do Hawai’, questiona “que pampa é essa que eu recebo agora, com a missão de cultivar raízes. Se dessa pampa que me fala a história, não me deixaram nem sequer matizes?”. Destaca que “passam às mãos da minha geração, heranças feitas de fortunas notas, campos desertos que não geram pão, onde a ganância anda de rédeas soltas”. Ou seja, indaga a postura diante de crises e pergunta que herança será deixada às futuras gerações. Nada mais inspirador para se analisar o atual momento do setor suinícola nacional.

Numa livre adaptação, questionamos o suinocultor, trazendo à luz alguns pontos que envolvem os filhos e netos de suinocultores, neste negócio que passa de pai para filho e que mais emprega no meio rural, produzindo proteína animal da melhor qualidade, de sanidade garantida, preço competitivo e sabor inigualável. Essa geração de suinocultores talvez cante a seguinte adaptação da já citada famosa canção: “Mas que suinocultura é essa que eu recebo agora, com a missão de manter as raízes. Se dessa atividade que me contam histórias, não me deixaram condições para manter as matrizes? Passam às mãos da minha geração, um negócio que teve fortunas notas, pocilgas desertas hoje já não geram mais leitão, num país onde a ganância anda de rédeas soltas”.

Ao longo dos anos, a atividade mantém milhares de famílias no campo, gerando riquezas, empregos e renda. Para pequenos lotes de animais é preciso o cuidado de 2 ou 3 pessoas, geralmente de uma mesma família, que vive na própria granja, onde obtém seu sustento e uma vida digna. O produtor, entre os altos e baixos do setor, sempre teve na atividade uma fonte de renda para manter sua família, pagar os estudos dos filhos, honrar seus compromissos e até para investir em outros setores, como terras para lavouras.

            Mas as recentes crises, especialmente as de 2002 e 2012, somadas à atual, colocam em risco os planteis no Brasil. Sangram, não o suíno na hora do abate, mas o suinocultor que ainda se mantém na atividade! Rasgam, não a orelha do suíno para dar-lhes a marca da genética, mas o bolso do suinocultor, que perde seus últimos trocados com um câmbio que favorece às exportações de milho, elevando o preço do grão no mercado interno e provocando a falta do produto no balcão. As exportações da carne suína, apesar de crescerem a cada ano, não ajustam o mercado interno; o consumo está baixo, pois caiu o poder aquisitivo do consumidor, e o preço do suíno vivo e da carcaça é uma vergonha, abaixo do custo de produção, à mercê de especuladores!

Falta uma política de preço mínimo do suíno; falta uma política reguladora de abastecimento de grãos que não favoreça um setor, em detrimento de outro; faltam alternativas para a ração animal; falta mais união do produtor, em associações, consórcios e cooperativas, o que elevaria o seu poder de negociação. E que o suinocultor faça a lição de casa, profissionalizando a gestão do seu negócio, atento às oportunidades que surjam.

Caso contrário, as futuras gerações vão cantar a música “Herdeiro de uma suinocultura pobre”, com pocilgas vazias, sem matrizes, nem leitões; sem herança, nem tostões; sequer os botões das calças dos seus pais e avós, aqueles usados nos bolsos das calças de antigamente, lhes serão herdados, pois eles se perderam com as calças, que foram rasgadas com o tempo, e com os sapatos, que se furaram nas tantas andanças do suinocultor, nas lutas por melhores preços!

 

* Jornalista, escritor e palestrante, responsável pela Comunicação do Sistema APS.

Fonte: * Cesar da Luz

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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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